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sábado, 3 de maio de 2014

[Opinião] “O Fantasma da Ópera” de Gaston Leroux (Publicações Europa-América)


Sinopse:

A paixão…

O drama…

A vingança…

Com a arte da intriga magistralmente controlada e a inspiração diabólica que fizeram o sucesso de Gaston Leroux, O Fantasma da Ópera transporta-nos para uma extraordinária aventura pelos bastidores, camarins, palco e subterrâneos da Ópera de Paris. Um romance que envolve por completo o leitor.

«O Fantasma da Ópera existiu. Fiquei impressionado, assim que comecei a consultar os arquivos da Academia Nacional de Música, pela coincidência surpreendente dos fenómenos atribuídos ao fantasma, e do misterioso, do mais fantástico dos dramas, e ia em breve ser levado à ideia de que se poderia talvez racionalmente explicar um pelo outro.»

Gaston Leroux (1868-1927) foi um romancista francês muito popular. A ele se deve a famosa obra O Fantasma da Ópera (1910), tantas vezes adaptado ao teatro, cinema e televisão. Mas o seu personagem mais famoso é Joseph Joséphin, também conhecido como Rouletabille, o detectiva amador que soluciona os casos mais complexos através da razão pura.

Ficha Técnica:

Título: Le Fantome de L’ Opera
Tradução: Ana Rabaça
Colecção: Livros de Bolso – Série Grandes Obras
Pp.: 268
Formato: 11,5 cm x 17,6 cm
ISBN: 972-1-05497-6
Data de edição (2.ª): Dezembro de 2004

Opinião:

“O Fantasma da Ópera” é considerado um dos clássicos da literatura, este romance está repleta de acção e de momentos intensos. É mais famoso pelo musical de Andrew Lloyd Webber e do filme musical que saiu recentemente. O romance é bastante diferente destes.

O fantasma de Gaston Leroux é mais negro e mais cruel do que o de Webber, mais terrível, a acção tem pontos-chave como no musical mas tem muitas diferença, por exemplo, Raúl tem um irmão mais velho. O verdadeiro herdeiro e que era contra a relação dele com Christine Daaé. Este irmão tem um papel a desempenhar na trama. As situações desenrolam-se de uma forma rápida e vertiginosa e que nos vão deixar viciados no romance.

Leroux criou um romance que contém todos os elementos que são essenciais para um romance de sucesso, um triângulo amoroso, crime, mistério e terror. Ele mostra aos leitores todo o seu talento e é bem compreensível que este livro tenha sobrevivido ao teste do tempo.

sábado, 12 de abril de 2014

[Opinião] “Crónicas Marcianas” de Ray Bradbury (Publicações Europa-América)


Sinopse:

O Marte de Bradbury é um lugar de esperança, sonhos e metáfora — colunas de cristal e oceanos de fóssil — onde uma fina poeira cai sobre as grandes cidades desertas de uma civilização silenciosamente destruída. É lá que os invasores chegam para pilhar e comercializar, crescer e aprender — primeiro, um fio de água, depois uma torrente, a correr de um mundo sem futuro para uma promessa de amanhã. O Homem da Terra conquista Marte... e depois é conquistado por ele, aquietado por mentiras, perigos de conforto e familiaridade e seduzido pelo fascínio demorado de uma raça antiga, misteriosa.

As Crónicas Marcianas de Ray Bradbury é uma obra clássica da literatura do século vinte cujos poder e imaginação extraordinários se mantêm radiosos apesar da passagem do tempo. Em histórias cronológicas e interligadas somos uma vez mais cativados, deliciados e desafiados com a visão e o coração de um grande mestre — expondo com singeleza e assombro à luz brilhante do espaço a nossa força, a nossa fraqueza, a nossa loucura e a nossa bondade pungente num mundo estranho e prodigioso ao qual o género humano não pertence.

Ficha Técnica:

Título original: The Martian Chronicles
Tradução: Maria Teresa Costa Pinto Pereira
Colecção: Nébula
Pp.: 244
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-05082-2
Data de edição: Outubro de 2002

Opinião:

“Crónicas Marcianas” é o primeiro livro que li de Ray Bradbury. Este é considerado um dos grandes nomes da ficção científica, e enquanto fã deste género literário estava em falha por ainda n o ter lido. Bradbury leva-nos numa viagem a um planeta extraterrestre e estranho que nos cativa com as semelhanças à vida na Terra.

O autor escreve com algum humor e ironia pois algumas das personagens têm características muito humanas e apresentam reacções que se supõem atípicas. Este livro é uma colecção de contos que, ao leitor, não aprecem dispersos. Dão a sensação de sequência lógica e de continuidade, interligando os contos entre si.
Ao longo do romance as personagens dividem-se em terráqueos e marcianos. Cada um vai para lá em busca de algo, seja um refúgio ou um sentido para a sua vida, Marte cria uma experiência individual para cada um deles.

