Mostrar mensagens com a etiqueta Chiado Editora. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Chiado Editora. Mostrar todas as mensagens

domingo, 7 de julho de 2013

[Opinião] “O Herdeiro do Trono Vermelho” de Pedro Miguel Pinto (Chiado Editora)




Sinopse:

Simitra respirava paz e união. Paraísia e Balgaiserian, as duas nações do continente, prosperavam e trabalhavam em conjunto com os reinos do Norte, para lá das montanhas, e com as Ilhas do Sudoeste. A união de todos os reinos, dentro e fora de Simitra, devia-se aos Dragões, seres que zelavam pelo Mundo e encerravam a magia e os segredos do próprio tempo. Samstein, o Dragão Vermelho, era o seu líder, e não havia ser vivo no Mundo que não o respeitasse. Mas, por vezes, a ambição ultrapassa os limites, e Sniver, um jovem e extremamente talentoso feiticeiro humano, iniciou uma guerra contra os Dragões, tendo eliminado todos, excepto Samstein. Não o conseguindo, aprisionou o espírito de Samstein num adereço sem valor. Paraísia caiu, as estrelas esconderam-se da nação e o céu encobriu-se. O novo reino foi contornado por um fosso que o isolou das outras nações. Porém, Sniver não conhece os seus limites, e pretende conquistar o resto do Mundo. Quando o jovem Ksul conhece um excêntrico feiticeiro chamado Kioomé, estava longe de imaginar a volta que a sua vida ia dar. Cabe-lhe escrever a História e salvar tudo aquilo que preza, tendo como missão derrotar o império de Sniver, e terá de ultrapassar criaturas exóticas, sobreviver em territórios extremos e, por vezes, tomar decisões que ninguém deseja tomar. A herança que recebe é pesada, mas o jovem dará a vida para lhe corresponder. Ksul avança para uma aventura de proporções épicas, tendo em mãos a espada Universis e o destino do Mundo.

Ficha Técnica:

Autor: Pedro Miguel Pinto
Colecção: Mundo Fantástico
Páginas: 382
Data de publicação: Abril de 2013
Género: Ficção
Preço: 15,00 €
ISBN: 978-989-51-0107-8

Opinião:

Quando li a sinopse deste livro fiquei cheia de curiosidade de ver onde o autor levaria um tema já tão explorado como é no caso dos dragões. Temos sagas já muito famosas em que os autores exploraram com sucesso inúmeras histórias.

Este romance tem uma premissa interessante, uma capa apelativa. Mas necessitava de uma revisão. A estrutura faz-me lembrar em muitas partes o “Eragon” quer no seu desenvolvimento quer no percurso das personagens, só lhe falta o ovo de dragão para chocar.

As duas personagens principais têm relações que se torna difícil de descrever até ao autor. Os nomes parecem que Pedro Miguel Pinto andou a juntar letras à sorte, como é o caso de Kioshitomanutilmakatomé, o que surge ao leitor como um pouco irreal e tira a proximidade do leitor. O autor colocou a personagem principal Ksul com uma namorada inicialmente e a meio do livro esqueceu-se dela, nem o Ksul se lembra dela e o leitor também passa a relevar essa personagem. As personagens necessitavam de mais trabalho e de mais preparação, assim como e texto. Por vezes tem saltos de tempo sem qualquer sequência.


Era um livro interessante que poderia ainda estar melhor escrito.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

[Opinião] “A Lenda” de Inês Cardoso (Chiado Editora)


Sinopse:

Quando Alice vê a coruja pela primeira no dia em que tudo muda, nunca espera voltar a ter outro encontro com este animal nocturno tão inteligente. O que acontece depois é ainda mais inesperado e causa uma reviravolta na vida de Alice.

Quando se vê num novo mundo severamente controlado pela violência, Alice pode apenas contar com o misterioso rapaz que ajuda a desvendar os segredos bem escondidos desta nova sociedade e que lhe conta acerca da Lenda que é a única esperança que resta a este povo condenado. Mas poderá mesmo Alice confiar neste rapaz? Será ela a verdadeira Alice da Lenda? Uma ida ao castelo pode mudar a perspectiva de Alice face a tudo o que sempre pensou ter como garantido.

