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domingo, 15 de setembro de 2013

[Opinião] “A saga da Humanoinsurreição – A metamorfose de Lucy e o Fruto Proibido” de Lúcia Vaz Gomes (Chiado Editora)


Sinopse:

A SAGA DA HUMANOINSURREIÇÃO é uma história de ficção científica sobre a invasão do planeta terrestre corrompido e decadente com uma reviravolta surpreendente: a protagonista humana torna-se a chave para a salvação da raça dos seres invasores. Ao se aperceber que a resposta para todo o mistério do ataque dos alienígenas reside na sua própria existência, soma-se à luta pela sobrevivência humana um perigo acrescido temperado com muito suspense.

Agora, o futuro do planeta terrestre e dos seus nativos depende de uma longa e árdua luta e Lucy não só terá de enfrentar os seus demónios interiores como também se lhe irá impor a difícil tarefa de decifrar os segredos ancestrais dos invasores.

O resultado é uma leitura de tirar o fôlego numa aventura repleta de desafio, raiva, angústia e incerteza onde a ansiedade assombra cada momento e os laços humanos assumem um lugar de destaque.

Ficha Técnica:

Autor: Lúcia Vaz Gomes
Colecção: Viagens Na Ficção
Páginas: 212
Data de publicação: Janeiro de 2013
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-965-2

Opinião:

O que mais me atraiu neste livro foi o facto de ser um romance de ficção científica escrita por uma portuguesa, e penso que um blog de críticas em português também deve dar destaque aos autores portugueses que surgem no mercado.

Quanto ao livro tem bastante potencial. Por ser narrado na primeira pessoa limita muito o conhecimento do que está a acontecer e ficamos muito limitados em relação ao conhecimento da acção. O ritmo acelerado da acção é interessante mas por vezes a autora devia ter parado para explicar certas coisas que seriam interessantes, principalmente porque estamos a ser confrontados com raças diferentes e com tecnologia que nos é estranha e a autora podia ter explorado isso de forma a tornar a história mais realista e mais interessante.

As personagens precisavam de alguma maturação para se tornarem mais realistas, Lucy é demasiado perfeita e gostava de ver mais defeitos e mais problemas criados pelas experiências que foram feitas nela, e os resultados das outras experiências das quais tanto ouvimos falar a nada sabemos.


Este livro da forma como se encontra parece um primeiro rascunho, onde se encontram as ideias iniciais e que depois se vão explorar com mais cuidado.

sábado, 14 de setembro de 2013

[Opinião] “Os Senhores do Universo e o Milagre de Fátima” de Fernando Alagoa (Chiado Editora)


Sinopse:

“Imaginem que esse povo, oriundo de uma galáxia distante, empreendeu uma luta renhida com povos igualmente evoluídos aniquilando-os a todos, até se tornarem “Os senhores do Universo”.

Imaginem agora que este povo de guerreiros bem treinados e bem armados, viajantes do espaço e destruidores de mundos, um dia, percebeu que apesar de terem conquistado o universo não construíram nada. Não deixaram uma marca da sua passagem que não fosse a destruição. Eram senhores do universo mas não tinham a quem governar a não ser a si próprios percebendo que afinal eram senhores do nada!”

“…Talvez um dos mais influentes dos últimos dois milénios se chame Jesus Cristo! Outros vieram para nos relembrar esse pacto, alguns chamam-se Lurdes e Fátima. E o que são todos eles senão Seres da Luz, Senhores do Universo?”

Ficha Técnica:

Autor: Fernando Alagoa
Colecção: Viagens Na Ficção
Páginas: 112
Data de publicação: Outubro de 2012
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-778-8

Opinião:

Fernando Alagoa aborda neste romance um tema que é muito conhecido na cultura portuguesa, que é o milagre de Fátima e os três pastorinhos, e os segredos que lhes foram revelados. Desde teorias de alucinações colectivas a mentiras criadas pelo estado novo para alimentar as mentes dos portugueses.

