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sexta-feira, 12 de abril de 2013

[Opinião] “O Vampiro Lestat – Volume 1” de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse:
Lestat, personagem de Entrevista com o Vampiro, tem uma história para contar. O segundo volume da saga «Crónicas dos Vampiros» acompanha Lestat ao longo de várias eras, à medida que ele procura as suas origens e desvenda o segredo da sua obscura imortalidade.
Extravagante e apaixonado, Lestat mergulha nos lascivos lupanares de Paris do século XVIII, na Inglaterra dos druidas e na Nova Orleães finissecular. Após um sono profundo de cinquenta e cinco anos, Lestat está fascinado pelo mundo moderno. Quando quebra o código de honra dos vampiros, que lhes impõe o silêncio sobre a sua condição, Lestat revela-se na esperança de que os imortais se ergam e se unam para descobrirem o mistério da sua existência. E é então que Lestat, o caçador, se transforma numa presa.

Anne Rice é a autora consagrada de vários best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.

Ficha Técnica:

Título original: The Vampire Lestat
Tradução: Sophie Vinga
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 256
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04002-1
Data de edição (2.ª): Dezembro de 2006

Opinião:

Este é o segundo volume da série “Crónicas dos Vampiros” de Anne Rice. O primeiro volume “Entrevista com o Vampiro” já foi criticado aqui no blog.
Em “O vampiro Lestat” ficamos a conhecer melhor o infame Lestat, que Louis definiu como sendo vil e vingativo. Ele pretende viver na luz e não oculto nas sombras, após ler o “Entrevista com o Vampiro” ele decide contar a sua versão da história.
Conhecemos tudo o que estava por trás da sua forma de ser e de reagir. Também entendemos melhor outras personagens do primeiro volume, como é o caso do vampiro Armand e as suas relações com o Lestat. Também surgem personagens misteriosas, cujos segredos têm de ser desvendados.
Novamente, Anne Rice consegue-nos surpreender, pois Lestat é completamente diferente das ideias pré-concebidas que tínhamos após a leitura do primeiro livro e conhecemos o seu lado mais humano.
Todas as personagens tornam-se mais reais ao longo da história, sofrendo alterações ao longo da narrativa. Anne Rice continua a demonstrar porque é que é chamada de mãe dos vampiros e leva-nos numa viagem alucinante ao mundo oculto e negro, onde estas criaturas residem.
A autora continua a comprovar a sua mestria nos relatos na primeira pessoa, encarnando na sua plenitude a personagem principal enquanto narrador. Reflete os seus sentimentos com precisão, os seus desejos são bem patentes nas suas palavras. As descrições das ruas de Paris pré-Napoleónica são bem desenvolvidas e podem mesmo chocar alguns leitores pela forma crua como são descritos.
Estou ansiosa para ler o segundo volume deste livro “O Vampiro Lestat”.

segunda-feira, 18 de março de 2013

[Opinião] “O Anjo das Trevas – Os cânticos do Serafim” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Ficha Técnica:

Título original: Of Love and Devil - The Songs of the Seraphim
Tradução: Paula Antunes
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 144
Formato: 15,5 cm x 23 cm
ISBN: 978-972-1-06179-8
Data de edição: Setembro de 2012

Sinopse:

«Sonhei com anjos. Vi-os e ouvi-os numa enorme e interminável noite galáctica. Vi as luzes que simbolizavam estes anjos, voando aqui e ali, em laivos de um brilho irresistível […] Senti amor em redor de mim neste vasto e contínuo domínio de som e luz […] E algo semelhante a tristeza apoderou-se de mim e confundiu toda a minha essência com as vozes que cantavam, porque as vozes cantavam sobre mim.»
Assim começa o novo romance assombroso de Anne Rice, um thriller sobre anjos e assassinos, que nos conduz novamente aos mundos obscuros e perigosos de tempos passados. Anne Rice leva-nos para outros domínios, desta vez para o mundo de Roma no século XV, uma cidade de cúpulas e jardins suspensos, torres altas e cruzes por debaixo de nuvens sempre em mudança; colinas familiares e pinheiros altos… de Miguel Ângelo e Rafael, da Sagrada Inquisição e de Leão X, segundo filho de um Medici, dissertando sobre o trono papal…
E nesta época, neste século, Toby O’Dare, antigo assassino por ordem do governo, é convocado pelo anjo Malquias para resolver um terrível crime de envenenamento e para procurar a verdade sobre a aparição de um espírito irrequieto — um diabólico dybbuk. O’Dare em breve se vê envolvido no seio de conspirações negras e contra-conspirações, rodeadas por uma ameaça sombria e ainda mais perigosa, porque o véu do terror eclesiástico a cobre.
Enquanto embarca numa viagem de expiação, O’Dare é ligado ao seu próprio passado, com assuntos claros e obscuros, ferozes e ternos, com a promessa de salvação, e com uma visão mais profunda e rica do amor.
Anne Rice é uma autora consagrada de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.
Na capa: Dark Paladin, ilustração de Grzegorz Rutkowski.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Num artigo anterior trouxemos-vos o primeiro volume desta série de livros.
Este volume é mais pequeno que o anterior. Com as apresentações já feitas, Anne Rice avança mais rapidamente para a história. Ficamos a conhecer o lado mais humano de Toby O’Dare.  A sua mestria em narradores na primeira pessoa continua a ser demostrada neste livro. A autora continua com a índole religiosa como principal tema. Mas, este livro tem mais ritmo que o anterior o que o torna interessante.
Em “O Anjo das Trevas” vemos um Toby mais calmo, mais seguro das suas opções, de seguir Malquias. A sua dependência do anjo torna-se mais notória. Anne Rice revela-nos mais coisas acerca do passado desta personagem.
Quatro novas personagens são apresentadas, Shmarya e Ankanoc, o primeiro anjo, o segundo poderá ser aquilo que chama-nos de demónios, a autora não define bem esta personagem, aumentando assim a curiosidade do leitor. Conhecemos também, duas personagens relacionadas com o passado de Toby, o seu filho Toby e a sua ex-namorada Liona. Será que no futuro todos poderão ser uma família feliz? O anjo Malquias deixa essa pergunta sem resposta directa.
Toby é novamente levado ao passado e colocado numa situação ainda mais complicada que a anterior.
Uma sequela excelente, com um bom ritmo e um tema interessante. Viciante e vibrante deixa-nos com um sabor agridoce na boca uma vez que queremos saber mais, o final deixa o leitor ansioso pelo próximo volume. Nós ficaremos à espera.

domingo, 17 de março de 2013

[Opinião] “O Tempo do Anjo – Os Cânticos do Serafim” de Anne Rice (Publicações Europa-América)




Ficha técnica:

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 208
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721060418
Coleção: Obras de Anne Rice

Sinopse:

Toby O’Dare é um assassino a soldo com fama no submundo do crime. Numa teia de pesadelo e de missões letais, é um homem sem alma e sem nome, às ordens de um misterioso mandante.
Quando um dia se cruza com um estranho ser, um serafim, Toby O’Dare terá de escolher entre salvar ou destruir vidas. E ele, que sonhara em tempos ser padre, viaja no tempo até ao século XIII, em Inglaterra, época de inquietação e trevas onde judeus são acusados de assassinatos rituais e crianças desaparecem em circunstâncias misteriosas.
O Tempo do Anjo, um thriller metafísico sobre anjos e assassinos, marca o regresso de Anne Rice como mestra na criação de histórias que cativaram leitores de várias gerações.

Anne Rice é uma autora consagrada de best-sellers, na área da literatura de fantasia e gótica. Alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, entre outros êxitos.
O Tempo do Anjo é o primeiro volume da trilogia Os Cânticos do Serafim e mais uma prova do seu talento multifacetado.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Anne Rice é exímia na arte de escrever na primeira pessoa, já o havia provado anteriormente nos seus livros da colecção "Crónicas Vampirescas". Quem já leu esses livros parte com expectativas elevadas para este livro, acaba por ficar um pouco desiludido com ele. É um livro de índole religiosa, em que tudo o que é divino é retratado de uma forma idílica. Tudo é perfeito, Deus perdoa e ama todos sem olhar a quem. Falta talvez um pouco do lado negro que tornaria a obra mais interessante, a tentação é um pouco deixada de lado. Já que um assassino como Toby O’Dare era deveria ser mais susceptivel à tentação.
O romance inicia com um ritmo lento, aumentando com a evolução da acção. O que faz com que o leitor que agarrado sem se aperceber. A história dá uma reviravolta imprevisível, o que o torna ainda mais aliciante.
As personagens que Anne Rice criou estão bem desenvolvidas e maduras. São fortes e enfrentam as situações em que a autora os coloca. Vemo-los a serem levados até ao limite. Como tema central é a redenção vemos a serem levados até ao limite.
A linguagem que a autora utiliza é simples e acessível.
Um livro interessante, e que esperamos pela continuação desta coleção.

