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sábado, 28 de novembro de 2015

"Bolha" de Anders de la Motte (Bertrand Editora)


Sinopse:

O Jogo foi uma experiência perigosa para Henrik «HP». Encontra-se agora no meio de uma crise profunda, numa vida de grande isolamento, convencido de que está sob constante vigilância da polícia e do Mestre do Jogo. Vê sistematicamente pessoas das suas missões passadas e não tarda a que a sua paranoia se transforme em loucura. Já não sabe em quem ou em que acreditar e a fronteira entre o Jogo e a vida real é cada vez mais ténue. Ainda assim, está determinado a concluir uma derradeira missão que irá tornar o Jogo mais claro e desvendar a verdade que se esconde por detrás dele, sejam quais forem as consequências.

A vida de Rebecca mudou radicalmente desde que o irmão se envolveu no Jogo. Deixou a Polícia e começou a trabalhar numa empresa privada de IT. A sua relação está por um fio e ela tenta salvá-la. Quando se depara com um cofre que em tempos pertenceu ao seu pai e que contém uma arma e vários passaportes, começa a sua própria investigação em busca da verdade. Pode haver uma relação entre o passado do seu pai, o Jogo e aquilo que está a acontecer ao seu irmão, HP…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão:2015
Páginas: 424
Editor: Bertrand Editora

ISBN: 9789722529174

Opinião:

"Bolha" é o final aguardado da trilogia de Anders de la Motte, iniciada com o livro "Jogo". Uma ideia que não é original, mas cuja abordagem ao tema o tornou um grande sucesso mundial.

Não cheguei a ler o segundo volume e por isso acabei por me sentir um pouco perdida na história e no poderia ter acontecido entretanto às personagens.

HP cada vez se torna mais paranóico e as suas aventuras tornam-se ainda mais arriscadas. Acho esta personagem muito egocêntrica e que acaba sempre por querer ser o centro das atenções e o melhor. Pessoalmente, este irritou-me profundamente.

Quanto à irmã, também protege demasiado HP, o que permite com que ele tenha as atitudes que tem.

Um romance empolgante que vai deixar os leitores agarrados.

LilianaNovais

terça-feira, 19 de maio de 2015

[Opinião] "Xerazade - A última noite" de Manuela Gonzaga (Bertrand)



Sinopse:

Xerazade - A Última Noite leva-nos aos meandros de uma fascinante tapeçaria narrativa, onde podemos encontrar referências díspares, quer de mitos clássicos ou pré-clássicos, quer ainda de histórias de encantar, juntamente com «memórias» soltas como «um colar de pérolas» desatadas, que a narradora, Xerazade, tenta reconstruir para confortar o amante que, inconformado, se recusa a deixá-la ir embora.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 200
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722530125

Opinião:

Quem não se lembra das 1001 noites e do fatídico destino que aguardava a princesa Xerazade? É uma história que nos acompanhou ao longo de toda a nossa infância e adolescência, na sua forma mais simples.

Em "Xerazade - a Última noite" é um romance que nos leva numa viagem por um ambiente mágico, a autora consegue levar-nos para um mundo místico em que as personagens estão envoltas numa onda de mistério e que nos fazem imaginar um mundo diferente do nosso com as suas nuances e pormenores.

Ao longo do livro acompanhamos as histórias que a personagem principal e narradora conta ao seu amante, que tenta não sair da sua beira. Acompanhamos os mitos e lendas já nossas conhecidas mas contadas de outros pontos de vista, gostei particularmente da história de Perséfone e como a sua mãe reagiu à sua perda.

A autora escreve de uma forma simples adornando a sua escrita com alguns floreados linguísticos.

Um livro acerca da perda e do amor.

LilianaNovais

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

[Opinião] "O Rapto" de John Grisham (Bertrand Editora)




Sinopse:

Da última vez que vimos Theo Boone, ele assegurou-se de que seria feita justiça quando revelou provas que tiraram um homem culpado das ruas da cidade. Agora que a sua vida parece ter acalmado e voltado à normalidade, Theo continua a dar conselhos jurídicos a amigos e professores. Até que surge um novo mistério para ser desvendado, e, desta vez, é pessoal…

Ficha Técnica:

Última edição: 2014
ISBN: 9789722528405


Opinião:

Este é o segundo livro da colecção Theodore Boone, iniciado anteriormente no volume "O Miúdo Advogado", em que conhecemos um menino muito especial que adora advocacia e que adora estar nos tribunal, algo que seria impensável para muitos de nós. Mas para ele é uma paixão.

Conhecido por todos, ele acaba sempre por se envolver e aconselhar as pessoas no que podem fazer em relação a alguns dos problemas que têm. E isso torna-o popular junto a todos na escola.

Neste volume tudo se complica quando uma amiga sua desaparece e todos andam à procura dela. Falam de rapto e procuram sinais de onde esta poderá estar. O inicio desenvolve-se lentamente mas aumenta a curiosidade do leitor porque nos dá a impressão que há algo que nos escapa, que ficou por dizer.

Theodore acaba por se revelar um excelente amigo e acaba por resolver o caso antes de a polícia sequer imaginar o que se passava na realidade e as coisas acabam relativamente bem.

Grisham já é um nome muito conhecido e que nos dá mais uma vez provas da sua versatilidade e da facilidade que tem em adaptar-se em qualquer estilo literário.

Uma Série a seguir e que os adolescentes vão adorar.

terça-feira, 3 de junho de 2014

[Opinião] “A Filha da Floresta” de Juliet Marillier (Bertrand Editora)


Sinopse:

Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era Lei e a magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, e dos seus seis irmãos.

O domínio Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e Criaturas Encantadas que deslizam pelos bosques vestidos de cinzento e mantêm as armas afiadas. O maior perigo para este idílio vem de dentro: Lady Oonagh, uma feiticeira, que casou com o pai de Sorcha, senhor de Sevenwaters. Frustrada por conseguir encantar todos menos a enteada, Oonagh lança um poderoso feitiço sobre os irmãos da rapariga, que só Sorcha poderá conseguir quebrar. Porém, a meio da pesada tarefa de libertar os irmãos, Sorcha é raptada por um grupo de salteadores, e ver-se-á dividida entre o dever de salvar a vida dos irmãos e um amor cada vez maior, proibido, pelo senhor da guerra que a capturou.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 448
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722520355

Opinião:

Eu já tinha ouvido falar de JulietMarillier através do facebook e de vários fãs desta autora, mas nunca tive a oportunidade de a ler até agora. Agradeço a um amigo meu por me ter emprestado o livro e me ter convensido a lê-lo. Adorei e compreendi o motivo pelo qual esta autora é tão adorada pelo mundo fora.