Primeiramente baseado no conto tradicional de Alice No País das Maravilhas, este livro mostra-nos um País das Maravilhas muito diferente do que todos conhecemos, baseando-se também nas emoções fortes vividas durante a adolescência, essencialmente o amor, o medo e a vingança.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 260
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895100569
Coleção: Viagens na Ficção

Opinião:

Quando comecei a ler este livro, uma ideia saltou-me à cabeça, “Alice no País das Maravilhas”. As semelhanças são enormes. Tal como indicado na sinopse. Para além disso, também notei semelhanças com o início do “Harry Potter”.

“À minha frente, a poucos metros de distância, encontrava-se uma coruja a “ler” um mapa!”

São bastante óbvias estas semelhanças.

“A Lenda” apresenta-nos um Twist ao conto tradicional, o qual é uma versão mais recente e baseada numa versão de uma adolescente dos dias de hoje.

Alice é uma adolescente um pouco “esquisita”, como ela própria se define no romance. Ela tem as suas inseguranças e sente-se afastada de todos os outros. Vive uma vida calma e atormentada pelo desaparecimento do pai. Ela começa-se a revelar quando chega ao outro mundo. E esta experiência vai fazê-la crescer.

Hatter ajuda Alice em tudo o que ela necessita, mas será que ela pode mesmo confiar nele? Começa por ser uma personagem muito misteriosa mas aos poucos vamos conhecendo-o melhor.

A partir de uma certa parte do romance temos demasiadas personagens o que se torna um pouco confuso. E não deixou a autora aprofundar o seu conhecimento acerca deles.

A autora decidiu escrever o romance na primeira pessoa, o que nos permite ter uma maior afinidade com Alice. O romance necessita de alguma revisão, porque encontrei algumas gralhas.


Com um tom jovial, é uma aproximação interessante ao tema “Alice no País das Maravilhas” mas que não é de todo um tema original, já que foi explorado diversas vezes.

domingo, 5 de maio de 2013

[Opinião] “O Circulo” de Nádia Candeias (Chiado Editora)



Sinopse:

Miranda nunca acreditou em magia. Ao contrário da sua melhor amiga Bianca que estava quase sempre na floresta à procura de criaturas mágicas. Mas uma noite, Bianca desaparece e Miranda decide ir à sua procura. Vai ter de se aventurar por um mundo cheio de fantasia e cheio de criaturas com as quais nunca tinha sonhado. Terá de se embrenhar por florestas e sítios desconhecidos para descobrir o que aconteceu à sua amiga e para descobrir que forças das trevas a tentarão derrubar a qualquer custo.

Ficha Técnica:

Colecção: Viagens Na Ficção
Páginas: 179
Data de publicação: Fevereiro de 2013
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-947-8

Opinião:

Este livro suscitou o meu interesse pela sua sinopse. Qual de nós, quando eramos mais novos, não sonhava com um mundo fantástico onde vivem as fadas e outras criaturas mágicas?

Como é um livro de uma autora portuguesa fiquei ainda mais curiosa. O fantástico português é um tema um pouco desconhecido do púbico em geral.

Por onde começar?

Este livro é bastante pequeno, ao contrário da grande maioria dos livros deste tema. Isto não retira nada ao romance, este desenvolve-se de uma forma rápida e com bastante acção, se bem que algumas partes poderiam ter sido melhor exploradas, com mais detalhes. O ritmo inicial estava bom, mas depois começou a acelerar.

As personagens que Nádia criou são bastante realistas, Miranda é a típica adolescente que já não acredita em contos de fadas e a sua amiga, Bianca, é o seu oposto em tudo quer psicológica, quer fisicamente. Quando esta desaparece, Miranda vai à sua procura acabando por entrar no mundo das fadas. Neste, ela encontra vários seres, a diversidade é tanta que demoraria imensas páginas para conhecer tudo, o que abona a favor da imaginação da autora. As fadas têm curiosidade acerca dos humanos mas temem-nos, é de realçar a semelhança que têm com estes sentem ódio, amor, raiva, paixão, indiferença, uma panóplia de sentimentos semelhantes aos nossos.