sexta-feira, 8 de março de 2013

[Opinião]“A entrevista com o Vampiro” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Sinopse:

Obra já clássica no seu género, Entrevista com o Vampiro é o primeiro volume da saga «Crónicas dos Vampiros» e granjeou o estatuto de livro de culto, comparável a Drácula de Bram Stoker.
Das plantações oitocentistas do Luisiana aos becos sombrios e cenários sumptuosos de Paris, do Novo Mundo à Velha Europa, Claudia e Louis fogem de Lestat, o seu criador e companheiro imortal. E o cruel vampiro que tirara partido do desespero de Louis e da fragilidade da órfã Claudia, no bairro francês da Nova Orleães assolada pela peste, move-lhes uma perseguição sem tréguas no submundo parisiense, entre a trupe Théâtre des Vampires do misterioso Armand e criaturas das trevas.
É com esta mescla de sangue, violência e erotismo ímpares, no pano de fundo da reflexão sobre a condição trágica que é a do vampiro condenado à imortalidade, que Anne Rice narra uma extraordinária história em que a crueldade e os sentimentos tenebrosos que percorrem as páginas resultam numa maravilhosa sinfonia poética que viria a inspirar muitos escritores, como Stephenie Meyer.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 276
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721037502
Coleção: Obras de Anne Rice

Opinião:

Esta obra, “A Entrevista com o Vampiro” de Anne Rice, foi a primeira obra da autora a ser adaptada ao cinema em 1994. Com nomes sonantes como Brad Pitt, Tom Cruise, Christian Slatter, os mais cobiçados jovens actores da época. Mas esta crítica não é ao filme mas sim ao livro. Tenho apenas de referir a forma como o realizador e o argumentista se mantiveram fiéis ao livro original.
Passemos então ao livro em si, a autora começa de uma forma bastante interessante, já com o vampiro e com o entrevistador frente a frente, sem se preocupar muito como é que os dois se encontraram e acabaram naquela posição, o que torna desde já a leitura interessante e permite ao leitor mergulhar directamente naquele mundo que sempre nos fascinou.
A autora leva-nos numa viagem pelo tempo, a qual é interrompida pontualmente com um regresso à realidade, de modo a dar mais realismo à acção e à história, o que obriga o leitor a estar atento para não se confundir, no decorrer da narração.
A forma como Anne Rice escreve e descreve é directa e simples, sem de forma alguma descurar do seu objectivo, que é transportar os leitores através dos cenários elaborados e luxuriantes da América, passando pela Europa. Ela não poupa nas descrições que poderiam ser tomadas como as mais chocantes, como é por exemplo um vampiro a alimentar-se ou mesmo a morte de Cláudia.
Anne Rice é considerada a mãe dos vampiros, o que é verdade. No seu livro temos personagens vampíricas para todos os gostos, Lestat, o louco e sanguinário, Louis, o consciencioso, Cláudia, a criança. O amor retratado neste livro não é o romântico como nas outras sagas mais recentes, em que temos um vampiro apaixonado por uma humana e vice-versa, mas sim o amor fraternal e o medo de se passar a eternidade sozinho sem ninguém e sem reconhecimento da existência. Um medo que é tão humano e comum, tornando-os intimamente ligados com os seres humanos dos quais foram originados e também mantendo as suas características pré-transformação.
Os vampiros de Anne Rice são sedutores, felinos até. As pessoas sentem-se atraídas por eles de uma forma inexplicável e cedem a todos os seus desejos, acabando por serem joguetes nas suas pérfidas mãos. Os vampiros de Armand levam esse expoente ao extremo alimentando-se em público como se se tratasse de um espectáculo e apenas uma ensenação.
Cláudia e Louis tentam, finalmente, fugir da obsessão doentia de Lestat, seu criador, e da sua carência excessiva, o que acaba em tragédia.
Acaba-se o livro com uma questão: Afinal qual dos dois está correcto? Lestat que abraça a sua natureza ou Louis que tenta, em vão, manter-se o mais humano possível? Pode ser que se consiga encontrar as respostas nos outros livros.
É uma excelente introdução às crónicas Vampíricas, que incluiu outros livros, um dos quais também foi adaptado ao cinema no filme “Rainha dos Malditos”.