A literatura celta sempre me levou para um mundo diferente do que estou habituada e também sempre me fascinou. Todo aquele mundo mágico que domina os nossos sonhos e os nossos momentos mais sonhadores. Para os amantes de literatura fantástica este romance tem os elementos necessários para fascinar e viciar o leitor.

Sofremos com as personagens e com as suas desventuras. A autora consegue prender-nos numa leitura compulsiva até ao final, quando temos uma resolução para o problema, mas que ainda deixa muito por dizer. A personagem feminina, Sorcha, é bastante forte e revela ser muito mais do que a menina que inicialmente pensamos. A sua preserverança e força surpreendem-nos a cada página e as tentações a que é sujeita para não cumprir o seu acordo é muita. Ela é levada ao extremo e tem de lutar pelas suas convicções mesmo contra quem nem a compreende e acima de tudo a odeia por ser diferente.

Neste romance, Marillier mostra bem como a intolerância e a ignorância podem ser os maiores inimigos do ser humano e o levar ao limite e não nos deixar ver para além do nosso próprio preconceito e ideias retrógradas.

A autora é bastante crua nas suas descrições e não evita chocar os leitores em certas passagens, o que torna o livro ainda mais interessante e viciante.

Fiquei ansiosa por ler a continuação e ver que desafios vão esperar pelas personagens nos livros seguintes.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

[Opinião] “O Livro do Destino” de Parimoush Saniee (Bertand Editora)


Sinopse:

A história de uma adolescente iraniana que descobre o amor a caminho da escola. Quando a família encontra as cartas que o homem por quem se apaixonou lhe escreve, obriga-a a casar-se com um homem que ela nunca viu. O seu casamento está fortemente ligado às mudanças no país, até porque o marido é um dissidente político durante os últimos tempos do regime do Xá e acaba por ser executado às mãos do novo regime. Quando, ao fim de 32 anos, o seu primeiro amor reaparece, os seus três filhos olham-na com indignação, incluindo os dois que vivem no estrangeiro. Deverá ela colocar os seus sentimentos em primeiro lugar, ou submeter-se aos preconceitos dos filhos?

Uma história pungente e comovedora da vida das mulheres no Irão, que começa antes da revolução de 1979 e atravessa a República Islâmica até aos nossos dias. Estendendo-se ao longo de cinco décadas, a narrativa centra-se numa família e, em particular, em Massoumeh, a filha. Entre altos e baixos, ter filhos e arranjar trabalho (e tornar a perdê-lo por mudanças políticas), as transformações no Irão são vividamente retratadas através das personagens.

Trata-se de uma janela para a história recente do Irão, narrada por uma voz autêntica e isenta de interpretações ocidentais. É uma história de mulheres fortes a lutar com grandes dificuldades por aquilo que querem, uma história de amizade e paixão, de opressão religiosa, mas também de amor a um país.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 224
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722528085

Opinião:
Cada vez mais nos chegam notícias acerca de algum tipo de intolerância que é praticada nalgum estado muçulmano contra mulheres que, por um motivo ou outro,  são castigadas por tentarem seguir a sua vida de acordo com as suas próprias ideias e decisões, que muitas vezes vão contra o que os seus familiares pretendem deles.

Este romance, que foi banido no país de origem da sua autora, nos traz a história de uma mulher assim. Massoum é uma menina como tantas outras, com as suas ilusões e com os seus sonhos. Ela receia ser diferente do que esperam e acaba por se retrair muito. Ao longo do livro, vamos vendo-a crescer e amadurecer com os golpes que a vida lhe vai colocando à frente.

A autora mostra-nos de uma forma bastante realista a educação e a forma como eram criadas as mulheres naqueles países e apesar de terem passado algumas décadas é certo que em muitos lugares ainda essas velhas crenças existem e limitam muito a vida das mulheres que ainda não são livres de lutar pelos seus próprios destinos e tomar decisões acerca dos estudos e da pessoa com quem vão casar. Este é o universo da Massoum e que ela tem de enfrentar.

A sua situação muda ao longo do livro e torna-se ainda mais complicada do que inicialmente.

Este é um livro apaixonante e que nos faz pensar acerca de uma realidade que nos é muito estranha e que é muito diferente da nossa. Um livro que nos vai apaixonar e causar todo o tipo de sentimentos contraditórios. Ao qual ninguém fica indiferente. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

[Opinião] “Calico Joe” de John Grisham (Bertrand Editora)


Sinopse:

Passaram-se trinta anos desde que Paul, então com treze anos, viu o pai, jogador dos New York Mets, enfrentar o seu herói de infância, Joe Castle, num desafio em que não houve vencedor.
A notícia de que o pai está a morrer traz-lhe este episódio à memória. Pai e filho, decididos que é chegado o momento de enfrentar o que de facto aconteceu naquele campo em 1973, dirigem-se a Calico Rock, no Arkansas, onde é incerto aquilo que os espera…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 200
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527781

Opinião:

Grisham já provou por várias vezes ser um dos autores mais versáteis da actualidade. Aqui no blog já foram criticados alguns dos livros do autor nos mais diversos registos em que se mostrou muito hábil.

A sua experiência em thrillers é bem presente neste romance e o autor utiliza-a de forma a criar um romance extremamente interessante e viciante. Quando comecei a ler o “Calico Joe” não fazia a menor ideia do que era o basebol e como seriam as suas regras, tal como eu milhares de leitores ficariam às cegas ao lerem o livro, mas Gisham escreveu um pequeno texto inical onde nos explica de forma simples alguns dos termos do jogo, não nos tornamos especialistas mas podemos seguir o livro sem que este nos pareça estranho.