Neste romance o autor cria uma nova teoria, que tenta justificar e apresentar. O livro é bastante claro e repleto de acção e mistério, o que se deve à sua pequena dimensão. O autor podia ter desenvolvido melhor cada parte e aprofundado mais o tema porque tem muito por onde explorar. Muito ficou por dizer e pareceu-me muito acelerado. Gostava de ter visto mais obstáculos para ultrapassar. É tudo muito fácil e muito rápido.

As personagens mostram pouco de si e podiam ter-se revelado mais para que o leitor se identificasse com alguma delas.


No geral é uma história com potencial.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

[Opinião] “Guerreiro Psíquico – O Portal Interdimensional de Satamar – Volume 2” de Aníbal Ávila Castro (Chiado Editora)




Sinopse:

Aron, Riane e Edor procuram Satamar, a cidade dos Antigos, que segundo a profecia permanece visível e invisível. Procuram o Cristal Telepático e o Guerreiro Psíquico que ajudarão a salvar o pequeno continente Agnar dos invasores.

O caminho secreto para Satamar está escondido e só conseguem sair dele graças à intervenção de Guiliam o Guardião do Portal. Este fica alarmado com a descoberta do segredo e exige saber como o descobriram e como conseguiram percorrer um caminho tão perigoso.

Os companheiros pedem para que um dos guerreiros psíquicos os acompanhe de volta, mas descobrem que estes não podem sair de Satamar. Os companheiros revoltam-se e pedem então que lhes deem o precioso Cristal Telepático, mas são informados que está escondido algures em Agnar. Desiludidos, quando julgavam que a viagem tinha corrido muito mal, descobrem que pode piorar muito. Os vatangs estão a cortar-lhes a retirada junto da entrada do caminho secreto e eles nunca sobreviverão mais de seis meses ao “ambiente” do mundo de Satamar.

Sirita, instrutora chefe do Templo de Larimar, diz-lhes que a única solução é ingressarem no Templo, para ver se conseguem aprender alguma coisa, que lhes permita passar pelos vatangs e encontrar o mapa da localização do Cristal Telepático. Aron fica siderado. Se eles nem estiveram no Templo da Voz da Mente, como podem alguma vez ingressar no templo dos guerreiros psíquicos?


Ficha Técnica:

Autor: Aníbal Ávila Castro
Colecção: Mundo Fantástico
Páginas: 405
Data de publicação: Julho de 2013
Género: Literatura Fantástica
ISBN: 978-989-51-0414-7

Opinião:

O primeiro volume desta coleção já foi criticado aqui no blog anteriormente.

Neste segundo livro acabamos por conhecer melhor as personagens que completam o trio principal. É muito interessante verificar que as falhas de revisão que encontrei no livro anterior não se repetiram neste volume. Este romance tem mais acção e menos momentos mortos. Acaba por se revelar muito superior ao volume anterior.

Neste volume conhecemos melhor as personagens, cada um evolui de forma diferente e se revela como um individuo e também os vemos a unirem-se e formarem uma unidade sólida e unida que enfrenta os desafios que enfrentam. Finalmente compreendemos as imagens das capas.

A história ainda deixa bastantes pontos em aberto, que serão respondidos mais à frente, num próximo título do autor. 

Ainda não se entende muito bem como é aquele mundo, faz falta um mapa para nos situarmos na acção. O autor apostou mais na acção que na descrição e penso que deve é encontrar um meio-termo entre os dois.