Logo no início do livro, Bradbury mostra-nos a necessidade que, enquanto humanos, temos de reconhecimento pelos nossos actos. Quando a segunda expedição quase imploram por alguma gratulação.
Uma das melhores e mais fortes mensagens deste livro é a seguinte:

Os marcianos estavam lá – no canal – reflectidos na água. Timothy, Michael, Robert, a mãe e o pai.

Este é um livro muito interessante, o qual se pode ler todo de seguida ou conto a conto.



segunda-feira, 24 de março de 2014

[Opinião] “Dracula” de Bram Stoker (Publicações Europa-América)


Sinopse:

Drácula, o sinistro conde da Transilvânia, só pode ser morto por uma estaca espetada em pleno coração. Até que alguém consiga fazê-lo, porém, continuará a alimentar-se do sangue de inocentes, e estes, tornados mortos-vivos, passarão também a sofrer da insaciável sede de sangue. Mas como se conseguirá preparar uma armadilha a um monstro com vastos poderes e com a sabedoria dos séculos?

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 1992
Páginas: 424
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721035287

Opinião:

Este é um dos clássicos da literatura mais conhecido e com uma enorme quantidade de adaptações ao cinema. Stoker criou uma história emocionante e que move muitos leitores, inspirando um sem número de autores a escreverem sobre este tema.

Stoker é considerado o pai dos vampiros e com razão, pois foi com o seu “Drácula” que os vampiros atingiram a imortalidade e a lenda nos chega de uma forma aterradora e sombria. Enquanto lia as páginas deste livro sempre imaginei locais com pouca luz e sombrios. Dias cobertos por nuvens e tempestades era o estado do tempo em que esta história se passava.

Escrito como se fossem extratos de diários, de cartas e de telegramas, ficamos a conhecer intimamente as personagens e sentimos mais afinidade com elas. Rapidamente nos apercebemos da verdadeira natureza do Conde, seguindo as pistas que Stoker coloca nas primeiras impressões de Jonathan, os uivos dos cães, o crucifixo que dão a Jonathan para o protegerem, e também se encontram em todas as tentativas que os habitantes locais que ele regresse a casa. A personagem de Van Helsing para mim é bastante misteriosa e os motivos que ele tem para intervir são inicialmente ocultos.

Quanto à evolução da acção, esta tem um ritmo instável. Por vezes a evolução é rápida por outros momentos é lenta e um pouco confusa com pormenores que não interessam para a trama principal.


No geral é fácil de compreender o motivo para esta história se ter tornado um dos clássicos e viver no nosso inconsciente.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Cântico de Sangue" de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse: 

Neste Cântico de Sangue, que se segue à Quinta de Blackwood, encontramos os principais personagens do mundo dos Vampiros e das Bruxas: Mona Mayfair, que regressa à Quinta de Blackwood para morrer… Rowan Mayfair, brilhante neurocirurgiã e bruxa, a qual é irresistivelmente atraída para os braços de Lestat… o seu marido, Michael Curry, herói das Crónicas de Mayfair… Patsy, cantora country, que regressa para se vingar da sua morte às mãos do filho, Quinn Blackwood. Eis aqui também Julien Mayfair, guardião da família, determinado a atormentar eternamente Lestat por aquilo que este fez a Mona, bem como o enigma de Taltos com cinco mil anos, o qual envolve o filho desta. E no centro do enigma, Lestat, que luta com o seu vampirismo e anseia pela pureza e amor ao defrontar-se com fantasmas, segredos, lendas e o mistério de Taltos, enquanto luta pelo destino da sua amada Rowan Mayfair. Cântico de Sangue, uma magnífica história de segredos amaldiçoados, lendas esquecidas e amores perdidos.   Cântico de Sangue, uma magnífica história de segredos amaldiçoados, lendas esquecidas e amores perdido. 

Ficha Técnica: 

Título original: Blood Canticle Tradução: Inês Gromicho ColecçãoObras de Anne Rice Pp.: 328 Formato: 14 cm x 21 cm ISBN: 978-972-1-05462-2 Data de edição (2.ª): Novembro de 2004 

Opinião: 

Este é o derradeiro volume das crónicas vampíricas, quando verifiquei que o narrador era novamente Lestat fiquei toda contente, mas quando comecei a ler fiquei bastante desiludida, não com a história em si, mas sim com a personagem. Parece que a ida ao céu tornou Lestat mais fraco e menos confiante. Está mais obcecado com a ideia das almas mortais. Parece-me que a autora ficou muito tempo sem utlizá-lo como narrador e por isso afastou-se demais do que os leitores estavam habituados e adoravam no Lestat. Aqui a autora levou ao extremo a necessidade que este sente de ser amado e de amar, por vezes torna-se confuso os sentimentos que ele tem em relação aos que o rodeiam, ele tem demasiado amor para dar. 

Este volume poderia estar melhor caso não fosse Lestat a ter esse discurso ou se a autora tivesse conseguido manter o estilo dos primeiros livros em que este era a personagem principal, por vezes o discurso dele fazia-me lembrar mais o Louis do que o Lestat, Convencido e confiante que nos habituamos a ver. 