Este romance, ao contrário do que estamos habituados, é uma história simples e comovente. Sentimos uma proximidade enorme das personagens porque estas são extremamente realistas. Podiam ser o nosso vizinho do lado ou mesmo a família do nosso melhor amigo. Essa é a principal atracção neste romance: a capacidade que Grisham teve em criar personagens com as quais nos identificamos facilmente. Sentimos curiosidade em saber como as coisas aconteceram e as verdadeiras intensões de Warren. Terá sido intencional, foi um acidente? Esta pergunta domina a nossa mente enquanto detestamos esta personagem. É fácil não gostarmos dele nem das suas acções, o autor escreveu dessa forma. Quanto a Paul, vemos nele a mesma esperança e sonho que encontramos nas crianças que perseguem sonhos que todos lhe dizem ser impossíveis de atingir.


Um excelente livro de um grande nome da literatura actual que vai surpreender os leitores.

quinta-feira, 13 de março de 2014

[Opinião] “A Hora do Vampiro” de Stephen King (Bertrand Editora)


Sinopse:

Uma cidade, Salém, uma casa assombrada e os seus inquilinos (dois vampiros) são o ponto de partida para esta história maravilhosa de vampiros bem escrita e ao mesmo tempo assustadora. Romance de Stephen King publicado em 1975, inspirado no "Drácula" de Bram Stoker. Foi, em 1979, ponto de partida para o argumento do filme "Os Vampiros de Salém". «Se a narrativa - uma das melhores de King, que manuseia com invejável destreza um vasto elenco de personagens sobre um cenário que é tão verosímil como qualquer outra cidade americana do interior - foi tremendamente original em 1975, ainda mais original parece hoje, num cenário dominado por obras derivativas, pululantes de vampiros anódinos e desdentados.»Os Meus Livros

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 520
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722521253
Coleção: Grandes Romances

Opinião:

“A Hora do Vampiro” de Stephen King é um dos seus primeiros livros. Depois de ter lido os seus êxitos mais recentes como o “A Cúpula” fiquei com receio de me sentir desiludida. A verdade é que mesmo tendo sido escrito numa altura inicial da sua carreira, o livro está tão interessante e emocionante como os volumes mais recentes.

Inicialmente, Stephen brinca connosco, tentamos adivinhar o que se passa, quem é o responsável pelo homicídios e qual é a sua ligação à casa Marsten e ao estranho crime que lá ocorreu, e que ainda assombra a cidade tanto tempo volvido. A acção passa-se na década de 70 mas quando lemos a história não notamos a diferença. Como é habitual, King criou uma história repleta de personagens principais e secundárias, todas desenvolvidas de uma forma bastante completa de acordo com os papéis que cada um tem. Mas começamos a ler sentimos logo curiosidade em saber quem são o homem e o rapaz.

Ben é uma personagem bastante interessante e que vai evoluir bastante ao longo do livro, desde jovem escritor apaixona a um matador de vampiros. Muito racional funciona como uma âncora para a história, está muito ligado às outras personagens e torna-se um homem de confiança e defensor da pequena cidade.

Personagens que gostaria de ter visto mais desenvolvidas seriam os dois estranhos: Straker e Barlow. Ficamos sem saber muitos pormenores acerca deles e o autor deixa muitas questões em aberto.


No geral, é um thriller muito interessante e que faz as delícias dos fãs deste autor.

terça-feira, 11 de março de 2014

[Opinião] “O Labirinto de Osíris” de Paul Sussman (Bertrand Editora)


Sinopse:

Desde que se viram pela última vez, a vida de Yusuf Khalifa da polícia de Luxor, e de Arieh Ben-Roi, detetive em Jerusalém, mudou. Ben-Roi, prestes a ser pai pela primeira vez, investiga um crime tenebroso no Patriarcado Arménio de Jerusalém. A vítima, uma jornalista chamada Rivka Kleinberg, andava a investigar o tráfico de seres humanos para exploração sexual em Israel. Quando surge uma ligação entre Kleinberg e um engenheiro britânico desaparecido de Luxor em 1931, Ben-Roi pede ajuda ao velho amigo e colega Khalifa. A vida de Khalifa também mudou, mas, no seu caso, não para melhor. No meio de uma tragédia pessoal e embrenhado numa investigação - uma série de envenenamentos de poços no deserto egípcio -, acede a ajudar o amigo israelita. As duas investigações interligam-se, arrastando Ben-Roi e Khalifa para uma sinistra rede de violência, abuso, falta de ética empresarial e terrorismo anticapitalista. E no coração dessa rede encontra-se o labirinto - um mistério egípcio com mais de três mil anos que já fez com que Rivka Kleinberg perdesse a vida, e ela não será a última vítima...

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 624
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526746

Opinião:

“O Labirinto de Osíris” é o primeiro romance que leio de Paul Sussman. Este romance leva-nos às areias quente do Egipto e de Israel. Dois crimes acontecem separados pelo tempo e pelo espaço e de alguma forma estão relacionados um com o outro.

Inicialmente, foi complicado seguir todos os passos da história e compreender como as personagens e os eventos estão relacionados. Foi necessário uma leitura muito atenta para compreender as pequenas nuances que nos facultam as pistas necessárias para ligarmos tudo e compreendermos a história como um todo. É necessária muita intuição e muita imaginação para conseguirmos antever o que vai acontecer neste livro. Achei bastante interessante porque não consegui adivinhar o final do livro.

O autor consegue criar o suspense desde a primeira página e agarra o leitor desde o início.

“Se o Rapaz não tivesse decidido experimentar um novo local de pesca, nunca teria ouvido a rapariga cega da aldeia vizinha nem visto o monstro que a atacou.”

Em frente das duas investigações temos dois policias que têm muito em comum. Dos dois gostei bastante do Ari, senti muita curiosidade em ler as partes que lhe pertenciam. Saber como ia acabar tudo e quem tinha morto a jornalista. Este polícia mostrou o seu lado humano não apenas na compaixão mas também ao admitir os seus erros. O autor não tem medo de explorar e levar as suas personagens ao limite como foi o caso de Khalifa.

O twist que o autor colocou na parte final da história é bastante interessante e nos tira o tapete quando pensamos que já sabemos tudo o que se passou.