Foi um livro que li melhor que o anterior e que me deixou curiosa pelo próximo.

domingo, 7 de julho de 2013

[Opinião] “O Herdeiro do Trono Vermelho” de Pedro Miguel Pinto (Chiado Editora)




Sinopse:

Simitra respirava paz e união. Paraísia e Balgaiserian, as duas nações do continente, prosperavam e trabalhavam em conjunto com os reinos do Norte, para lá das montanhas, e com as Ilhas do Sudoeste. A união de todos os reinos, dentro e fora de Simitra, devia-se aos Dragões, seres que zelavam pelo Mundo e encerravam a magia e os segredos do próprio tempo. Samstein, o Dragão Vermelho, era o seu líder, e não havia ser vivo no Mundo que não o respeitasse. Mas, por vezes, a ambição ultrapassa os limites, e Sniver, um jovem e extremamente talentoso feiticeiro humano, iniciou uma guerra contra os Dragões, tendo eliminado todos, excepto Samstein. Não o conseguindo, aprisionou o espírito de Samstein num adereço sem valor. Paraísia caiu, as estrelas esconderam-se da nação e o céu encobriu-se. O novo reino foi contornado por um fosso que o isolou das outras nações. Porém, Sniver não conhece os seus limites, e pretende conquistar o resto do Mundo. Quando o jovem Ksul conhece um excêntrico feiticeiro chamado Kioomé, estava longe de imaginar a volta que a sua vida ia dar. Cabe-lhe escrever a História e salvar tudo aquilo que preza, tendo como missão derrotar o império de Sniver, e terá de ultrapassar criaturas exóticas, sobreviver em territórios extremos e, por vezes, tomar decisões que ninguém deseja tomar. A herança que recebe é pesada, mas o jovem dará a vida para lhe corresponder. Ksul avança para uma aventura de proporções épicas, tendo em mãos a espada Universis e o destino do Mundo.

Ficha Técnica:

Autor: Pedro Miguel Pinto
Colecção: Mundo Fantástico
Páginas: 382
Data de publicação: Abril de 2013
Género: Ficção
Preço: 15,00 €
ISBN: 978-989-51-0107-8

Opinião:

Quando li a sinopse deste livro fiquei cheia de curiosidade de ver onde o autor levaria um tema já tão explorado como é no caso dos dragões. Temos sagas já muito famosas em que os autores exploraram com sucesso inúmeras histórias.

Este romance tem uma premissa interessante, uma capa apelativa. Mas necessitava de uma revisão. A estrutura faz-me lembrar em muitas partes o “Eragon” quer no seu desenvolvimento quer no percurso das personagens, só lhe falta o ovo de dragão para chocar.

As duas personagens principais têm relações que se torna difícil de descrever até ao autor. Os nomes parecem que Pedro Miguel Pinto andou a juntar letras à sorte, como é o caso de Kioshitomanutilmakatomé, o que surge ao leitor como um pouco irreal e tira a proximidade do leitor. O autor colocou a personagem principal Ksul com uma namorada inicialmente e a meio do livro esqueceu-se dela, nem o Ksul se lembra dela e o leitor também passa a relevar essa personagem. As personagens necessitavam de mais trabalho e de mais preparação, assim como e texto. Por vezes tem saltos de tempo sem qualquer sequência.


Era um livro interessante que poderia ainda estar melhor escrito.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

[Opinião] “A Lenda” de Inês Cardoso (Chiado Editora)


Sinopse:

Quando Alice vê a coruja pela primeira no dia em que tudo muda, nunca espera voltar a ter outro encontro com este animal nocturno tão inteligente. O que acontece depois é ainda mais inesperado e causa uma reviravolta na vida de Alice.

Quando se vê num novo mundo severamente controlado pela violência, Alice pode apenas contar com o misterioso rapaz que ajuda a desvendar os segredos bem escondidos desta nova sociedade e que lhe conta acerca da Lenda que é a única esperança que resta a este povo condenado. Mas poderá mesmo Alice confiar neste rapaz? Será ela a verdadeira Alice da Lenda? Uma ida ao castelo pode mudar a perspectiva de Alice face a tudo o que sempre pensou ter como garantido.

Primeiramente baseado no conto tradicional de Alice No País das Maravilhas, este livro mostra-nos um País das Maravilhas muito diferente do que todos conhecemos, baseando-se também nas emoções fortes vividas durante a adolescência, essencialmente o amor, o medo e a vingança.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 260
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895100569
Coleção: Viagens na Ficção

Opinião:

Quando comecei a ler este livro, uma ideia saltou-me à cabeça, “Alice no País das Maravilhas”. As semelhanças são enormes. Tal como indicado na sinopse. Para além disso, também notei semelhanças com o início do “Harry Potter”.

