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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

[Opinião] “Jogos da Fome”de Suzanne Collins (Editorial Presença)


Sinopse:

Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte, Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espetáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um ato de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia Os Jogos da Fome às mais altas esferas da ficção científica.

Ficha Técnica:

Coleção: Via Láctea
Nº na Coleção: 78
Data 1ª Edição: 20/10/2009
Nº de Edição: 12ª
ISBN: 978-972-23-4239-1
Nº de Páginas: 256
Dimensões: 150x230mm
Peso: 293g

Opinião:

Há cerca de um ano vi o filme que se baseou neste primeiro volume da trilogia que já se tornou famosa por todo o mundo e apaixonou milhares de jovens e de adultos. A curiosidade levou a melhor de mim e assim que tive a oportunidade de ler aproveitei. Fiquei viciada, mal peguei no livro não o consegui pousar, ao menos comecei no fim-de-semana, o que me deu para ler de seguida. Agora estou ansiosa para ler o segundo volume e ver como a história continua.

O livro é pequeno e a acção desenrola-se rapidamente e com momentos intensos que culminam no clímax final que nos arrebata. Suzanne Collins consegue-nos surpreender com os seus twists na acção e as suas surpresas.

O livro está repleto de violência e de críticas sociais subentendidas e que podem ser compreendidas quer por adolescentes quer mais facilmente por adultos.

O universo de Panem é um mundo futurista em que o Capitol controla os 12 distritos que produzem tudo o que a grande metrópole necessita e são controlados de forma a se submeterem ao seu domínio. Para comprovarem que são eles que mandam, relembram constantemente o que aconteceu ao 13º Distrito e promovem os jogos da fome, onde 24 tributos lutam até à morte restando apenas um, no final. Existem distritos, os mais populares e com mais apoios que treinam crianças com o objectivo de ganharem aqueles jogos. Os voluntários nesses distritos são habituais mas nos distritos menos capacidades são raros e as pessoas apenas pensam em sobreviver.

As personagens centrais são Katniss e Peeta que são os tributos do 12º distrito, estes fazem de tudo para tentarem sobreviver aos jogos e tentam quebrar as regras para o fazerem. Alianças são forjadas e rivalidades crescem desde que desembarcam na capital. Peeta começa a compreender como jogar antes de Katniss e acaba por se adaptar facilmente ao jogo e a lutar pela sua sobrevivência. Katniss é mais inocente e ingénua e custa-lhe a se adaptar às situações.

As outras personagens, principalmente as que aparecem no primeiro capítulo estão pouco desenvolvidas e não nos revelam muito acerca de si. Principalmente porque, para já não são indispensáveis para o desenrolar da história. Quanto aos outros tributos, como conhecemos a acção pelas palavras de Katniss acabamos por vê-los com a sua percepção destes. Isso limita um pouco a nossa visão da acção geral. Mas também cria uma maior afinidade com Katniss.

Este foi um livro que adorei ler e que estou ansiosa por ler a continuação.



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

[Opinião] “Segredos Imorais” de Brian Freeman (Editorial Presença)


Sinopse:

O detective Jonathan Stride vive sob o peso do caso de uma jovem desaparecida que nunca conseguiu resolver. Agora, cerca de um ano depois, o desaparecimento de outra jovem, Rachel Deese, aponta para um assassino em série. Todavia, Stride não é da mesma opinião e, mesmo sem nunca ter sido encontrado o corpo, as pistas de que dispõe levam-no a crer que o padrasto de Rachel seja o culpado. Mas algo acontece que vai mudar o rumo da investigação, e Stride não imagina que os segredos que pode estar prestes a desvendar vão mudar a sua vida para sempre… Um livro em que sedução, vingança e obsessão constituem os ingredientes de um jogo psicológico que Brian Freeman arquitectou e que o leitor amante do género não vai querer perder. Vencedor do Macarty Award 2006.