Um excelente policial em que ficamos agarrados quer pela acção quer pela beleza dos cenários descritos de forma exemplar pelo autor.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

[Opinião] "O Jogo" de Anders de la Motte (Bertrand Editora)


Sinopse:

Henrik Pettersson, «HP», encontra acidentalmente um telemóvel que o convida a entrar num jogo de realidade alternativa. Passado o teste de admissão, começa a receber uma grande variedade de missões emocionantes, todas elas filmadas e avaliadas secretamente. HP deixa-se imediatamente conquistar por este jogo, mas não tarda a perceber que ele não é tão inocente como a princípio parecia. A inspetora da polícia Rebecca Normén é o oposto de HP. É uma mulher com perfeito controlo da sua vida e uma carreira ambiciosa em ascensão. Tudo seria perfeito não fosse o bilhete escrito à mão que ela encontra no seu cacifo. Seja quem for que o escreveu, sabe demais acerca do seu passado. Os mundos de HP e Rebecca aproximam-se inevitavelmente um do outro. Mas se a realidade é apenas um jogo, então o que é real?

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 328
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527453

Opinião:

"O Jogo" é o livro de estreia de de La Motte. O autor foi premiado pela Academia Sueca de Escritores com este romance, o que nos revela a sua enorme aptidão enquanto escritor.

de la Motte criou um thriller viciante que nos faz ficar agarrados desde a primeira página. A linguagem por ele utilizada é directa e crua sem qualquer floreado nem tentativa de suavizar as situações.

O romance é muito intenso e cheio de acção, a forma como o autor estruturou o romance permite ao leitor uma maior interacção com os personagens e uma sensação quase cinematográfica dos acontecimentos. A forma como o estruturou é electrizante e nos deixa agarrados a cada palavra, que sorvemos com uma necessidade enorme de sabermos o que vai acontecer de seguida.

O autor coloca as personagens em situações complicadas e leva-os aos extremos. inicialmente a nossa curiosidade é em saber o que o jogo é e também como é que as duas personagens principais estão relacionadas.

HP é na minha opinião um miúdo, que se deixa levar na onda de cada momento. Ao longo do romance ele cresce e amadurece. E torna-se mais homem do que anteriormente e a sua responsabilidade e torna-se mais interessante.

Por seu lado, Rebecca é extremamente madura e profissional, o seu trabalho está à frente de tudo e todos, não tem vida privada nem sequer se permite tê-la, como penitência por um pecado ocorrido há muito tempo.

As personagens são realistas e credíveis desde as principais às secundárias.

Este e o primeiro volume da trilogia e deixou a fasquia muito elevada para os volumes seguintes.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

[Opinião] “O Manipulador” de John Grisham (Bertrand Editora)


Sinopse:

Raymond Fawcett, juiz federal da Virgínia, e a sua secretária são encontrados mortos em casa. Não há sinal de luta, nem impressões digitais, nem testemunhas. Nada, exceto um cofre-forte vazio.

Depois de alguns meses, a investigação do FBI não avançou um milímetro. E é aí que entra em cena Malcolm Bannister, de 42 anos, negro, advogado de profissão, condenado a 10 anos de prisão por um crime que não cometeu e ainda com cinco anos de pena por cumprir.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 352
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527194

Opinião:

John Grisham ficou conhecido pelo seu romance “A Firma”, todos o associam a este grande êxito. Recentemente li um livro deste autor com um registo um pouco diferente o “Teodore Boone – O miúdo advogado”, o qual já foi criticado aqui no blog anteriormente.

Novamente, John Grisham conseguiu-nos atrair para uma leitura acordados a noite inteiro para o terminar. A história é-nos revelada aos poucos e Grisham não nos vai mostrar logo as cartas que tem na mão. O leitor é deixado tão às cegas como o FBI. Seguimos os passos do personagem principal Malcom Bannister, conforme ele quer que conheçamos a história e acreditamos em tudo o que ele nos conta, mas ficamos com a impressão que há algo mais que ele não mostra.

Esta personagem parece sber mais do qualquer outro. Temos agentes do FBI todos eles sem excepção, são caracterizados como um pouco desnorteados nesta história toda. Não conseguem encontrar qualquer pista, nem nenhum culpado para o assassinato de Raymond Fawcett. E tudo depende de uma denúncia que parece estar correcta, mas ser boa demais para ser verdade.

Ao longo do Romance vemos o FBI a ser genialmente manipulado e a mover-se de acordo com os dordéis que lhe foram impostos de uma forma tão subtil que não se apercebem de nada nem mesmo quando a teia é tão intrincada que eles deixam de ter controlo da situação e dos seus intervenientes.

Grisham optou por escrever o romance primeiro na primeira pessoa, quando Bannister nos narra os eventos e na terceira pessoa quando este não se encontra presente. Isto permite-nos uma melhor compreensão dos eventos e do que está a acontecer.

O final esse sim é excelente, imprevisto e só nos faz pensar “meu grande c....”

Este é um excelente romance, viciante e vibrante que agarra o leitor desde o início. Acabamos por descobrir que o verdadeiro manipulador é o próprio Grisham.


domingo, 15 de dezembro de 2013

[Opinião] “A Cúpula – Volume 2” de Stephen King (Bertand Editora)


Sinopse:

Num bonito dia de outono, um dia perfeitamente normal, uma pequena cidade é súbita e inexplicavelmente isolada do resto do mundo por uma força invisível. Quando chocam contra ela, os aviões despenham-se, os carros explodem, as pessoas ficam feridas. As famílias são separadas e o pânico instala-se. Ninguém consegue compreender que barreira é aquela, de onde vem ou quando (se é que algum dia) desaparecerá.
Agora, um grupo de cidadãos intrépidos, liderado por um veterano da guerra do Iraque, toma as rédeas do poder no interior da cúpula. Mas o seu principal inimigo é a própria redoma. E o tempo está a esgotar-se…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 488
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527408

Opinião:

O primeiro volume desta grande obra já foi criticado aqui no blog anteriormente.

Se a primeira parte nos abriu o apetite, a segunda devoramos. Após ter-nos aguçado a curiosidade, King parece que aumenta a intensidade da narrativa levando-nos mais além do que no primeiro volume.

Rennie parece que está a ganhar a luta pelo poder e tudo parece perdido. A cúpula está para ficar e nada parece que a pode retirar. Cada vez mais vemos a desilusão e o desespero a tomarem conta da população e a serem facilmente manipulados e maleados por Rennie. Junior, pelo seu lado está cada vez mais louco e imprevisível. Prenúncios de desgraça começam a surgir por todo o lado.

A intensidade da narrativa faz com que fiquemos viciados na história e não a consigamos largar. É um romance viciante e cheio de acção.

