Mostrar mensagens com a etiqueta Editorial Presença. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Editorial Presença. Mostrar todas as mensagens

domingo, 28 de julho de 2013

[Opinião] Férias com o meu pai” de Dora Heldt (Editorial Presença)


Sinopse:

Christine e Dorothea, duas amigas na casa dos 40, decidem passar umas férias relaxantes numa ilha na costa norte da Alemanha. Mas tudo se altera quando Heinz, o pai de Christine, se junta ao grupo. Extremamente crítico e teimoso, Heinz está sempre a meter-se em tudo e promete transformar as férias numa sucessão incontrolável de peripécias a que ninguém parece conseguir escapar. Mistura de comédia brilhante, romance no feminino e policial ligeiro, Férias Com o Meu Pai explora o lado divertido do conflito geracional que tantas vezes opõe um pai superprotetor a uma filha que já está a viver em pleno a sua maturidade.

Ficha Técnica:

Coleção: Champanhe e Morangos
Nº na Coleção: 51
Data 1ª Edição: 16/07/2013
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-5105-8
Nº de Páginas: 280
Dimensões: 150x230mm
Peso: 312g

Opinião:

Férias com o meu pai” é um romance leve e divertido. Repleto de humor e que se lê facilmente, acabamos por nos rir várias vezes ao longo deste. Dora Heldt capturou com eficácia a relação entre pai e filha.

Mordi a língua, não queria estar a contar tudo aquilo. Gosto do meu pai. De preferência uam distância de três horas de viagem.

As personagens criadas pela autora são muito realistas até mesmo as relações entre elas são parecidas com as da vida real. A relação entre Christine e o pai, Heinz é muito semelhante à real entre um pai e uma filha. Apesar de Christine ter já quarenta anos, o seu pai não deixa de a proteger e de tentar que ela tenha o melhor e que seja feliz. As suas tentativas de a ajudarem são extremamente cómicas e muitas vezes são mal interpretadas pela filha. As amigas dela acham-no encantador e divertem-se imenso com as peripécias que acontecem.

Este livro está repleto de personagens caricatas. Acabou por se tornar viciante a leitura. A história torna-se viciante porque no meio do humor também tem um pouco de mistério e suspense que nos agarra até à última página. Queremos todos saber quem é o misterioso homem por quem a Christine se apaixona e qual é o seu papel em toda a trama.

A história é narrada na primeira pessoa, conhecemos os eventos pela voz da Christine, o que nos faz sentir mais afinidade com esta personagem.


Este livro encontra-se em passatempo aqui no blog.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

[Opinião] “O Meu Avô foi para o Céu” de Maria Teresa Maia Gonzalez (Editorial Presença)


Sinopse:

O Tim está quase a fazer nove anos. Mora com os pais e os dois irmãos. Frequenta a escola, adora andar de skate, sonha ter um canguru como animal de estimação e tenciona ser astronauta. Todos os dias visita os avós maternos, que moram muito perto, e costuma ficar a ver o avô a trabalhar numa oficina que tem na garagem. Na verdade, o avô Jerónimo e o Tim são grandes companheiros! E por causa dessa grande cumplicidade entre os dois, aquele dia foi o pior da vida do Tim... Quando o avô morreu! Foi nessa altura que a avó Paula lhe fez um desafio inesperado!

Ficha Técnica:

Coleção: Estrela do Mar
Nº na Coleção: 144
Data 1ª Edição: 06/06/2013
Nº de Edição:
ISBN: 978-972-23-5085-3
Nº de Páginas: 80
Dimensões: 135x205mm
Peso: 97g
Para mais informações, aqui.

Opinião:

“O Meu Avô foi para o Céu” é um pequeno livro narra a morte sob o ponto de vista de uma criança, o Tim. Este livro está em passatempo aqui no Blog.

Maria Teresa Maia Gonzalez consegue capturar com bastante realismo a visão de uma criança. Neste acompanhamos toda a relação que Tim tem com o seu avô e como este lida com as suas diversas fases da vida e como lida com a perda.

A linguagem que a autora utilizou é simples e adaptada à faixa etária na qual o narrador se insere. É um livro muito comovente, e no qual esperamos sempre que aconteça um milagre que salve o avô, apesar de sabermos previamente que isso não acontece.