O final do livro é interessante, se bem que se nota que foi um pouco apressado. A autora deixa várias questões em aberto, o que pode indicar um segundo volume. Seria muito interessante voltar a viajar até àquele mundo, onde ainda muito ficou por dizer.

domingo, 7 de abril de 2013

[Opinião] “O Guerreiro Psíquico – O portal Interdimensional de Satamar” de Aníbal Ávila Castro (Chiado Editora)



Sinopse:
Era o ano da profecia, mas esta tinha caído no esquecimento ao longo dos tempos. Os "vatang", um povo hostil, tinham descoberto o pequeno continente e lançavam sortidas de navios para atacar e pilhar, bem como exterminar todos os que fossem telepatas.

Um emissário do Templo da Voz da Mente chega em "busca" a uma aldeia à beira mar. O jovem Aron deseja ser telepata, mas várias vozes levantam-se contra ideais quase impossíveis de serem alcançados e que podem resultar em séria desilusão. O tempo para agarrar a oportunidade é escasso, porque o emissário pode não ficar muito tempo. Está à procura de uma lenda perdida. Procura o caminho escondido para a cidade de Satamar, que a profecia refere permanecer visível e invisível, para onde se retiraram os antigos. Nesta cidade espera encontrar o "Cristal Telepático" e o "Guerreiro Psíquico", que os ajudarão a enfrentar os piratas. O emissário está disposto a levá-lo e a uma outra jovem, mas a autorização é negada mais de uma vez, face aos perigos. Aron não quer largar o sonho da sua vida de maneira nenhuma, mas os ataques piratas estão a aproximar-se.

Fiha Técnica:

Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 389
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789896973674
Coleção: Mundo Fantástico

Opinião:

“O Guerreiro Psíquco” é um livro de fantasia cujo tema central é a telepatia. A temática está bastante interessante. Num continente desconhecido os antepassados das nossas personagens encontraram refúgio dos vatang, um povo vil e hostil.
Aníbal criou todo um Universo, que ainda não revelou na sua totalidade. O final deixa em suspenso muitas perguntas algumas delas podiam ter sido respondias neste primeiro volume sem deixar de despertar a curiosidade do leitor. As personagens estão às cegas relativamente à profecia e às suas consequências e a quem vão encontrar.
As personagens estão bem trabalhadas mas por vezes tem-se a sensação que coisas foram acrescentadas para dar resposta a questões que podiam ser abertas. É de referir que o livro tem apenas seis capítulos muito extensos que por vezes podem fazer o leitor cansar-se e perder o interesse. A parte onde eles aprendem a voar é demasiado extensa e podia ter sido tratada em menos páginas. Também necessitava de alguma revisão pois encontrei alguns erros, nomeadamente a nível dos travessões nas falas, que por vezes aparecem e outas vezes não, aparecendo também quando é o narrador.
No geral, está uma obra interessante que deixa no final a vontade de se ler mais.

terça-feira, 19 de março de 2013

[Opinião] “Os trilhos de Boma – A viagem interminável (Parte 2)” de Pedro M. Rodrigues (Chiado Editora)



Sinopse:

Pode alguém fugir a um destino que lhe pertence e fugir dele como se de uma sentença mortal se tratasse? Pode alguém desafiar os grilhões do destino e enfrentá-lo através da sua força de vontade? Pode alguém sucumbir perante as forças inseparáveis dos nós que unem o tempo, formando a correia de acontecimentos imparáveis que o levará ao destino que o espera?
Uma princesa que foge do seu irmão sangrento e do seu marido arrogante, iniciando uma guerra fratricida. Uma princesa que carrega dentro de si a génesis da discórdia, e o início de um destino que irá marcar gerações atrás de gerações. Uma viagem interminável, por entre os trilhos silenciosos e sombrios de Boma, que encerra dentro de si o destino de um único rapaz, de um único ser que irá reunir os reinos desavindos.
Um rapaz que luta contra o seu destino, uma rainha que luta contra o sofrimento do segredo que carrega dentro de si, um príncipe herdeiro sedento pela glória eterna do destino que o persegue, uma pequena princesa que vive no seu próprio mundo, esperando pelo dia em que se irá revelar. Três anciões que percorrem as eternas terras dos três reinos, prolongando a inevitabilidade do tempo e formando a redoma protectora do acontecimento que mudará, para sempre, a vida de todos os homens.
Três reinos, três histórias que se unem através das mesmas palavras, do mesmo poema, da mesma lenda que espera pela noite que se transforma em dia, para revelar o sonho profundo de um povo perdido nas agruras do tempo. Um destino único, um destino fatal, criado pela teimosia inglória de um coração ingenuamente apaixonado pela utopia da história perfeita de uma vida.

Ficha técnica:

Edição/reimpressão: 2012
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789896977283
Número de Páginas: 522

Opinião:

 A primeira parte deste livro já foi criticada aqui no blog, no passado sábado. Esta é a segunda parte do primeiro volume da trilogia, perfazendo assim um total de praticamente mil páginas. Trata-se assim de um romance grande e no qual o autor dedicou bastante tempo e trabalho.
Passando à segunda parte em si. Nesta, Pedro M. Rodrigues, continua a aumentar a tensão e o mistério adensa-se, quem afinal será Peroth e qual o seu papel na história e o que é que Eleth, sua mãe, lhe esconde. Nesta segunda parte, ficamos a conhecer melhor as personagens, principalmente algumas que na primeira parte tiveram pouca intervenção acabando por se revelarem mais importantes que pareciam à primeira vista.
A evolução da história é mais lenta, sem revelar muito acerca do mistério. A parte final centra-se totalmente em Sarentel e na sua fuga. A qualidade da escrita de Pedro M. Rodrigues mantem-se assim como as suas descrições são de elevada qualidade.
O final deixa em aberto várias questões que o autor terá de responder nos próximos volumes e também deixam o leitor com suspeitas. Aguardo ansiosamente pelo próximo volume.

sábado, 16 de março de 2013

[Opinião] “Os Trilhos de Boma – A viagem Interminável (Parte 1)” de Pedro M. Rodrigues (Chiado Editora)



Sinopse:
Pode alguém fugir a um destino que lhe pertence e fugir dele como se de uma sentença mortal se tratasse? Pode alguém desafiar os grilhões do destino e enfrentá-lo através da sua força de vontade? Pode alguém sucumbir perante as forças inseparáveis dos nós que unem o tempo, formando a correia de acontecimentos imparáveis que o levará ao destino que o espera?

Uma princesa que foge do seu irmão sangrento e do seu marido arrogante, iniciando uma guerra fratricida. Uma princesa que carrega dentro de si a génesis da discórdia, e o início de um destino que irá marcar gerações atrás de gerações. Uma viagem interminável, por entre os trilhos silenciosos e sombrios de Boma, que encerra dentro de si o destino de um único rapaz, de um único ser que irá reunir os reinos desavindos.

Um rapaz que luta contra o seu destino, uma rainha que luta contra o sofrimento do segredo que carrega dentro de si, um príncipe herdeiro sedento pela glória eterna do destino que o persegue, uma pequena princesa que vive no seu próprio mundo, esperando pelo dia em que se irá revelar. Três anciões que percorrem as eternas terras dos três reinos, prolongando a inevitabilidade do tempo e formando a redoma protectora do acontecimento que mudará, para sempre, a vida de todos os homens.

Três reinos, três histórias que se unem através das mesmas palavras, do mesmo poema, da mesma lenda que espera pela noite que se transforma em dia, para revelar o sonho profundo de um povo perdido nas agruras do tempo. Um destino único, um destino fatal, criado pela teimosia inglória de um coração ingenuamente apaixonado pela utopia da história perfeita de uma vida.