Finalmente é desvendado quem está por detrás da cúpula e os seus motivos. O final é inesperado.

É algo que nos deixa sem fôlego.

Neste volume acabamos por compreender o que aconteceu e também nos faz pensar muito acerca de nós próprios e acerca da natureza humana e do que somos capazes.

Eu já era fã deste autor e quando li estes dois livros relembrei-me do verdadeiro motivo pelo qual gosto deste.

Os dois volumes estão bastante concordantes, quer a nível de intensidade de narrativa e quer da sua evolução.


São dois livros muito viciantes e com bastante suspense e realismo.

[Opinião] “A Cúpula – Volume I” de Stephen King (Bertrand Editora)


Sinopse:

Num bonito dia de outono, um dia perfeitamente normal, uma pequena cidade é súbita e inexplicavelmente isolada do resto do mundo por uma força invisível. Quando chocam contra ela, os aviões despenham-se, os carros explodem, as pessoas ficam feridas. As famílias são separadas e o pânico instala-se. Ninguém consegue compreender que barreira é aquela, de onde vem ou quando (se é que algum dia) desaparecerá.
Agora, um grupo de cidadãos intrépidos, liderado por um veterano da guerra do Iraque, toma as rédeas do poder no interior da cúpula. Mas o seu principal inimigo é a própria redoma. E o tempo está a esgotar-se…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 536
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527217

Opinião:

Stephen King é já conhecido pelo público como o rei do suspense. Muitas adaptações ao pequeno e grande ecrã dos seus livros são sempre grandes êxitos, este é o caso de “A Cúpula”, uma das mais recentes adaptações e que ganhou fãs um pouco por todo o mundo.

Como é habitua, King leva-nos para um mundo à parte e explora o lado mais sombrio do ser humano. Debaixo da cúpula existe uma manipulação e adaptação à realidade que altera a nossa visão do mundo devido à sua proximidade com a realidade.

O autor consegue manter um ritmo muito acelerado ao longo da história e que nos deixa sem fôlego por vezes. Os eventos seguem-se uns atrás dos outros sem nos dar tempo para pensar, só depois de terminarmos a leitura ou nos momentos em que paramos a leitura é que ponderamos acerca do que lemos e como isso nos influencia.

King criou uma grande variedade de personagens e é um desafio mantê-las ao longo de toda a história e dar-lhes o destaque merecido e o autor consegue fazê-lo com bastante qualidade. Criou personagens detestáveis como o Rennie e o Júnior que nos fazem desejar que o céu lhes caia em cima e personagens que imprevisivelmente nos tocam o coração como é o caso da Sammy. Quanto às restastes são bastante realistas e a forma como se movem e as suas intenções são compatíveis com os seus feitios como é o caso de Júlia e de Barbie.


O final do livro deixa-nos a desejar pela sua continuação ansiosamente para finalmente descobrirmos quem é o responsável pela cúpula.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

[Opinião] "Lugares Escuros" de Gillian Flynn (Bertand Editora)


Sinopse:

Libby tinha sete anos quando a mãe e as duas irmãs foram assassinadas no «Sacrifício a Satanás de Kinnakee, no Kansas». Enquanto a família jazia agonizante, Libby fugiu da pequena casa da quinta onde viviam e mergulhou na neve gelada de janeiro. Perdeu alguns dedos das mãos e dos pés, mas sobreviveu e ficou célebre por testemunhar contra Ben, o irmão de quinze anos, que acusou de ser o assassino.

Passados vinte cinco anos, Ben encontra-se na prisão e Libby vive com o pouco dinheiro de um fundo criado por pessoas caridosas que há muito se esqueceram dela.

O Kill Club é uma macabra sociedade secreta obcecada por crimes extraordinários. Quando localizam Libby e lhe tentam sacar os pormenores do crime (provas que esperam vir a libertar Ben), Libby engendra um plano para lucrar com a sua história trágica. Por uma determinada maquia, estabelecerá contacto com os intervenientes daquela noite e contará as suas descobertas ao clube… e talvez venha a admitir que afinal o seu testemunho não era assim tão sólido.

À medida que a busca de Libby a leva de clubes de striptease manhosos no Missouri a vilas turísticas de Oklahoma agora abandonadas, a narrativa vai voltando atrás, à noite de 2 de janeiro de 1985. Os acontecimentos desse dia são recontados através da família de Libby, incluindo Ben, um miúdo solitário cuja raiva contra o pai indolente e pela quinta a cair aos pedaços o leva a uma amizade inquietante com a rapariga acabada de chegar à vila.

Peça a peça, a verdade inimaginável começa a vir ao de cima, e Libby dá por si no ponto onde começara: a fugir de um assassino.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 416
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527163

Opinião:

Nunca um livro me surpreendeu tanto como “Lugares Escuros”, geralmente consigo adivinhar os finais, mas este foi totalmente imprevisível, apesar de se encontrarem alguns indícios ao longo do livro que podem passar despercebidos e no final nos fazem pensar que era tudo tão simples.

Gillian Flynn consegue agarrar o leitor desde a primeira página criando um mistério que queremos desvendar e nos provoca arrepios na espinha e pele de galinha. O romance é todo narrado na primeira pessoa, contado por três personagens principais, e pertencentes à família Day, Libby, Bem e Patty, cada um deles conta a sua história, quer no passado, naquela fatídica noite de 3 de Janeiro de 1985, quer no presente. Libby tenta encontrar a verdade acerca do que se passou naquela noite e o que impulsionou aqueles eventos. Bem por seu lado é um miúdo rebelde e inconformado, o qual se metia em todo o tipo de sarilhos. Patty, a mãe desgastada pela vida, tentava controlar as coisas e evitar que perdessem tudo. Cada personagem nos transmite sentimentos díspares e nos faz ponderar como as nossas escolhas influenciam o nosso futuro.

Gullian escreve de uma forma directa e crua demonstrando tudo o que as personagens pensam e o que vêm, o que por vezes pode chocar o leitor.


Este é um thriller empolgante e intenso que nos faz ler compulsivamente para chegarmos ao final.

sábado, 19 de outubro de 2013

[Opinião] “Inferno” de Dan Brown (Bertand Editora)


Sinopse:

«Procura e encontrarás.»