Este volume funciona como o fecho da saga e o fecho de certos temas que ficaram em aberto nos volumes anteriores. É bastante interessante verificar que algumas personagens evoluem mais depressa do que Lestat e que ele apesar de pensar que é mais moderno e o melhor vampiro. 

Apesar deste livro destoar um pouco do resto da saga lê-se facilmente e com rapidez. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

[Opinião] “Sangue e Ouro” de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse:

As Crónicas do Vampiro prosseguem agora com o regresso de Marius.

O belo e louro filho da Roma Imperial, antigo mentor do vampiro Lestat, revela-nos, com uma voz intensa mas intimista, os segredos da sua existência de dois mil anos. Cercada de luxo mas também de tragédia, a vida de Marius vai conhecer os cenários da queda do Império Romano, da nova civilização em Constatinopla e dos ambientes mágicos de Florença e Veneza. É nessa Itália renascentista que ele vai conhecer o misterioso Armand… E uma outra personagem que o vai enfeitiçar: o genial Botticelli…

Trágico, sensual e arrepiante, como sempre, Sangue e Ouro é Anne Rice no seu melhor.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2006
Páginas: 438
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721051003

Opinião:

“Sangue e Ouro” é um volume que pertence às “Crónicas Vampíricas” de Anne Rice. Este volume apresenta-nos novas personagens, uma delas é um vampiro antigo sobre o qual ainda não se tinha falado anteriormente, o Thorne, o qual fora criado pela própria Maharet e tinha dormido por séculos sem ter qualquer interesse no que acontecia no mundo, vítima do efeito em cadeia do que Lestat fez, o qual acordou a rainha, Akasha, e com ela trouxe de volta velhos vampiros, entre eles a criadora de Thorne. Isto fez com que Thorne acordasse e se dirigisse à civilização. Então quem é que ele vai encontrar? O Marius, um vampiro, também ele antigo, e que vai travar conhecimento com ele.

Marius passa a ser o narrador deste livro e nos conta o que se passou entre os eventos que já conhecemos dos volumes anteriores. Também ficamos a conhecê-lo melhor e o que o move em tudo o que faz.

Parte do livro está escrita na terceira pessoa e a outra parte está escrita na primeira pessoa, o que torna o livro bastante versátil.

Aqui Marius, vagueia por entre o passado e nos leva numa viagem pela Roma Antiga, Antígua, Constantinopla, a época Renascentista, e também pelos momentos mais recentes. Marius tem uma capacidade de adaptação enorme e que o auxilia a integrar-se facilmente no meio dos humanos. Esta personagem delicia-se com a companhia dos mortais, de modo a não se sentir só, acabando por se ligar a vários mais intimamente ao ponto de não os querer perder e acaba por sofrer com isso. Penso que Marius é muito parecido com Lestat nesse aspecto.

Todos os vampiros, que eu já li, escritos por Anne Rice, têm uma necessidade excessiva de companhia e todos têm os seus sentimentos humanos aumentados exponencialmente, quando eles pensam que não são humanos apresentam os mesmos sentimentos de perda e medo da solidão.

Anne Rice criou uma saga que é viciante e que nos deixa ansiosos por mais.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

[Opinião] “Merrick” de Anne Rice (Publicações Europa- América)


Sinopse:

Neste romance hipnótico, a autora das Crónicas do Vampiro e da saga das Bruxas Mayfair demonstra mais uma vez o seu dom para a criação do mito e da magia. Desta vez ela vai juntar vampiros e bruxaria para criar um ambiente verdadeiramente arrepiante. No centro da história encontra-se Merrick, a «Bruxa de Endor», a bela e misteriosa feiticeira, descendente de uma sociedade mestiça de Nova Orleães familiarizada com as cerimónias de voodoo. Entre os seus ancestrais encontram-se também as grandes Bruxas Mayfair — de quem ela nada conhece senão o poder e a magia que herdou. E a ela junta-se David Talbot — vampiro, herói, aventureiro e contador de histórias, companheiro dos já conhecidos Vampiros Lestat e Louis de Point du Lac. É ele quem vai narrar a lenda de Merrick, uma lenda que nos leva da Nova Orleães do passado e do presente às selvas da Guatemala, das ruínas Maias a civilizações ainda mais antigas e inexploradas. Esta é, assim, uma história cheia de tensão, onde dois seculares poderes ocultos se juntam numa dança de sedução, morte e renascimento.

Ficha Técnica:

Coleção               Obras de Anne Rice
ISBN      5601072618190
Nº Páginas         348
Encadernação   Capa mole

Opinião:

Anne Rice é uma das minhas autoras preferidas e tenho andado a reler as “Crónicas vampíricas”, os livros anteriores já foram criticados aqui no blog.

A autora mostra a sua versatilidade ao longo desta colecção, iniciando a narração através de Luis no “Entrevista com o Vampiro”, passando para a voz de Lestat ao longo de cinco livros, o anterior tem Armand como narrador, e neste é o David Talbot que nos conta os acontecimentos.