Ficha Técnica:

Coleção: O Fio da Navalha
Nº na Coleção: 88
Data 1ª Edição: 06/06/2006
Nº de Edição:
ISBN: 972-23-3572-3
Nº de Páginas: 392
Dimensões: 150x230mm
Peso: 577g

Opinião:

Este livro foi-me sugerido pela Teresa Carvalho, à qual agradeço o empréstimo. Nunca tinha lido nada de Brian Freeman e graças a uma recente discussão no facebook a Teresa emprestou-me o livro. O livro pode-se resumir a 2 palavras Brilhante e Viciante. É um livro que se devora e não se consegue parar de ler. Em cada uma das partes somos surpreendidos e vamos vendo aos poucos os mistérios a serem revelados: “Quem é que matou Kerry?” e “O que é que aconteceu a Rachel?”

A cada página surge algo de novo. Ao avançarmos nas páginas vemos que alguma coisa está a falhar e que há ainda segredos para revelar. Quando pensamos que entendemos tudo algo acontece que nos tira o tapete e nos lança para o abismo e temos de repensar tudo. Ficamos com o pulso acelerado e na espectativa de ver o que vai acontecer.

Freeman descreve as cenas com simplicidade e realismo levando o leitor a acompanhar as personagens e a viver todos os momentos e emoções. O realismo das personagens é bem patente nas páginas e o evoluir de relações também. O salto temporal entre a segunda e a terceira parte está bem conseguido e nota-se a passagem do tempo.


Um excelente livro policial.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

[Opinão] “Apaixonada por um Milionário” de Ruth Cardello (Editorial Presença)




Sinopse:

Dominic Corisi é bilionário, tem um corpo perfeito e um charme irresistível que lhe garante que todas as mulheres que deseja lhe caiam aos pés. Quer dizer, todas menos Abby Dartley, uma jovem e atraente professora que não acredita em correr riscos, sobretudo no que toca a homens. É precisamente por isso que Dominic está decidido a não a deixar escapar e, quando os negócios o obrigam a viajar até à China, leva Abby com ele. Mas com as suas condições: sem promessas e sem compromissos. Só sexo. Porém, na China, Abby toma conhecimento de uma intriga que a poderá obrigar a abandonar o seu papel submisso de amante, mesmo que isso signifique perder o homem que ama...

Apaixonada Por um Milionário é um romance da autora bestseller do New York Times, USA Today e Amazon.

Ficha Técnica:

Coleção: Champanhe e Morangos
Nº na Coleção: 52
Data 1ª Edição: 06/08/2013
Nº de Edição:
ISBN: 978-972-23-5106-5
Nº de Páginas: 168
Dimensões: 150x230mm
Peso: 203g

Opinião:

“Apaixonada por um Milionário” é um livro pequeno e intenso. Está repleto de acção e sem um momento morto. É um livro que se lê rapidamente e que nos deixa agarrados à história. Por ser curto deixa-nos com aquela sensação de querermos saber mais e nos deixa aquela sensação de procurar mais páginas. Pensamos mesmo: “Oh Já acabou”. O final em aberto deixa-nos a salivar pela continuação.

Ambas as personagens são fortes, quer Dominic quer Abby. São o oposto e a tensão entre os dois é bem patente desde as primeiras páginas do livro. A atracção é mútua e bastante intensa. Os dois envolvem-se e decidem ter algo casual. A relação pode evoluir ou pode autodestruir-se porque ambos têm personalidades fortes e são igualmente casmurros.

As personagens são realistas, já que têm os seus defeitos e as suas qualidades. Por vezes estas últimas podem ser um pouco exageradas, como o caso de Abby na China, é certo que isto é uma obra de ficção e também deve ser assim senão não tinha tanta piada.

A parte erótica deste livro é mais discreta do que é habitual e também de menos importância que o resto da história, o que lhe atribui um excelente equilíbrio entre estas duas partes, que muitas vezes falha noutros romances.

É um livro de leitura rápida que agradará aos leitores de romances.

domingo, 28 de julho de 2013

[Opinião] Férias com o meu pai” de Dora Heldt (Editorial Presença)


Sinopse:

Christine e Dorothea, duas amigas na casa dos 40, decidem passar umas férias relaxantes numa ilha na costa norte da Alemanha. Mas tudo se altera quando Heinz, o pai de Christine, se junta ao grupo. Extremamente crítico e teimoso, Heinz está sempre a meter-se em tudo e promete transformar as férias numa sucessão incontrolável de peripécias a que ninguém parece conseguir escapar. Mistura de comédia brilhante, romance no feminino e policial ligeiro, Férias Com o Meu Pai explora o lado divertido do conflito geracional que tantas vezes opõe um pai superprotetor a uma filha que já está a viver em pleno a sua maturidade.