É com o eco destas palavras na cabeça que Robert Langdon, o reputado simbologista de Harvard, acorda numa cama de hospital sem se conseguir lembrar de onde está ou como ali chegou. Também não sabe explicar a origem de certo objeto macabro encontrado escondido entre os seus pertences.

Uma ameaça contra a sua vida irá lançar Langdon e uma jovem médica, Sienna Brooks, numa corrida alucinante pela cidade de Florença. A única coisa que os pode salvar das garras dos desconhecidos que os perseguem é o conhecimento que Langdon tem das passagens ocultas e dos segredos antigos que se escondem por detrás das fachadas históricas.

Tendo como guia apenas alguns versos do Inferno, a obra-prima de Dante, épica e negra, veem-se obrigados a decifrar uma sequência de códigos encerrados em alguns dos artefactos mais célebres da Renascença - esculturas, quadros, edifícios -, de modo a poderem encontrar a solução de um enigma que pode, ou não, ajudá-los a salvar o mundo de uma ameaça terrível…

Passado num cenário extraordinário, inspirado por um dos mais funestos clássicos da literatura, Inferno é o romance mais emocionante e provocador que Dan Brown já escreveu, uma corrida contra o tempo de cortar a respiração, que vai prender o leitor desde a primeira página e não o largará até que feche o livro no final.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 551
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526449

Opinião:

Apesar do meu estilo de literatura preferido ser a fantasia, confesso que tenho todos os livros de Dan Brown na minha prateleira. Podem encontrar as críticas já publicadas anteriormente aqui no blog.

Em “Inferno” voltamos a encontrar o já nosso conhecido Robert Langdon, pelo qual muita gente se apaixonou. Neste volume, Dan Brown leva esta personagem ao extremo e reconhecemos a tenacidade de Langdon quando segue as pistas. Já é bem conhecida a capacidade que Dan Brown tem em viciar e agarrar os leitores a uma história, ele já o fez anteriormente. “Inferno” eleva essa capacidade a um nível superior. É altamente viciante e a evolução da história não nos deixa tempos mortos para respirar. Há sempre uma novidade atrás dessa página, um twist inesperado que nos tira o tapete.

As descrições dos locais em Florença são bastante pormenorizadas e isso deve-se muito devido ao autor ter seguido os passos que queria que as suas personagens dessem. Cada um foi premeditado e calculado antes de ser passado para o papel.

A personagem que mais me surpreendeu foi sem dúvida Sienna, sempre misteriosa, quando finalmente conhecemos o seu passado sentimo-nos frustrados e fascinados.

Uma série de mal-entendidos e situações duvidosas deixam-nos tão perdidos quando Langdon e não sabemos o que ele está realmente à procura até mesmo ao final.


Este é, na minha opinião, o mais elaborado e mais desconcertante livro de Dan Brown. O seu final deixa-nos de rastos e a desejar pelo próximo, será que ele vai continuar com o Langdon ou o vai deixar descansar?[Opinião] 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

[Opinião] “Delírio” de Maya Banks (Bertrand Editora)


Sinopse:

Gabe, Jace e Ash: três dos homens mais ricos e mais poderosos do país. Estão habituados a conseguir tudo aquilo que querem. Tudo mesmo. Para Jace, trata-se de uma mulher que o surpreende completamente…

Jace, Ash e Gabe são amigos e sócios cheios de sucesso há muitos anos. São poderosos, influentes, sensuais e irresistíveis. Jace e Ash partilham tudo, incluindo as mulheres. Quando conhecem Bethany, Jace começa a sentir algo pela primeira vez na vida: ciúmes e uma obsessão forte, esmagadora, que o ameaça, mas que também o excita descontroladamente.

Jace não quer partilhar Bethany com ninguém. Está decido a ser o único homem da vida dela, mas isso está a pôr em causa a amizade de uma vida inteira com Ash. Bethany será sua, e apenas sua. Mesmo que para tal tenha de virar costas ao amigo…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 408
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527132

Opinião:

Este é o segundo volume de uma trilogia, mas o primeiro que li desta autora. Os livros eróticos estão na moda neste momento e cada vez mais vemos sagas e livros a aparecerem nas prateleiras. Geralmente o foco central são as mulheres e os seus sentimentos, em “Delírio” a autora foca-se mais no aspecto masculino e nas próprias inseguranças dos homens em certas situações.

É certo que Jace é um homem de carácter e personalidade forte mas ao longo do romance e da sua evolução é bem patente as suas inseguranças e as suas reacções espontâneas acabam por não mostrarem o que realmente sente e ele é mal-interpretado por quem está com ele.

Bethany por seu lado é uma jovem que sofreu bastante e esta história é o verdadeiro conto da Cinderela. Em que um belo e rico “príncipe” a vai salvar do mundo onde ela vive. Ela esconde o seu passado e isso torna-a misteriosa mas também causa situações complicadas entre eles.

O livro revela logo o seu tom nas suas primeiras páginas, a linguagem que Maya Banks utiliza é muito gráfica e directa, não poupando o leitor aos pormenores mais sórdidos e não sendo nada meiga com as descrições. As palavras que utiliza são bastante explícitas.


Um livro para quem é apreciador de erótico.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

[Opinião] “Adeus, por Enquanto” de Laurie Frankel (Bertrand Editora)


Sinopse:

Sam Elling é um programador informático que trabalha para uma agência de encontros. Um dia, só pelo desafio, cria um algoritmo que permite a cada pessoa encontrar a sua alma gémea. É uma descoberta maravilhosa, pois graças a ela conhece o amor da sua vida, Meredith, e ao mesmo tempo terrível, uma vez que leva Sam a perder o emprego - afinal, uma agência de encontros não funciona se toda a gente conhecer logo a pessoa certa. Quando Livvie, a avó de Meredith, morre subitamente, Sam - que tem os dias desocupados e não suporta ver Meredith a sofrer com esta perda - volta a criar um algoritmo; desta vez, um que permite gerar uma simulação online da própria Livvie (com base nos seus e-mails, sms e perfil de Facebook). Parece bruxaria, mas é só informática. Meredith adora conversar com esta sua avó virtual, e conclui que ela e Sam têm o dever de partilhar esta fabulosa invenção com o mundo inteiro. Assim, criam a empresa RePousa, que permite a praticamente qualquer um comunicar com uma versão virtual dos seus entes queridos já falecidos. Contudo, estes reencontros virtuais levantam problemas bem reais, porque, por cada pessoa que só quer uma última despedida, há outra que simplesmente não consegue dizer adeus… Uma história encantadora e uma reflexão inesquecível sobre a natureza da vida, da morte e da perda, que nos ensina que nada dura para sempre - mas que há amores que ganham uma vida própria.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 376
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526487

Opinião:

Não são muitos livros que me consigam fazer rir nos transportes públicos e eu não me importar de fazer figuras tristes e de ter todos a olhar para mim. Este livro fez-me isso.