“À minha frente, a poucos metros de distância, encontrava-se uma coruja a “ler” um mapa!”

São bastante óbvias estas semelhanças.

“A Lenda” apresenta-nos um Twist ao conto tradicional, o qual é uma versão mais recente e baseada numa versão de uma adolescente dos dias de hoje.

Alice é uma adolescente um pouco “esquisita”, como ela própria se define no romance. Ela tem as suas inseguranças e sente-se afastada de todos os outros. Vive uma vida calma e atormentada pelo desaparecimento do pai. Ela começa-se a revelar quando chega ao outro mundo. E esta experiência vai fazê-la crescer.

Hatter ajuda Alice em tudo o que ela necessita, mas será que ela pode mesmo confiar nele? Começa por ser uma personagem muito misteriosa mas aos poucos vamos conhecendo-o melhor.

A partir de uma certa parte do romance temos demasiadas personagens o que se torna um pouco confuso. E não deixou a autora aprofundar o seu conhecimento acerca deles.

A autora decidiu escrever o romance na primeira pessoa, o que nos permite ter uma maior afinidade com Alice. O romance necessita de alguma revisão, porque encontrei algumas gralhas.


Com um tom jovial, é uma aproximação interessante ao tema “Alice no País das Maravilhas” mas que não é de todo um tema original, já que foi explorado diversas vezes.

domingo, 5 de maio de 2013

[Opinião] “O Circulo” de Nádia Candeias (Chiado Editora)



Sinopse:

Miranda nunca acreditou em magia. Ao contrário da sua melhor amiga Bianca que estava quase sempre na floresta à procura de criaturas mágicas. Mas uma noite, Bianca desaparece e Miranda decide ir à sua procura. Vai ter de se aventurar por um mundo cheio de fantasia e cheio de criaturas com as quais nunca tinha sonhado. Terá de se embrenhar por florestas e sítios desconhecidos para descobrir o que aconteceu à sua amiga e para descobrir que forças das trevas a tentarão derrubar a qualquer custo.

Ficha Técnica:

Colecção: Viagens Na Ficção
Páginas: 179
Data de publicação: Fevereiro de 2013
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-947-8

Opinião:

Este livro suscitou o meu interesse pela sua sinopse. Qual de nós, quando eramos mais novos, não sonhava com um mundo fantástico onde vivem as fadas e outras criaturas mágicas?

Como é um livro de uma autora portuguesa fiquei ainda mais curiosa. O fantástico português é um tema um pouco desconhecido do púbico em geral.

Por onde começar?

Este livro é bastante pequeno, ao contrário da grande maioria dos livros deste tema. Isto não retira nada ao romance, este desenvolve-se de uma forma rápida e com bastante acção, se bem que algumas partes poderiam ter sido melhor exploradas, com mais detalhes. O ritmo inicial estava bom, mas depois começou a acelerar.

As personagens que Nádia criou são bastante realistas, Miranda é a típica adolescente que já não acredita em contos de fadas e a sua amiga, Bianca, é o seu oposto em tudo quer psicológica, quer fisicamente. Quando esta desaparece, Miranda vai à sua procura acabando por entrar no mundo das fadas. Neste, ela encontra vários seres, a diversidade é tanta que demoraria imensas páginas para conhecer tudo, o que abona a favor da imaginação da autora. As fadas têm curiosidade acerca dos humanos mas temem-nos, é de realçar a semelhança que têm com estes sentem ódio, amor, raiva, paixão, indiferença, uma panóplia de sentimentos semelhantes aos nossos.

O final do livro é interessante, se bem que se nota que foi um pouco apressado. A autora deixa várias questões em aberto, o que pode indicar um segundo volume. Seria muito interessante voltar a viajar até àquele mundo, onde ainda muito ficou por dizer.