Ficha Técnica:

Coleção: Champanhe e Morangos
Nº na Coleção: 51
Data 1ª Edição: 16/07/2013
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-5105-8
Nº de Páginas: 280
Dimensões: 150x230mm
Peso: 312g

Opinião:

Férias com o meu pai” é um romance leve e divertido. Repleto de humor e que se lê facilmente, acabamos por nos rir várias vezes ao longo deste. Dora Heldt capturou com eficácia a relação entre pai e filha.

Mordi a língua, não queria estar a contar tudo aquilo. Gosto do meu pai. De preferência uam distância de três horas de viagem.

As personagens criadas pela autora são muito realistas até mesmo as relações entre elas são parecidas com as da vida real. A relação entre Christine e o pai, Heinz é muito semelhante à real entre um pai e uma filha. Apesar de Christine ter já quarenta anos, o seu pai não deixa de a proteger e de tentar que ela tenha o melhor e que seja feliz. As suas tentativas de a ajudarem são extremamente cómicas e muitas vezes são mal interpretadas pela filha. As amigas dela acham-no encantador e divertem-se imenso com as peripécias que acontecem.

Este livro está repleto de personagens caricatas. Acabou por se tornar viciante a leitura. A história torna-se viciante porque no meio do humor também tem um pouco de mistério e suspense que nos agarra até à última página. Queremos todos saber quem é o misterioso homem por quem a Christine se apaixona e qual é o seu papel em toda a trama.

A história é narrada na primeira pessoa, conhecemos os eventos pela voz da Christine, o que nos faz sentir mais afinidade com esta personagem.


Este livro encontra-se em passatempo aqui no blog.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

[Opinião] “O Meu Avô foi para o Céu” de Maria Teresa Maia Gonzalez (Editorial Presença)


Sinopse:

O Tim está quase a fazer nove anos. Mora com os pais e os dois irmãos. Frequenta a escola, adora andar de skate, sonha ter um canguru como animal de estimação e tenciona ser astronauta. Todos os dias visita os avós maternos, que moram muito perto, e costuma ficar a ver o avô a trabalhar numa oficina que tem na garagem. Na verdade, o avô Jerónimo e o Tim são grandes companheiros! E por causa dessa grande cumplicidade entre os dois, aquele dia foi o pior da vida do Tim... Quando o avô morreu! Foi nessa altura que a avó Paula lhe fez um desafio inesperado!

Ficha Técnica:

Coleção: Estrela do Mar
Nº na Coleção: 144
Data 1ª Edição: 06/06/2013
Nº de Edição:
ISBN: 978-972-23-5085-3
Nº de Páginas: 80
Dimensões: 135x205mm
Peso: 97g
Para mais informações, aqui.

Opinião:

“O Meu Avô foi para o Céu” é um pequeno livro narra a morte sob o ponto de vista de uma criança, o Tim. Este livro está em passatempo aqui no Blog.

Maria Teresa Maia Gonzalez consegue capturar com bastante realismo a visão de uma criança. Neste acompanhamos toda a relação que Tim tem com o seu avô e como este lida com as suas diversas fases da vida e como lida com a perda.

A linguagem que a autora utilizou é simples e adaptada à faixa etária na qual o narrador se insere. É um livro muito comovente, e no qual esperamos sempre que aconteça um milagre que salve o avô, apesar de sabermos previamente que isso não acontece.

A avó Paula é a mãe da minha mãe e (ao contrário da minha mãe) ri-se bué e tem uma grande imaginação, sobretudo para contar fábulas, que são histórias de animais, e enfeitar bolos. Na verdade, foi ela quem me deu a ideia de escrever esta história, que é a minha. Mais lá à frente conto porquê…

Neste pequeno excerto confirmamos que o narrador é uma criança pouco versada na linguagem portuguesa e repleto de expressões utilizadas no dia-a-dia que dão mais realismo à narrativa.