A ideia base é tão antiga como a humanidade, e se conseguíssemos atingir a imortalidade, mas aqui esta não é tão ficção científica como corpos que vencem a passagem das eras. Mas sim um programa de computador que mima as pessoas. É um desejo humano, o de querer que alguém permaneça junto de nós mesmo depois de morrer. O medo da morte e a nossa incapacidade de lidarmos com ela tem sido um tema recorrente em romances e abordado de diversas formas. Achei interessante a aproximação a este dilema por parte da autora. Como podemos tentar atingir esse estado e até que ponto seria realista o resultado.

Sam é um génio informático e é vítima da sua própria genialidade. Acaba por perder o trabalho mas ganhar um amor a Meredith, a quem acidente chama de Merde e acaba por ficar com essa alcunha. Adorei ver a evolução da relação entre os dois e na primeira parte temos o início desse e romance e cenas hilariantes, que nos fazem relembrar os primeiros tempos de uma relação, a magia e a insegurança a eles associada.
Com o passar das páginas a história adensa-se e torna-se mais complexa e negra, com momentos que nos levam a refletir, quer sobre a evolução da tecnologia quer sobre a morte em si.

A sinopse revela imenso acerca das primeiras duas partes do livro, sendo que o twist final, o inesperado surge no final da segunda parte e nos deixa cair por terra. A autora mostra-nos um mundo, que tal como as redes sociais acaba por se tornar viciante para algumas pessoas e como um programa informático possui erros, os bugs. O mais interessante é ver como analisar os conteúdos que uma pessoa mostra e pesquisa na net acaba sempre por criar situações caricatas e por vezes díspares da realidade. Também foi interessante a reação dos media ao programa em si e como eles utilizam as palavras de Sam contra ele e tentam denegrir e destruir o que começou com uma ideia simples e com a tentativa de minimizar o sofrimento da mulher que ama.


Laurie criou um romance com bastante acção e evolução rápida. Cada parte é intensa e repleta de pontos altos que nos levam a ficar viciados no livro. É uma linda história acerca da própria essência humana e nossa condição enquanto seres vivos que necessitam de conforto e relações interpessoais para nos sentirmos realizados e completos. Um romance que não se deve deixar de ler.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

[Opinião] “Theodore Boone O Miúdo Advogado” de John Grisham (Bertrand Editora)


Sinopse:

Na pequena cidade de Strattenburg há muitos advogados e, embora tenha apenas treze anos, Theo Boone julga-se um deles. Theo conhece todos os juízes, polícias, funcionários do tribunal e sabe imenso sobre a lei. Sonha com uma vida futura na sala do tribunal. Mas dá por sim numa muito antes do esperado. Por saber tanto, talvez de mais, é arrastado para o meio de um processo sensacional de homicídio. Um assassino de sangue frio está prestes a sair em liberdade e Theo é o único que sabe a verdade. A fasquia é elevada, mas Theo não vai desistir até que se faça justiça.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 224
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526364

Opinião:

O primeiro livro que li de John Grisham foi o “A Firma”, li há alguns anos atrás quando a minha mãe comprava os livros condensados das selecções. Adorei essa história e quando tive a oportunidade de ler este aproveitei. O livro é emocionante, repleto de surpresas e que nos vicia a cada página. Lê-se rapidamente devido à sua pequena dimensão.

Theodore Boone, mais conhecido por Theo, é uma criança como tantas outras, ele está sempre disposto a ajudar e com grande conhecimento das leis. Auxilia os seus colegas, e não só, a resolver alguns problemas e tenta encontrar soluções para todos, parece ser muito mais adulto do que os seus companheiros de escola. No geral tem um bom coração. É em torno desta personagem que história se desenrola. Vamos conhecendo outras que são igualmente realistas, e os preconceitos da sociedade estão bem patentes neste livro. E também alguns problemas da sociedade moderna, como é o caso dos sem-abrigo e dos imigrantes ilegais. São temas muito intensos que ajudam a aumentar o interesse do leitor.

Quanto à história em si queremos saber se o senhor Duffy é realmente culpado de ter assassinado a esposa. E acaba por ser Theo a descobrir a verdade e a ter de lutar para ver a justiça a ser feita. É um livro mais leve que o “A Firma” e muito mais divertido de ler. Mostra um outro lado do autor que eu ainda não conhecia.


domingo, 4 de agosto de 2013

[Opinião] “Onde estão as Crianças?” de Mary Higgins Clark (Bertrand Editora)


Sinopse:

Nancy fugiu ao sofrimento do seu primeiro casamento, à morte macabra dos dois filhos pequenos, às histórias de capa dos jornais e às chocantes acusações feitas contra si. Mudou de nome, pintou o cabelo e foi viver para outro sítio. Agora, feliz com um novo marido e dois filhos lindos, Nancy sente que pode por fim esquecer a sua história trágica e começar a acreditar em segundas oportunidades. Até que, uma manhã, olha pela janela para ver os filhos, mas encontra apenas uma luva vermelha e percebe que o pesadelo começou do novo…


Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 200
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526371

Opinião:

Eu li este livro pela primeira vez há quinze anos atrás. Tal como da outra vez, ler este livro trás todos os nossos sentidos à flor da pele. Não me lembrava de todos os pormenores da história, por isso foi quase como ler pela primeira vez o romance. Logo no início do romance a autora fala-nos um pouco da sua vida, o que me fez admirá-la ainda mais.

Este foi o primeiro romance que a autora escreveu e revelou o seu talento de uma forma exímia. O livro agarra desde a primeira frase e não o conseguimos largar até ao seu final. É daqueles livros de leitura compulsiva o que nos ajuda é o romance ser pequeno e fácil de ler.