Ficha Técnica:

Colecção: Mundo Fantástico
Páginas: Parte I 468 Parte II 522
Data de publicação: Setembro de 2012
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-728-3

Opinião:

O primeiro volume desta trilogia é grande e por esse motivo foi dividido em duas partes. Cada uma delas sendo um volume separado, o que torna o livro mais leve e também mais atrativo porque, psicologicamente, não temos aquela noção que nunca mais acabamos de ler. Sentimo-nos melhor e mais motivados.
A primeira impressão que temos deste livro é a capa, as suas cores quentes atraem de imediato a atenção do leitor, fazendo com que este leia a sinopse. Cada uma das duas partes tem uma capa original com os mesmos tons e variando nas imagens das personagens.
Neste primeiro volume somos apresentados às várias personagens. Pedro M. Rodrigues criou uma grande quantidade destas. O que faz com que o tamanho da história aumente e também a sua complexidade. As personagens são enigmáticas e têm relações que ainda não são bem claras no final deste primeiro livro.
Este é um romance de fantasia e como tal tem de ter uma boa construção do mundo em que se insere (ou como os ingleses dizem, world-building). Todo o trabalho que o autor teve é bem visível nas suas descrições que realmente nos transportam para aquelas paisagens luxuriantes e tão estranhas para nós. Ele é extremamente bem-sucedido neste ponto. Criando todo o mundo e transmitindo-o ao leitor na sua totalidade, desde os cheiros aos efeitos visuais, como por exemplo as folhas a esvoaçar ao sabor do vento.
Para já acompanhamos a história de três países e pelo que se consegue entender estes estão os três de alguma forma interligados, a qual ainda não é bem explícita. Sabemos apenas que está relacionada com uma antiga lenda.
Eleth tenta a todo o custo proteger o seu filho Peroth, para que este cumpra um destino que o acompanha deste o nascimento. Ela evita que ele descubra a verdade antes do tempo. O jovem príncipe é um adolescente, e tem as atitudes adequadas para a idade, que torna o livro aliciante.
Estou ansiosa para começar a ler a segunda parte e vou colocar a critica online assim que terminar.

sábado, 2 de março de 2013

[Opinião] “A Força do Destino” de Susana Esteves Nunes (Chiado Editora)



Sinopse:

Foi num jantar aparentemente banal, que João Pedro, o seu irmão gémeo, depois de receber uma irrecusável proposta de trabalho, lhe dá a arrasadora notícia que está de partida para Nova Iorque. Eram inseparáveis e Maria Eduarda não conseguiu esconder a sua angústia. Mas o destino estava traçado, ela nem imaginava que depois de tão penosa notícia, lhe iria acontecer algo que certamente lhe iria virar a vida do avesso. Entre Cascais, Sintra e Nova Iorque, Maria Eduarda vai viver dias inesquecíveis.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 186
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789896974725
Coleção: Viagens na Ficção

Opinião:

Eu li “A força do Destino” de uma vez só, não por ser pequeno mas sim porque não consegui pousar até chegar ao final. A Susana Esteve Neves disponibilizou-me um exemplar com uma dedicatória lindíssima, desde já lhe agradeço pela oportunidade que me deu.
Este romance faz-me lembrar os livros de Nicholas Sparks, assim como a escrita da Susana. O destino prega-nos partidas e ela conseguiu jogar bem com as situações e criar uma bela história de amor.
Depois de descobrir que o seu irmão gémeo vai para Nova Iorque, Eduarda esbarra literalmente em Vasco e a paixão nasce nesse momento. Sem saberem quem são, conseguirão ficar juntos?
É bastante realista a evolução do romance dos dois, já conheci casos assim.
As personagens são bastante realistas e os passos que dão são lógicos. As personagens principais, Vasco e Maria Eduarda, são guiados pelos sentimentos que nutrem um pelo outro, podendo algumas partes estarem mais desenvolvidas.
A acção decorre em diferentes partes do mundo, as quais ela descreve bem, desde o movimento nas ruas de Nova Iorque à beleza da vista do topo do Empire State Building. Viajamos com os personagens e sentimos os mesmos ímpetos do momento.
O twist final é surpreendente. Um livro que se recomenda a quem gosta de romances.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Entrevista ao Miguel Aires-Lisboa