Aqui ficamos a conhecer melhor o enigmático ex-chefe da Jesse e amigo de Lestat. Ele relata acontecimentos que se passaram muitos anos antes e eventos actuais. Este livro tem mais acção e é escrito de uma forma mais simples e com uma linguagem mais actual, o que se compreende porque Talbot é um homem do século XX e isso reflete-se neste livro.

Era uma situação inevitável, aquela partida, pois nenhum de nós se sentia capaz de aguentar a companhia de tantos companheiros bebedores de sangue durante muito mais tempo.

Merrick é misteriosa e existe um passado entre ela e o David. A paixão entre os dois é algo um pouco de obsessivo. E isso reflete-se em várias atitudes ao longo da obra. Desde o início temos a sensação que há algo mais que ainda não entendemos bem, tal como o narrador e isso faz-nos ficar agarrados à leitura.


Neste romance a evolução da história é rápida e acção. Um excelente volume, estou ansiosa por ler o próximo.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

[Opinião] “Memnoch O Demónio” de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse:

Estamos em Nova Iorque. A cidade está coberta por um manto de neve. No meio dessa brancura, Lestat procura Dora, a bela e carismática filha de um barão da droga, a mulher que desperta nele sentimentos de ternura como nunca outra mortal fizera antes. Dividido entre as suas paixões de vampiro e o amor avassalador que sente por Dora, é a seguir confrontado com o misterioso e demoníaco Memnoch. Arrancado ao mundo por este adversário temível, Lestat é levado até ao reino dos Céus e depois até ao Purgatório. Aí terá de decidir se acredita em Deus ou no Demónio e, por fim, qual dos dois escolherá servir.
Nas primeiras quatro Crónicas do Vampiro, Anne Rice convocou mundos fantásticos e distantes e tornou-os tão ressonantes, reais e imediatos como o nosso. Neste romance, o mais negro e ousado de todos os que escreveu, ela transporta-nos, na companhia de Lestat, para o universo mítico que nos é mais precioso — o reino da teologia de cada indivíduo.

Anne Rice é uma autora consagrada de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.

Ficha Técnica:

Título original: Memnoch, The Devil
Tradução: Rosário Durão e Carmo Romão
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 424
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04434-0
Data de edição (2.ª): Abril de 2011

Opinião:

Numa época em que assistimos à proliferação de histórias de vampiros ao ponto que se tornou algo de banal, sabe sempre bem regressar a estes que são considerados de clássicos, apesar de terem sido escritos há cerca de 20 anos. Os volumes anteriores destas crónicas vampíricas já foram criticados aqui no blog.

Neste volume, voltamos a ter Lestat como o narrador e personagem central do romance. Vemos as coisas pelos seus olhos e sentimos aquilo que ele sentiu. Esta é a continuação do que aconteceu no “Ladrão de Corpos” e centra-se numa história que David lhe contou a certa altura do livro.

Já conhecemos Lestat e sabemos que ele deseja grandeza e adoração. Se assim não fosse, não estaria sempre a tentar criar outros vampiros para lhe fazerem companhia e para o amarem e ele amar. A carência de afecto de Lestat é muito visível, principalmente na primeira parte do livro. Sem saber bem como ele vê-se lançado para o meio da luta entre o bem e o mal, Deus e o Demónio.

Viajamos juntamente com ele pelos diversos níveis, estilo “O Inferno de Dante”, através da visão da autora de cada Universo. Conhecemos uma versão ligeiramente diferente das ideias transmitidas pela bíblia e de como são os anjos.


Um livro viciante que não nos deixa pousar nem parar de ler, muito superior ao “História do Ladrão do Corpo”. O final revela o Lestat exactamente como o temos visto. Um vampiro não muda com a passagem do tempo. Anne Rice continua a demonstrar com mestria o motivo porque ganhou o título de mãe dos vampiros.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

[Opinião] “História do Ladrão do Corpo” de Anne Rice (Publicações Europa América)


Sinopse:

Lestat, vampiro, herói, sedutor consumado, cansado da busca, que já dura há dois séculos, para penetrar nos meandros da sua obscura existência, está desesperado por se ver livre do pesadelo da sua imortalidade. Ansiando por renascer homem, por pensar, sentir e respirar como um mortal, Lestat empreende uma incursão apaixonada pela vida.

A forma como Lestat se torna novamente mortal e como descobre aquilo que já tinha esquecido — a angústia do ser humano, a fragilidade, a odisseia da existência humana — é contada com toda a paixão, colorido e imaginação que distingue os extraordinários romances de Anne Rice.

Anne Rice é a autora consagrada de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.

Ficha Técnica:

Título original: The Tale of The Body Thief
Tradução: Teresa de Sousa Gomes
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 416
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-03812-7
Data de edição (2.ª): Fevereiro de 2011

Opinião:

Este é o quinto livro das Crónicas Vampíricas de Anne Rice. Os outros volumes já foram criticados aqui anteriormente.