A avó Paula é a mãe da minha mãe e (ao contrário da minha mãe) ri-se bué e tem uma grande imaginação, sobretudo para contar fábulas, que são histórias de animais, e enfeitar bolos. Na verdade, foi ela quem me deu a ideia de escrever esta história, que é a minha. Mais lá à frente conto porquê…

Neste pequeno excerto confirmamos que o narrador é uma criança pouco versada na linguagem portuguesa e repleto de expressões utilizadas no dia-a-dia que dão mais realismo à narrativa.

Todas as personagens são realistas e credíveis. Parece-me bem provável que uma criança escrevesse este livro.


É um livro muito interessante que nos ajuda a explicar aos mais pequenos uma coisa tão estranha como a morte.

terça-feira, 21 de maio de 2013

[Opinião] “O canto do anjo - a história de um castrato” de Richard Harvell (Editorial Presença)



Sinopse:

Quando Moses Forben, cantor conhecido como Lo Svizzero, morre, o seu filho Nicolai encontra entre as suas coisas um maço de papéis. Ao lê-los, descobre o segredo das origens daquele homem a quem chamava pai, mas que não poderia sê-lo, uma vez que era um castrato, possuidor de uma angelical voz de soprano.
Richard Harvell escreve num impressionante registo que nos transmite a vibração da infinidade de sons que o seu personagem distingue e reproduz com a voz, e recria o grau de melodramatismo que é a ópera na sua essência. E tal como a voz de Lo Svizzero, O Canto do Anjo atinge o sublime, vibrante de paixão, dor, coragem e beleza.

Ficha técnica:

Coleção: Grandes Narrativas
Nº na Coleção: 511
Data 1ª Edição: 17/08/2011
Nº de Edição:
ISBN: 978-972-23-4602-3
Nº de Páginas: 432
Dimensões: 150x230mm
Peso: 477g

Opinião:

Nas aulas de história eu aprendi acerca dos castrati, e como eles eram adorados como anjos. Mas nunca compreendi plenamente as implicações deste acto até ler o livro “O Canto do Anjo” pela primeira vez. O drama e todos os sentimentos de Moses são relatados ao pormenor nestas páginas. Finalmente percebi. E o que significa para um homem a perda da sua virilidade e como isso não o impede de amar uma mulher e a frustração que sente por não se conseguir entregar plenamente ao amor.

Richard Harvell criou uma história envolvente e emocionante, repleta de momentos altos que aumentam de intensidade até atingirem o clímax nos capítulos finais. Criando cenários que nos levam numa viagem desde as luxuriantes e frias paisagens dos Alpes, às sujas e escuras ruas de Viena, as quais o autor descreve com uma habilidade impressionante, não se descurando e permitindo ao leitor viajar com as personagens. O livro está reletp de descrições sonoras, a respiração, o repicar dos sinos, a respiração, o cantar do coro. Aos poucos somos levados numa viagem pelos sons tanto como pela visão.

A minha mãe estava suficientemente bem para se ter levantado sozinha do chão lamacento e ter subido até aos seus sinos! E estava agora a tocá-los tão violentamente como se estivesse a bater nas próprias montanhas com os seus martelos.

Este é um dos momentos onde o autor associa os sons à acção e que mostra a sua destreza enquanto escritor.

Moses é a personagem principal do livro, tal como todos os outros está bem desenvolvido, é como um vinho que levou o seu tempo a amadurecer na pipa. Acompanhamos o seu crescimento, já que toda a narração é efectuada por ele, conhecemos todos os seus sentimentos mais íntimos e os seus medos. Toda a narração é do seu ponto de vista e não sabemos o que acontece às outras personagens quando não estão com ele. ,as a história não perde com isso, porque acaba por criar uma espécie de mistério acerca do que se segue.

Em “O canto do Anjo”, a vasta maioria das personagens são masculinas, o que é resultado da maioria da acção se passar num mosteiro, isto não torna a acção maçadora. A consequência é tornar as personagens femininas mais exóticas e mais misteriosas. Como é o caso da Amália, a sua amiga de infância, que quando aparece nas páginas do livro domina todos o espaço e acaba por tomar posse de tudo e da nossa atenção. Queremos sempre saber mais acerca dela e, aos poucos, o autor revela-nos o que queremos saber.