Mary Higgins Clark, tem uma forma de nos envolver extraordinária, cada palavra que ela escolhe é bem escolhida e acaba por transmitir de forma simples as suas ideias.

Sentiu a corrente de ar frio que penetrava através das fendas nos caixilhos da janela. Levantou-se e arrastou-se pesadamente até junto da janela. Pegou numa toalha grossa que tinha na mão e colocou-a à volta do caixilho apodrecido.

Nesta história percebemos que há algo mais que ainda não foi revelado anteriormente. Nancy tem um segredo que nem ela mesma conhece bem. Quando ela pensava que tudo estava bem, o passado volta para a atormentar. É um romance com partes que são previsíveis conforme a história evolui e outras que não. Há diversos indícios mas nada de concreto que nos aponte para o culpado e o verdadeiro motivo do sucedido.
Este livro foi inicialmente publicado em 1975, numa época em que o abuso infantil era um assunto tabu e ninguém o comentava. Isto foi algo de inovador que a autora falou e que feriu algumas susceptibilidades. Mas, foi um abrir de olhos para muita gente que passava por essa situação e que não revelava o que passava. As pessoas agora estão mais atentas. O rapto de uma criança é muito traumatizante e no caso de Nancy ela já se encontrava fragilizada pela morte dos seus primeiros filhos, os quais todos pensavam que ela tinha morto. Esta personagem é frágil mas ao longo do livro começa a transformar e surpreender o leitor.


O final deixa os nossos corações aos saltos, os cardíacos têm de ter cuidado a ler este livro. Um excelente thriller que nos agarra cada vez mais a cada página que lemos.

sábado, 13 de julho de 2013

[Opinião] “A Conspiração” de Dan Brown (Bertrand Editora)


Sinopse:

O Presidente Zachary Herney está a lutar por uma duríssima reeleição. O seu opositor, o Senador Sedgwick Sexton, é um homem com amigos poderosos e uma missão: privatizar a NASA e reduzir as suas despesas. O Senador tem numerosos apoiantes que beneficiarão com a mudança, especialmente depois do embaraçoso episódio de 1996, em que o governo de Clinton foi informado pela NASA de que havia provas de existência de vida noutros planetas.

Lutando para sobreviver a uma série de erros que ameaçam a sua imagem política, a NASA faz uma descoberta atordoadora: um estranho meteorito enterrado no Árctico. O Presidente é informado de que o objecto encontrado vai ter implicações determinantes no programa espacial americano. Contudo, dada a reputação vacilante da agência espacial norte-americana, será a descoberta válida ou não?

Rachel Saxton, uma investigadora dos Serviços Secretos da Casa Branca, é destacada para confirmar a autenticidade do achado. Rachel tem como missão resumir relatórios complexos em notas de uma página. Neste caso o Presidente precisa dos seus dados antes da última declaração que fará ao povo americano e que será decisiva na sua reeleição.

Acompanhada por uma equipa de especialistas, incluindo o carismático oceonógrafo Michael Tolland, Rachel descobre o impensável: provas de um embuste científico, de uma cilada que ameaça mergulhar o mundo em controvérsia. Mas antes de conseguir contactar o Presidente, Rachel e Michael são vítimas de uma perseguição sem tréguas ao longo do Árctico, refugiam-se num submarino nuclear e acabam por ser aprisionados num pequeno barco na costa de New Jersey, enquanto a capital norte-americana ferve de expectativas relativamente a mais uma fraude científica e os ânimos se exaltam nas antecâmaras do poder no interior da ala esquerda.

Aclamado pela mestria e genialidade com que relaciona História, Ciência e Política, Dan Brown destaca-se num novo romance em que nada é o que parece e ao virar de cada página nos espera uma fabulosa surpresa.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2005
Páginas: 580
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722514552

Opinião:

Neste volume Dan Brown leva-nos a um mundo de conspirações onde o foco central é a NASA e a Casa Branca. Um meteorito misterioso é encontrado no meio de um glaciar e vários cientistas civis são convidados para encontrarem. Rachel é um analista que é convidada para testemunhar o momento histórico, em que este é trazido à superfície.

Este para mim é o melhor livro dos cinco que já li do autor. As personagens são mais realistas e a trama mais elaborada prende ainda mais o leitor que tenta entender o que se vai passar e como tudo será resolvido.

Os personagens são mais realistas e credíveis, têm os seus erros e as suas virtudes. E as coisas acabam por ser resolvidas de uma forma mais natural e científica do que nos volumes anteriores.

É um livro com evolução rápida, por vezes a linguagem mais técnica pode confundir alguns dos leitores que não estejam dentro dos assuntos tratados.


Acaba de um forma interessante apesar de previsível.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

[Opinião] “Fortaleza Digital” de Dan Brown (Bertrand Editora)


Sinopse:

Quando o ultra-secreto e invencível descriptador da NSA, o Crivo, se depara com uma mensagem indecifrável criada por um «anjo caído» da própria agência, o director de operações recorre à brilhante criptógrafa Susan Fletcher e ao seu noivo, um professor de Literatura, para o ajudarem a desvendar o mistério. Qual será a natureza do terrível código que tornou a NASA como refém? E terá David Becker êxito na sua demanda por um misterioso anel?

Apanhada numa vertiginosa rede de secretismos e mentiras, Susan tenta desesperadamente salvar a agência em que acredita e, mais tarde, a própria vida e a do homem que ama. Mas será essa a resposta para a segurança universal? Chegando o momento da verdade, «quem guardará os guardas»?

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 576
Editor: 11 X 17
ISBN: 9789722517751
Coleção: Bestseller

Opinião:

Em “Fortaleza Digital”, Dan Brown apresenta-nos novos personagens. Tal como os livros anteriores, ele utiliza o mistério para cativar o leitor. Como é hábito o livro começa com um crime e as personagens tentam decifrar algum enigma que mais ninguém sabe como resolver.

Neste livro a personagem principal é Sarah, gostei particularmente do facto de ela ser muito inteligente e acabamos por ficar agarrados nas suas acções. As outras personagens acabam por também ter um papel fundamental. O vilão da história é um homem inesperado e o que resulta num twist interessante e que desconcerta o leitor porque não o previa.

É uma alteração interessante aos livros anteriores, apesar de a evolução da história ser um semelhante aos anteriores.


Mais um livro para os fãs de Dan Brown.