Ao longo dos primeiros volumes conhecemos as personagens e aprendemos mais acerca dos vampiros e da sua origem. Aprendemos acerca da mitologia associada a este mundo negro que a autora criou com mestria. As bases que ganhamos acerca das personagens nos volumes anteriores são essenciais para a compreensão de certas passagens do livro e mesmo do que Lestat fala quando se refere a certas personagens e a certos eventos. Esta personagem mantém-se fiel à sua atitude de superioridade e arrogância que nos habituou anteriormente.

Sou o vampiro Lestat. Tenho uma história para vos contar. É sobre uma coisa que me aconteceu.
Começa em Miami no ano de 1990, e é por aí que quero começar. Mas é importante que lhes conte os sonhos que tive antes dessa altura, dado que também fazem parte da história. Falo agora de sonhos de uma criança vampiro com um espírito de mulher e um rosto de anjo, e de um sonho acerca do meu amigo mortal David Talbot.

Lestat aparece-nos como perturbado, melhor dizendo, mais perturbado do que nos romances anteriores, a solidão toma conta dele e a passagem do tempo torna-o mais negro e fatalista do que ele já era. A morte avizinha-se do seu amigo David Talbot, e isso perturba-o bastante. É nesta fase conturbada da sua vida que se aproxima dele uma personagem estranha e que se aproveita daquele estado de fragilidade e o engana. O que é difícil e por si só um feito digno de nota. Vemos um lado mais humano do vampiro que se deixa levar pelas suas emoções e que se deixa enganar na vã tentativa de realizar o seu desejo mais profundo e secreto.
É neste livro que Lestat fica a saber quem é que são os seus verdadeiros amigos.

Anne Rice continua a demostrar o seu talento para escrever na primeira pessoa e é bem patente a afinidade entre esta e o Lestat. As descrições são pormenorizadas e nos levam aos locais da acção e o livro está repleto de acção. Os diálogos entre Lestat e David são bem conseguidos e demonstram a relação de amizade que os dois têm.

Quanto ao final, fiquei surpreendida. Será que David vai trair os seus princípios, será que o vilão vai ser derrotado?


Um livro para quem gosta do sobrenatural.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

[Opinião] “Grandes Esperanças” de Charles Dickens (Publicações Europa-América)


Sinopse:

Deixe que o desejo seja o seu destino

Publicado pela primeira vez em 1860/61, Grandes Esperanças é um dos romances mais sérios de Charles Dickens. É impossível escapar ao poder de sedução desta obra poderosa e violenta — de onde não estão ausentes nem a sátira nem o humor. Tal como num romance policial, o mistério apodera-se da nossa atenção e a revelação da sua verdade psicológica e moral mantém-nos em suspenso até ao derradeiro momento. Hipnotizados pela voz de Pip e guiados pela sua memória, vamos desvendando o segredo das suas «grandes esperanças» e testemunhando o encontro de um homem consigo próprio.

Ficha Técnica:

Título original: Great Expectations
Tradução: Carmen Gonzalez
Colecção:  Clássicos
Pp.: 462
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04420-3
Data de edição: Fevereiro de 1998

Opinião:

Charles Dickens é um dos mais famosos e versáteis escritores clássicos. Ele escreveu desde livros infantis a romances como este famoso “Grandes Esperanças”, o qual já foi alvo de inúmeras adaptações ao teatro e cinema tendo sido a mais recente lançada este ano. A forma de Dickens escrever é muito directa e muito clara. Guia com facilidade o leitor para aquilo que ele quer.

Neste romance o livro é contado da perspectiva de Pip, uma das personagens principais, o qual vai desvendando os segredos que todos escondem. Vamos aprendendo com esta personagem. Se por um lado uma narração na primeira pessoa é limitante a nível do conhecimento por parte do leitor de todos os lados de uma acção. Aqui torna-se vital, porque aumenta a nossa curiosidade acerca do que se vai passar de seguida. Stella é tão cruel quanto Pip é bom. Nunca sabemos bem o que ela pensa e vemo-la a jogar com os homens para obter aquilo que quer. É muito hábil nesse jogo. Ela própria avisa Pip que:

"Eu não tenho coração".

Mesmo assim Pip a ama, este é um dos maiores livros de amor, em que uma personagem ama a outra apesar de todos os seus erros e dos seus defeitos

O livro é uma crítica à sociedade da época e também tem alguns aspectos que se podem adaptar aos tempos actuais. A ganância, a vingança, o ódio e o dinheiro são temas intemporais e que serão sempre abordados. Aqui Dickens também aborda o tema da violência doméstica em casa de Pip de uma forma muito surpreendente e incomum naquela época.


É um clássico para se ler e ver as variadas adaptações cinematográficas.

domingo, 16 de junho de 2013

[Opinião] “A Rainha dos Malditos Volume 2” de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse:

O segundo volume d’ A Rainha dos Malditos, a continuação de Entrevista com o Vampiro e d’ O Vampiro Lestat.