Todas as personagens são realistas e credíveis. Parece-me bem provável que uma criança escrevesse este livro.


É um livro muito interessante que nos ajuda a explicar aos mais pequenos uma coisa tão estranha como a morte.

terça-feira, 21 de maio de 2013

[Opinião] “O canto do anjo - a história de um castrato” de Richard Harvell (Editorial Presença)



Sinopse:

Quando Moses Forben, cantor conhecido como Lo Svizzero, morre, o seu filho Nicolai encontra entre as suas coisas um maço de papéis. Ao lê-los, descobre o segredo das origens daquele homem a quem chamava pai, mas que não poderia sê-lo, uma vez que era um castrato, possuidor de uma angelical voz de soprano.
Richard Harvell escreve num impressionante registo que nos transmite a vibração da infinidade de sons que o seu personagem distingue e reproduz com a voz, e recria o grau de melodramatismo que é a ópera na sua essência. E tal como a voz de Lo Svizzero, O Canto do Anjo atinge o sublime, vibrante de paixão, dor, coragem e beleza.

Ficha técnica:

Coleção: Grandes Narrativas
Nº na Coleção: 511
Data 1ª Edição: 17/08/2011
Nº de Edição:
ISBN: 978-972-23-4602-3
Nº de Páginas: 432
Dimensões: 150x230mm
Peso: 477g

Opinião:

Nas aulas de história eu aprendi acerca dos castrati, e como eles eram adorados como anjos. Mas nunca compreendi plenamente as implicações deste acto até ler o livro “O Canto do Anjo” pela primeira vez. O drama e todos os sentimentos de Moses são relatados ao pormenor nestas páginas. Finalmente percebi. E o que significa para um homem a perda da sua virilidade e como isso não o impede de amar uma mulher e a frustração que sente por não se conseguir entregar plenamente ao amor.

Richard Harvell criou uma história envolvente e emocionante, repleta de momentos altos que aumentam de intensidade até atingirem o clímax nos capítulos finais. Criando cenários que nos levam numa viagem desde as luxuriantes e frias paisagens dos Alpes, às sujas e escuras ruas de Viena, as quais o autor descreve com uma habilidade impressionante, não se descurando e permitindo ao leitor viajar com as personagens. O livro está reletp de descrições sonoras, a respiração, o repicar dos sinos, a respiração, o cantar do coro. Aos poucos somos levados numa viagem pelos sons tanto como pela visão.

A minha mãe estava suficientemente bem para se ter levantado sozinha do chão lamacento e ter subido até aos seus sinos! E estava agora a tocá-los tão violentamente como se estivesse a bater nas próprias montanhas com os seus martelos.

Este é um dos momentos onde o autor associa os sons à acção e que mostra a sua destreza enquanto escritor.

Moses é a personagem principal do livro, tal como todos os outros está bem desenvolvido, é como um vinho que levou o seu tempo a amadurecer na pipa. Acompanhamos o seu crescimento, já que toda a narração é efectuada por ele, conhecemos todos os seus sentimentos mais íntimos e os seus medos. Toda a narração é do seu ponto de vista e não sabemos o que acontece às outras personagens quando não estão com ele. ,as a história não perde com isso, porque acaba por criar uma espécie de mistério acerca do que se segue.

Em “O canto do Anjo”, a vasta maioria das personagens são masculinas, o que é resultado da maioria da acção se passar num mosteiro, isto não torna a acção maçadora. A consequência é tornar as personagens femininas mais exóticas e mais misteriosas. Como é o caso da Amália, a sua amiga de infância, que quando aparece nas páginas do livro domina todos o espaço e acaba por tomar posse de tudo e da nossa atenção. Queremos sempre saber mais acerca dela e, aos poucos, o autor revela-nos o que queremos saber.

Em “o canto do Anjo” aprendemos o verdadeiro sentido da amizade e do amor. É uma bela história, por vezes demasiado crua, que nos ensina que a vida nem sempre corre como planeamos. Um livro que se devora da primeira à última página e nos deixa a desejar pelo próximo volume.
Uma aposta da Editorial Presença, para mais informações clique aqui.