Em “o canto do Anjo” aprendemos o verdadeiro sentido da amizade e do amor. É uma bela história, por vezes demasiado crua, que nos ensina que a vida nem sempre corre como planeamos. Um livro que se devora da primeira à última página e nos deixa a desejar pelo próximo volume.
Uma aposta da Editorial Presença, para mais informações clique aqui.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

[Opinião] “Os Guerreiros do Arco-íris” de Andrea Hirata (Editorial Presença)



Sinopse:

Os Guerreiros do Arco-Íris é o primeiro romance do escritor indonésio Andrea Hirata, que o escreveu como uma homenagem à sua escola, aos seus dois professores e ao grupo de crianças com quem cresceu e partilhou experiências que o marcaram para sempre. A história é contada na primeira pessoa por Ikal, um rapaz que tem seis anos quando o romance abre, e decorre na pequena ilha de Belitong, onde a maioria da população vive em condições de extrema pobreza. Os Guerreiros do Arco-Íris vendeu mais de cinco milhões de cópias na Indonésia, fazendo de Andrea Hirata o escritor mais vendido de sempre no seu país e também o primeiro a alcançar sucesso internacional.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 280
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722350327

Opinião:

Este livro é o primeiro romance de Andrea Hirata.  É um livro que nos surpreende pelo seu realismo e pela escrita leve e de fácil acesso do seu autor. Uma nota que tenho de fazer acerca da revisão é de as notas da tradutora estarem na mesma página que estamos a ler o que facilita imenso a leitura. Isto porque não temos de andar para trás e para a frente à procura de significados de termos que não conhecemos, é de valorizar o trabalho da Maria João Freire de Andrade. A qual quando me falou deste livro me disse que o ia adorar e ela tinha razão.

É um livro que nos mostra uma realidade que preferimos ignorar. A vida num país dominando pelo poder e pelo lucro fácil com a exploração dos habitantes. Seguimos os passos de crianças cujos pais tiveram de fazer sacríficos para os mesmos poderem ir para a escola. Num país onde o trabalho infantil era utilizado em larga escala, explorando os pais que não tinham possibilidades de sustentar os inúmeros descendentes, a educação era considerado um luxo.

Andrea Hirata baseou-se na sua própria infância para homenagear os seus professores e colegas, que lutaram contra tudo e contra todos para que estes tivessem uma boa educação. Parece-nos surreal que ainda existam locais como o do livro, com escolas decrépitas e sem qualquer condição. Mas que ainda subsistem graças à força de vontade dos seus professores e dos poucos pais que ainda contam com elas para que os seus filhos ainda tenham alguma educação.

É um livro rico em contrastes sociais, onde são evidenciadas as diferenças entre etnias que coabitam na Indonésia. Um país cuja fama cá em Portugal não é a melhor, lembro-me de uma altura em que cá se falava em não se adquirir nada deste país pelos mais diversos motivos.

Andrea consegue transmitir com clareza o que se passava naquela escola e o que tinham de enfrentar diariamente. Como a vida de uma família inteira podia mudar da noite para o dia e como as pequenas vitórias eram algo de bom e que enchiam as personagens de alegria.

As personagens deste livro são realistas porque são baseadas nos colegas e amigos do autor. Fazendo com que o leitor se sinta ainda mais envolvido na história.

É um livro extremamente real e que se recomenda vivamente a todos os leitores que queiram conhecer a realidade de um outro país rico em recursos naturais, mas onde estes são explorados apenas para o benefício de alguns.

sábado, 6 de abril de 2013

[Opinião] “Harry Potter e a Pedra Filosofal” de J. K. Rowling (Editorial Presença)



Sinopse:

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma e leitura com apoio do professor ou dos pais.

Harry Potter é antes de mais o fenómeno editorial de 1999. É-o porque demove crianças de jogos de computador e de infindáveis horas frente ao televisor. É-o porque está traduzido em cerca de 30 idiomas. É-o porque tem angariado os mais importantes prémios de literatura infanto-juvenil. É-o, por fim e entre outras inúmeras razões, porque ocupa há meses consecutivos os primeiros lugares das mais importantes listas de vendas mundiais. Mas Harry Potter, o personagem dos livros de J. K. Rowling, não é um herói habitual. É apenas um miúdo magricela, míope e desajeitado com uma estranha cicatriz na testa.