Após ter despertado Akasha, a mãe de todos os vampiros, do seu sono de seis mil anos, Lestat ignora que corre perigo e que, num concerto em São Francisco, há entre os fãs centenas de vampiros dispostos a destruí-lo por ele ter revelado a condição dos seus semelhantes.
Um misterioso sonho é partilhado por um grupo de homens e vampiros. Quando todos se aproximam, o sonho torna-se mais claro e tudo aponta para uma tragédia indescritível.

Anne Rice é a autora consagrada de vários best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.

Ficha Técnica:

Título original: The Queen of The Damned
Tradução: Clarisse Tavares
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 260
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04168-4
Data de edição (2.ª): Dezembro de 2010

Opinião:

Este é o segundo volume do livro “Rainha dos Malditos”, neste acompanhamos o desfecho da rebeldia de Lestat, que decidiu revelarão mundo a existência de vampiros. Este acto causa desconforto na pequena comunidade de vampiros e tem uma consequência inesperada. A ressurreição de Akasha, a rainha dos malditos, a qual decide libertar o inferno na Terra.

Os Volumes anteriores já foram criticados aqui no blog, “Entrevista com o vampiro”, “Vampiro Lestat vol. 1”, “VampiroLestat Vol. 2”, “A Rainha dos Malditos Vol. 1”.

Neste volume finalmente vamos conhecer a história das gémeas ruivas e como é que elas estão relacionadas com Akasha. Também vamos ficar a saber como é que os vampiros nasceram e como é que se propagam pelo mundo.

Anne Rice leva-nos novamente numa viagem pelo mundo sobrenatural com mestria e elegância, parte do livro pelas de Lestat e outra parte por outras personagens.

Ela revela-nos mais este mundo deixando-nos com vontade de continuar a ler, de não abandonarmos as personagens.

Neste volume viajamos por todo o mundo e por várias épocas, desde o Antigo Egipto à actualidade. Tudo á abordado.

As personagens que conhecíamos dos outros volumes crescem e revelam características que não imaginamos. Algumas mudam, quando imaginamos que isso era impossível quando se trata de vampiros.

O conflito interno de Lestat é bem patente e a sua incapacidade de ir contra Akasha e as suas decisões são bem patentes, por mais que ele tente explicar-lhe o seu ponto de vista ela não muda de ideias e p final é previsível. A tensão aumenta neste volume, fazendo com que o leitor fique agarrado à história.

Este e o último volume adaptado para filme. Foi-o feito juntamente com os três anteriores. E depois de ler tudo vi que a história do livro é muito superior e que o filme falha em muitos pontos relativamente à história.

Estou ansiosa para continuar a ler as histórias neste Universo.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

[Opinião] “A rainha dos Malditos volume 1” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Sinopse:

A viagem de Lestat até uma caverna numa ilha grega desperta Akasha, rainha dos malditos e mãe de todos os vampiros, do seu sono de seis mil anos. Desperta e sedenta de sangue, Akasha traça o seu maléfico plano para dominar o mundo dos vivos.
Num concerto em São Francisco, Lestat ignora que entre os fãs há centenas de vampiros dispostos a destruí-lo por ter revelado a condição dos seus semelhantes.
Um misterioso sonho é partilhado por um grupo de homens e vampiros. Quando todos se aproximam, o sonho torna-se mais claro e tudo aponta para uma tragédia indescritível.

Ficha Técnica:

Autor    Anne Rice, Anne Rice
Editora Publicações Europa - América
ISBN      5601072618091
Dimensões        14 cm x 21 cm
Nº Páginas         272

Opinião:

Este é mais um volume das saga Crónicas vampíricas da autora Anne Rice, que foram publicados pela editora Publicações Europa-América. Já anteriormente critiquei aqui no blog o “Entrevista com o Vampiro”, “O Vampiro Lestat Volume 1” e “O Vampiro Lestat Volume 2”.

Ao contrário dos volumes anteriores, este livro é maioritariamente narrado na terceira pessoa, Lestat apenas tem uma pequena intervenção num pequeno capítulo inicial. Com o seu habitual tom irónico.

E, a propósito, quando esses outros personagens pensarem ou disserem de mim que eu sou belo ou irresistível, etc., não penses que fui eu que pus essas palavras nas suas bocas. Não fui! Foi o que me relataram mais tarde, ou aquilo que recolhi das suas mentes com o meu infalível poder telepático; eu não ia mentir a esse respeito, ou a respeito de qualquer outra coisa. Não posso evitar ser um belo demónio. Foi o que me calhou na sorte. O maldito monstro que fez de mim o que sou escolheu-me por causa da minha beleza. Foi apenas isso. E acidentes destes estão sempre a acontecer.

Anne Rice leva-nos a conhecer melhor algumas personagens que apenas foram referidas anteriormente e apresenta-nos novas personagens. Também nos introduz a um novo mistério “as gémeas ruivas”. Quem são estas novas e misteriosas personagens que invadem os sonhos de todos?

Esta parte era nova para ela, desenrolando-se tão rapidamente, e o sonho era desesperadoramente indistinto, como tinham sido todos os sonhos das gémeas.