Olá,
Eu hoje trago-vos uma entrevista a um autor português, O Miguel Aires-Lisboa. O seu livro "100 graus celsius" já foi criticado aqui no blog.
Espero que gostem.














1.       “100 graus Celsius” não é o seu primeiro romance. Qual foi o tema do primeiro?

               É de facto o meu primeiro romance.

2.       Sempre teve paixão pela ficção científica?

Sim. E por “romance noir” e anti-heróis que para mim são muito mais interessantes do que os heróis clássicos impolutos de armadura brilhante. Os anti-heróis têm defeitos e virtudes, são tão humanos como qualquer um de nós. E são bem mais românticos.

3.       Como gere a vida profissional com a escrita?

Bem, até porque actualmente a escrita está algo inactiva.

4.       Para o seu livro fez muita pesquisa?

Fiz muita pesquisa. A astronomia e a física não são as minhas áreas profissionais. Tinha que criar factos plausíveis, sob o ponto de vista científico, e depois ficcioná-los. Essa é a ficção científica que eu gosto mais, a que pode alterar a nossa percepção do real. E gostei muito de criar a linha narrativa.

5.       De onde surgiu a ideia?

Em primeiro lugar, foi a resposta à pergunta “O que é que eu gostava de ver num filme de ficção científica e ainda não vi?”. Depois foi o facto de vivermos numa economia global falaciosa que assenta na exploração e no comércio do petróleo, que neste momento já é praticamente dispensável. Num futuro não muito distante, o bem mais precioso vai ser mesmo a água. Penso que nessa altura as regras que se aplicam actualmente ao comércio do petróleo serão as aplicadas ao comércio da água, com o melhor e o pior dos seres humanos a vir ao de cima. 

6.       O livro é deixado em aberto, vai ter continuação?

Ainda não sei… É engraçado, não considero que seja um final tão em aberto quanto isso. Mas o livro tem uma prequela e faz parte dum projecto global que gostaria de concluir um dia e que passa por uma reedição do “100 Graus Celsius”.




7.       O livro começa com um tom pessimista, e acaba com uma luz ao final do túnel por assim dizer. Pode-se entender que é como vê o mundo?

É verdade. Acredito que por muito má que a nossa realidade nos pareça, se recorrermos ao melhor de nós, e que é sempre a nossa capacidade de criar, podemos superar qualquer problema. Nunca podemos deixar de acreditar nisto, é um dever que temos perante nós próprios e perante as pessoas para as quais somos importantes.

8.       Qual é a sua personagem principal?

Lourenço Rios. Mas fico contente por existir essa dúvida, é sinal que as personagens têm profundidade e complexidade.

9.       Quanto tempo demorou a escrever o livro?

Quase três anos, entre 2006 e 2009.

10.   Como tem sido a recepção do público?

Boa, sobretudo tendo em consideração as limitações da Editora. Não é fácil a primeira edição duma primeira obra numa Editora independente.


Agradeço o convite e a oportunidade de falar sobre o meu livro. Espero que gostem tanto de o ler como eu gostei de o escrever.

domingo, 27 de janeiro de 2013

[Opinião] “O Filho de Ninguém” de Olivia Darko (Chiado Editora)




Sinopse:

Justino viveu isolado do mundo os primeiros 26 anos da sua vida, tendo apenas a mãe por companhia.
Quando faz a transição para a vida em sociedade, os lapsos de memória que sempre o tinham acompanhado recomeçam, mais fortes e menos espaçados, e assaltam-no memórias de vivências que não tem a certeza de serem reais, mas que se tornam cada vez mais vívidas e perturbadoras.
A aproximação de uma mulher, Sofia, provoca um turbilhão de emoções contraditórias que o conduzem a um caminho sem retorno, e o único fim possível acaba por ser a descoberta da terrível verdade que estava enterrada no seu subconsciente.