Estranha, de facto, porque afinal encerra misteriosos poderes que o distinguem do cinzento mundo dos muggles (os complicados humanos) e que irá fazer dele uma criança especialmente dotada para o universo da magia. Admitido na escola Howgarts onde se formam os mais famosos feiticeiros do mundo, Harry Potter irá viver todas as aventuras que a sua imaginação lhe irá propocionar. Um grande sucesso editorial que os mais jovens adoram e que apetece também aos adultos.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2002
Páginas: 256
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722325332
Coleção: Estrela do Mar

Opinião:

J. K. Rowling criou uma saga que conquistou todo o mundo. Neste primeiro livro ela apresenta-nos ao já famoso Harry Potter, um rapaz que aparenta ser normal mas que um segredo de família vai-lhe abrir as portas a um mundo fantástico e a um dos melhores antagonistas literários, quem não adora odiar o Voldemort.
Rowling revela desde o início uma excelente qualidade de escrita e consegue prender os leitores, independentemente da sua idade. O seu livro havia sido recusado diversas vezes por ser longo demais. Este é o mais pequeno de toda a saga.
Seguimos as personagens que evoluem ao longo da história, neste primeiro livro a que mais se adapta é a Hermione que começa como um rato de biblioteca e que vai começando a se aproximar das outras pessoas e tornando-se uma heroína como Harry. O trio Harry, Hermione e Ron, complementam-se nas suas fraquezas e nas suas capacidades. Isso é bem visível na parte final do livro.
Adorei rever a história, pessoalmente prefiro os livros do que os filmes. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

[Opinião] “As primeiras luzes da manhã” de Fabio Volo (Editorial Presença)



Sinopse:

Em As Primeiras Luzes da Manhã Elena vive uma vida sem paixão. Mas agora, ao aproximar-se dos quarenta, a rotina fastidiosa que tomou conta dos seus dias e do seu casamento é cada vez mais difícil de ignorar. Deseja ardentemente uma mudança, mas o medo de arriscar é proporcional a esse desejo, e Elena continua à espera que seja a vida a tomar a iniciativa... Até ao momento em que ganha coragem e aceita o convite do colega de trabalho que há algum tempo se insinua junto dela. Este envolvimento intenso e inesperado inicia-a num erotismo pleno e sem tabus que a liberta e finalmente lhe abre caminho para a tão desejada intimidade com o seu próprio mundo afetivo.
Fabio Volo é um fenómeno literário, com mais de 5 milhões de livros vendidos só em Itália.

Ficha Técnica:
Coleção: Grandes Narrativas
Nº na Coleção: 540
Data 1ª Edição: 05/02/2013
Nº de Edição:
ISBN: 978-972-23-4990-1
Nº de Páginas: 228
Dimensões: 150x230mm
Peso: 297g

Opinião:

Ganhei o livro “As primeiras luzes da manhã” no blog “Livros e Marcadores” e fiquei com muita curiosidade para o ler, já que há muita gente a falar deste autor. O livro está organizado de uma forma original, numas páginas Fabio Volo apresenta-nos um antigo diário de Elena, a personagem principal, seguida das suas memórias dos eventos descritos. A escrita de Volo é simples e directa sem muitos artífices nem mesmo descrições prolongadas.
A história centra-se em Elena, uma mulher como tantas outras que vive um casamento infeliz, onde ambos já perderam o interesse no seu conjugue e que se encontram presos na rotina. Ela é infeliz e acaba por tomar as rédeas da sua vida e entrar num mundo que desconhecia com paixão e loucura. Elena deixa de ser a ingénua e insegura mulher para se tornar numa sedutora e segura de si.
É muito interessante ver esta transformação através das palavras de Elena e depois verificar nas suas memórias enquanto lê aquele diário.
Volo conseguiu entrar na mente feminina como poucos conseguem, mas há pormenores e reacções que ele poderia ter aprofundado mais. Dá muita atenção às cenas de sexo, que estão bem descritas e muito detalhadas. Achei muito rápida a decisão que ela tomou em ceder aos seus impulsos e a “falta” de culpa que ela sente quando se cruza com o marido e na forma agressiva que ela por vezes o trata. O livro é pequeno e poderia ter sido melhorado com mais profundidade nos sentimentos e dilemas internos.
Conhecemos, as outras personagens, pelos olhos da narradora que nos revela aos poucos características destas. Acabamos por ter a noção que eles têm vida extra que ela não narra.
É um livro interessante, mas com alguns pontos que teriam de ser limados.