Aos poucos com o evoluir da história vamos ficando a conhecer um pouco melhor estas duas personagens, mas o véu do mistério que as ainda não é levantado neste volume e apesar de desconfiarmos de algo, ainda não temos qualquer explicação acerca da identidade das gémeas.

A autora continua a criar uma atmosfera sensual em torno dos vampiros, deixando-os irresistíveis.

Também faz descrições bastante sugestivas para o universo onde a história se desenrola.

O luar penetrava através das gelosias de madeira. As figuras vigorosas dos murais ganharam vida contra o fundo vermelho, da cor de sangue fresco.

Ela consegue inclusive mostrar o deslocamento cultural dos vampiros mais antigos.

Revela os sentimentos mais secretos das personagens.

A loucura não veio; nem o esquecimento.

Introduz o conceito da Talamasca, juntamente com Jesse e toda a sua obsessão pelo mundo sobrenatural.

Tinha-se viciado na excitação, até mesmo no secretismo.

Este é sem dúvida até ao momento o melhor livro da saga, repleto de personagens e com um suspense que nos deixa viciados. Anne Rice consegue jogar com as personagens como se estas fossem marionetas nas suas mãos. Cada uma delas cresce neste volume e novas questões são levantadas será que no próximo volume ela responderá?


Em breve em critica aqui no blog o segundo volume deste livro.

sábado, 13 de abril de 2013

[Opinião] “O Vampiro Lestat volume 2” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Sinopse:

Na sequela de Entrevista com o Vampiro, Lestat é um excêntrico e sedutor vampiro que, ao longo de várias eras, procura as suas origens e quer desvendar o segredo da sua obscura imortalidade. Essa vertiginosa viagem leva-o da Inglaterra dos druidas aos lupanares de Paris do século XVIII e à Nova Orleães finissecular.
Avesso ao código de honra dos vampiros, que lhes impõe o silêncio sobre a sua condição, Lestat revela-se na esperança de que os imortais se unam para descobrirem o mistério da sua existência. E é então que Lestat, o caçador, se transforma numa presa.

Ficha técnica:

Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 264
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721040328
Coleção: Obras de Anne Rice

Opinião:

A crítica ao primeiro volume de “O Vampiro Lestat” já saiu aqui no blog.
Novamente, acompanhamos as memórias deste vampiro que nos leva a viajar pelo mundo, neste volume vamos até ao Cairo e a Nova Orleães, onde ele conhece Louis, personagem principal do primeiro volume destas crónicas “Entrevista com o Vampiro”. Esta saga tem aumentado de intensidade, quer a nível de acção quer a nível do desenvolvimento das personagens.
Neste segundo volume, a história não se centra tanto no Lestat, ma sim no que ele vai descobrindo acerca dos vampiros e dos seres nocturnos com quem se cruza, Armand, Marius, Enkil e Akasha.
Lestat que nunca quis estar só acaba por se tomar consciência que esse será, inevitavelmente, o seu destino por mais vezes que o tente enganar.
Quem viu o Filme “Rainha dos Malditos” que foi inspirado neste livro e no seguinte da saga chega à conclusão que este não tem a ver com a história de Anne Rice. A qual é muitas vezes superior.
As cenas introspectivas de cada personagem são bastante elucidativas do seu estado mental. As cenas de acção são completas e prendem o leitor.
Este volume agarra o leitor e a forma como termina desperta a curiosidade para o “A Rinha dos Malditos”. É sem dúvida a melhor saga de vampiros que já li e que agarra os leitores de uma forma subtil e que se entranha na nossa pele, deixando-nos a vontade de ler mais e mais.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

[Opinião] “O Vampiro Lestat – Volume 1” de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse:
Lestat, personagem de Entrevista com o Vampiro, tem uma história para contar. O segundo volume da saga «Crónicas dos Vampiros» acompanha Lestat ao longo de várias eras, à medida que ele procura as suas origens e desvenda o segredo da sua obscura imortalidade.
Extravagante e apaixonado, Lestat mergulha nos lascivos lupanares de Paris do século XVIII, na Inglaterra dos druidas e na Nova Orleães finissecular. Após um sono profundo de cinquenta e cinco anos, Lestat está fascinado pelo mundo moderno. Quando quebra o código de honra dos vampiros, que lhes impõe o silêncio sobre a sua condição, Lestat revela-se na esperança de que os imortais se ergam e se unam para descobrirem o mistério da sua existência. E é então que Lestat, o caçador, se transforma numa presa.

Anne Rice é a autora consagrada de vários best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.