Ficha Técnica:

Colecção: Viagens Na Ficção
Páginas: 97
Data de publicação: Março de 2012
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-500-5

Opinião:

Olivia Darko é o pseudónimo de Débora Afonso, e “O Filho de Ninguém” é o seu romance de estreia. O livro começa de uma forma muito interessante, “Mais cinco minutos e tudo estaria acabado.” Desta forma a autora agarra de imediato o leitor.  
Justino é um homem com vinte e seis anos que viveu a sua vida toda isolado do mundo, isso trouxe-lhe consequências, uma dependência doentia da mãe e incapacidade de se relacionar socialmente. Não se sabe quem é o seu pai, este é um segredo que a sua mãe guarda às sete chaves. Para além disso, ele sofre de lapsos de memória. Faltam-lhe momentos da sua vida, nos quais não sabe o que faz. Quando conhece Sofia, começa a relembrar uma mulher Marta. Mas será esta real ou apenas fruto da sua mente? Recordações violentas assombram-no e ele não sabe distinguir a realidade da ficção.
Com poucas personagens, a autora conseguiu criar um romance interessante e um thriller intenso. Temos de saber o que vai acontecer a cada personagem. Estas são unidades completas, bem desenvolvidas e com vida própria que é maior do que a que está escrita no papel.
As descrições que a autora faz são curtas e directas como por exemplo, “A estrada de terra batida por onde tinham vindo transformava-se numa alameda ladeada por enormes carvalhos, cuja imponência contrastava com o colorido das imensas flores dos jardins.”
A conclusão da história tem um twist interessante e traz um sabor agridoce. Apenas tenho um reparo negativo, gostava que este tivesse mais páginas.
No geral é um livro interessante com profundidade e de fácil leitura.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

“Mil Pontos de Luz” de Susana Rosária Castro (Chiado Editora)




Sinopse:

Rudolfo transformou-se num homem sombrio, dedicado a fazer companhia à sua própria solidão. Para ele, apenas o silêncio da sua casa e o denso escuro da noite cerrada lhe consolam a alma. Quando era ainda uma criança, Rudolfo acordou, numa inocente brincadeira, um dom que o acompanhava de nascença e que lhe revelou algo terrível.
Toda a sua vida mudou a partir desse momento. Depois conheceu Carolina e o amor que sentiu de imediato por ela arrancou-lhe do peito o coração e colocou-o nas mãos desta bela mulher. Agora, nada mais importa senão tê-la ao seu lado, e para isso, Rudolfo tem de lutar contra o seu próprio destino.

Ficha técnica:

Autor: Susana Rosária Castro
Colecção: Viagens Na Ficção
Páginas: 428
Data de publicação: Novembro de 2012
Género: Ficção
ISBN: 978-989-697-882-2

Opinião:

“Mil pontos de luz” é o livro de estreia de Susana Rosália Castro. O livro com as suas 428 páginas torna-se um livro grande. A ideia é bastante interessante, apesar de abordar o tema do sobrenatural, a forma como trata o tema está bastante interessante.
Este livro conta a história em círculos, a cada volta que dá compreendemos melhor o que se passa e como as personagens chegam a um certo ponto. A parte inicial tem um desenvolvimento lento, mas rapidamente a acção surge e desenvolve-se de uma forma natural. Acabando por prender o leitor a partir de metade do livro. Sendo a parte do mistério bem abordada
As personagens são interessantes, mas podiam estar mais desenvolvidas, gostava de conhecer melhor algumas das personagens, apenas Rudolfo se conhece melhor as outras são deixadas a meio de desenvolvimento.
O final é surpreendente e tem um twist interessante.
Um livro mais leve de sobrenatural com uma abordagem simples. Bom livro para uma primeira edição de um autor.