Ficha Técnica:

Título original: The Vampire Lestat
Tradução: Sophie Vinga
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 256
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04002-1
Data de edição (2.ª): Dezembro de 2006

Opinião:

Este é o segundo volume da série “Crónicas dos Vampiros” de Anne Rice. O primeiro volume “Entrevista com o Vampiro” já foi criticado aqui no blog.
Em “O vampiro Lestat” ficamos a conhecer melhor o infame Lestat, que Louis definiu como sendo vil e vingativo. Ele pretende viver na luz e não oculto nas sombras, após ler o “Entrevista com o Vampiro” ele decide contar a sua versão da história.
Conhecemos tudo o que estava por trás da sua forma de ser e de reagir. Também entendemos melhor outras personagens do primeiro volume, como é o caso do vampiro Armand e as suas relações com o Lestat. Também surgem personagens misteriosas, cujos segredos têm de ser desvendados.
Novamente, Anne Rice consegue-nos surpreender, pois Lestat é completamente diferente das ideias pré-concebidas que tínhamos após a leitura do primeiro livro e conhecemos o seu lado mais humano.
Todas as personagens tornam-se mais reais ao longo da história, sofrendo alterações ao longo da narrativa. Anne Rice continua a demonstrar porque é que é chamada de mãe dos vampiros e leva-nos numa viagem alucinante ao mundo oculto e negro, onde estas criaturas residem.
A autora continua a comprovar a sua mestria nos relatos na primeira pessoa, encarnando na sua plenitude a personagem principal enquanto narrador. Reflete os seus sentimentos com precisão, os seus desejos são bem patentes nas suas palavras. As descrições das ruas de Paris pré-Napoleónica são bem desenvolvidas e podem mesmo chocar alguns leitores pela forma crua como são descritos.
Estou ansiosa para ler o segundo volume deste livro “O Vampiro Lestat”.

segunda-feira, 18 de março de 2013

[Opinião] “O Anjo das Trevas – Os cânticos do Serafim” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Ficha Técnica:

Título original: Of Love and Devil - The Songs of the Seraphim
Tradução: Paula Antunes
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 144
Formato: 15,5 cm x 23 cm
ISBN: 978-972-1-06179-8
Data de edição: Setembro de 2012

Sinopse:

«Sonhei com anjos. Vi-os e ouvi-os numa enorme e interminável noite galáctica. Vi as luzes que simbolizavam estes anjos, voando aqui e ali, em laivos de um brilho irresistível […] Senti amor em redor de mim neste vasto e contínuo domínio de som e luz […] E algo semelhante a tristeza apoderou-se de mim e confundiu toda a minha essência com as vozes que cantavam, porque as vozes cantavam sobre mim.»
Assim começa o novo romance assombroso de Anne Rice, um thriller sobre anjos e assassinos, que nos conduz novamente aos mundos obscuros e perigosos de tempos passados. Anne Rice leva-nos para outros domínios, desta vez para o mundo de Roma no século XV, uma cidade de cúpulas e jardins suspensos, torres altas e cruzes por debaixo de nuvens sempre em mudança; colinas familiares e pinheiros altos… de Miguel Ângelo e Rafael, da Sagrada Inquisição e de Leão X, segundo filho de um Medici, dissertando sobre o trono papal…
E nesta época, neste século, Toby O’Dare, antigo assassino por ordem do governo, é convocado pelo anjo Malquias para resolver um terrível crime de envenenamento e para procurar a verdade sobre a aparição de um espírito irrequieto — um diabólico dybbuk. O’Dare em breve se vê envolvido no seio de conspirações negras e contra-conspirações, rodeadas por uma ameaça sombria e ainda mais perigosa, porque o véu do terror eclesiástico a cobre.
Enquanto embarca numa viagem de expiação, O’Dare é ligado ao seu próprio passado, com assuntos claros e obscuros, ferozes e ternos, com a promessa de salvação, e com uma visão mais profunda e rica do amor.
Anne Rice é uma autora consagrada de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.
Na capa: Dark Paladin, ilustração de Grzegorz Rutkowski.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Num artigo anterior trouxemos-vos o primeiro volume desta série de livros.
Este volume é mais pequeno que o anterior. Com as apresentações já feitas, Anne Rice avança mais rapidamente para a história. Ficamos a conhecer o lado mais humano de Toby O’Dare.  A sua mestria em narradores na primeira pessoa continua a ser demostrada neste livro. A autora continua com a índole religiosa como principal tema. Mas, este livro tem mais ritmo que o anterior o que o torna interessante.
Em “O Anjo das Trevas” vemos um Toby mais calmo, mais seguro das suas opções, de seguir Malquias. A sua dependência do anjo torna-se mais notória. Anne Rice revela-nos mais coisas acerca do passado desta personagem.
Quatro novas personagens são apresentadas, Shmarya e Ankanoc, o primeiro anjo, o segundo poderá ser aquilo que chama-nos de demónios, a autora não define bem esta personagem, aumentando assim a curiosidade do leitor. Conhecemos também, duas personagens relacionadas com o passado de Toby, o seu filho Toby e a sua ex-namorada Liona. Será que no futuro todos poderão ser uma família feliz? O anjo Malquias deixa essa pergunta sem resposta directa.
Toby é novamente levado ao passado e colocado numa situação ainda mais complicada que a anterior.
Uma sequela excelente, com um bom ritmo e um tema interessante. Viciante e vibrante deixa-nos com um sabor agridoce na boca uma vez que queremos saber mais, o final deixa o leitor ansioso pelo próximo volume. Nós ficaremos à espera.