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domingo, 17 de março de 2013

[Opinião] “O Tempo do Anjo – Os Cânticos do Serafim” de Anne Rice (Publicações Europa-América)




Ficha técnica:

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 208
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721060418
Coleção: Obras de Anne Rice

Sinopse:

Toby O’Dare é um assassino a soldo com fama no submundo do crime. Numa teia de pesadelo e de missões letais, é um homem sem alma e sem nome, às ordens de um misterioso mandante.
Quando um dia se cruza com um estranho ser, um serafim, Toby O’Dare terá de escolher entre salvar ou destruir vidas. E ele, que sonhara em tempos ser padre, viaja no tempo até ao século XIII, em Inglaterra, época de inquietação e trevas onde judeus são acusados de assassinatos rituais e crianças desaparecem em circunstâncias misteriosas.
O Tempo do Anjo, um thriller metafísico sobre anjos e assassinos, marca o regresso de Anne Rice como mestra na criação de histórias que cativaram leitores de várias gerações.

Anne Rice é uma autora consagrada de best-sellers, na área da literatura de fantasia e gótica. Alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, entre outros êxitos.
O Tempo do Anjo é o primeiro volume da trilogia Os Cânticos do Serafim e mais uma prova do seu talento multifacetado.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Anne Rice é exímia na arte de escrever na primeira pessoa, já o havia provado anteriormente nos seus livros da colecção "Crónicas Vampirescas". Quem já leu esses livros parte com expectativas elevadas para este livro, acaba por ficar um pouco desiludido com ele. É um livro de índole religiosa, em que tudo o que é divino é retratado de uma forma idílica. Tudo é perfeito, Deus perdoa e ama todos sem olhar a quem. Falta talvez um pouco do lado negro que tornaria a obra mais interessante, a tentação é um pouco deixada de lado. Já que um assassino como Toby O’Dare era deveria ser mais susceptivel à tentação.
O romance inicia com um ritmo lento, aumentando com a evolução da acção. O que faz com que o leitor que agarrado sem se aperceber. A história dá uma reviravolta imprevisível, o que o torna ainda mais aliciante.
As personagens que Anne Rice criou estão bem desenvolvidas e maduras. São fortes e enfrentam as situações em que a autora os coloca. Vemo-los a serem levados até ao limite. Como tema central é a redenção vemos a serem levados até ao limite.
A linguagem que a autora utiliza é simples e acessível.
Um livro interessante, e que esperamos pela continuação desta coleção.

sexta-feira, 8 de março de 2013

[Opinião]“A entrevista com o Vampiro” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Sinopse:

Obra já clássica no seu género, Entrevista com o Vampiro é o primeiro volume da saga «Crónicas dos Vampiros» e granjeou o estatuto de livro de culto, comparável a Drácula de Bram Stoker.
Das plantações oitocentistas do Luisiana aos becos sombrios e cenários sumptuosos de Paris, do Novo Mundo à Velha Europa, Claudia e Louis fogem de Lestat, o seu criador e companheiro imortal. E o cruel vampiro que tirara partido do desespero de Louis e da fragilidade da órfã Claudia, no bairro francês da Nova Orleães assolada pela peste, move-lhes uma perseguição sem tréguas no submundo parisiense, entre a trupe Théâtre des Vampires do misterioso Armand e criaturas das trevas.
É com esta mescla de sangue, violência e erotismo ímpares, no pano de fundo da reflexão sobre a condição trágica que é a do vampiro condenado à imortalidade, que Anne Rice narra uma extraordinária história em que a crueldade e os sentimentos tenebrosos que percorrem as páginas resultam numa maravilhosa sinfonia poética que viria a inspirar muitos escritores, como Stephenie Meyer.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 276
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721037502
Coleção: Obras de Anne Rice

Opinião:

Esta obra, “A Entrevista com o Vampiro” de Anne Rice, foi a primeira obra da autora a ser adaptada ao cinema em 1994. Com nomes sonantes como Brad Pitt, Tom Cruise, Christian Slatter, os mais cobiçados jovens actores da época. Mas esta crítica não é ao filme mas sim ao livro. Tenho apenas de referir a forma como o realizador e o argumentista se mantiveram fiéis ao livro original.
Passemos então ao livro em si, a autora começa de uma forma bastante interessante, já com o vampiro e com o entrevistador frente a frente, sem se preocupar muito como é que os dois se encontraram e acabaram naquela posição, o que torna desde já a leitura interessante e permite ao leitor mergulhar directamente naquele mundo que sempre nos fascinou.
A autora leva-nos numa viagem pelo tempo, a qual é interrompida pontualmente com um regresso à realidade, de modo a dar mais realismo à acção e à história, o que obriga o leitor a estar atento para não se confundir, no decorrer da narração.
A forma como Anne Rice escreve e descreve é directa e simples, sem de forma alguma descurar do seu objectivo, que é transportar os leitores através dos cenários elaborados e luxuriantes da América, passando pela Europa. Ela não poupa nas descrições que poderiam ser tomadas como as mais chocantes, como é por exemplo um vampiro a alimentar-se ou mesmo a morte de Cláudia.
Anne Rice é considerada a mãe dos vampiros, o que é verdade. No seu livro temos personagens vampíricas para todos os gostos, Lestat, o louco e sanguinário, Louis, o consciencioso, Cláudia, a criança. O amor retratado neste livro não é o romântico como nas outras sagas mais recentes, em que temos um vampiro apaixonado por uma humana e vice-versa, mas sim o amor fraternal e o medo de se passar a eternidade sozinho sem ninguém e sem reconhecimento da existência. Um medo que é tão humano e comum, tornando-os intimamente ligados com os seres humanos dos quais foram originados e também mantendo as suas características pré-transformação.
Os vampiros de Anne Rice são sedutores, felinos até. As pessoas sentem-se atraídas por eles de uma forma inexplicável e cedem a todos os seus desejos, acabando por serem joguetes nas suas pérfidas mãos. Os vampiros de Armand levam esse expoente ao extremo alimentando-se em público como se se tratasse de um espectáculo e apenas uma ensenação.
Cláudia e Louis tentam, finalmente, fugir da obsessão doentia de Lestat, seu criador, e da sua carência excessiva, o que acaba em tragédia.
Acaba-se o livro com uma questão: Afinal qual dos dois está correcto? Lestat que abraça a sua natureza ou Louis que tenta, em vão, manter-se o mais humano possível? Pode ser que se consiga encontrar as respostas nos outros livros.
É uma excelente introdução às crónicas Vampíricas, que incluiu outros livros, um dos quais também foi adaptado ao cinema no filme “Rainha dos Malditos”.


sábado, 9 de fevereiro de 2013

[Opinião] “O Hobbit” de J.R.R. Tolkien (Publicações Europa-América)



Sinopse:

Esta é a história da aventura de um Baggins, que deu consigo a fazer e a dizer coisas completamente impensáveis…
Bilbo Baggins é um hobbit que desfruta de uma vida confortável e sem qualquer ambição. Ele raramente se aventura em viagens, não indo mais longe do que até à dispensa de sua casa, no Fundo do Saco. Mas este conforto será perturbado por Gandalf, o feiticeiro, e por um grupo de treze anões, que num belo dia chegam para o levar numa viagem «de ida e volta». Eles têm um plano para pilhar o espantoso tesouro de Smaug, o Magnífico, um dragão enorme e extremamente perigoso.
Encontros inesperados com elfos, gnomos e aranhas gigantes, um dragão que fala, e ainda a presença involuntária na Batalha dos Cinco Exércitos, são apenas algumas das experiências por que Bilbo passará.
O Hobbit é o prelúdio de O Senhor dos Anéis e já vendeu milhões de cópias desde a sua publicação, em 1937. É claramente um dos livros mais amados e influentes do século XX.

Ficha técnica:

Colecção: Contemporêna
Pp.: 264
Formato: 15,5 cm x 23 cm
ISBN: 978-972-1-06190-3
Data de edição: Novembro de 2012

Opinião:

Eu ando numa onda de conhecer as obras de autores que nunca li anteriormente. E este livro  foi a minha introdução à obra de Tolkien.
Assim que comecei a ler, saltou à vista todo o trabalho do autor na criação de mundo. Todas as paisagens que ele descreve, são extremamente realistas e transportam o leitor para aqueles cenários.
Tolkien tem uma linguagem simples e atractiva, onde revela um pouco o seu humor. O desenvolver da acção é lento mas crescente com um ponto de clímax no seu final.
As personagens que ele criou são interessantes e não estão estereotipadas, como acontece em muitas obras de fantasia. Talvez porque naquela época ainda não existiam os milhares de livros actuais.
O que é que vocês fariam caso fossem o Bilbo e Gandalf aparecesse à vossa porta com treze anões e um convite para uma aventura?
Este livro é o prelúdio para o “senhor dos anéis”, onde surge pela primeira vez o Gollum, uma das personagens que eu gostei no filme. E explica como é que Bilbo encontrou o anel, apesar de ainda não se saber a relação com a lenda dos reis e dos outros anéis.
É um livro para um público-alvo jovem mas que o público adulto também gosta.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

[Opinião] “Ana Karenina” de Leão Tolstoi (Publicações Europa-América)



Sinopse:

*Um clássico intemporal!*

Por entre o frio de Moscovo e as neblinas geladas de São Petersburgo, uma história de amor imortal que nasce com um simples olhar. Uma paixão trágica que tudo abandona para se dedicar ao amor de um único homem. Uma heroína tão intensa e comovedora como Madame Bovary e a Dama das Camélias, que eternizou o nome de Leão Tolstoi colocando-o na galeria dos grandes génios da literatura universal.

/«Já se disse que a obra de Shakespeare, a de Balzac e a de Tolstoi são os três maiores monumentos erguidos pela Humanidade à própria Humanidade. Estou cada vez mais convencido de que isso é verdade!»/ André Maurois

Agora numa nova adaptação cinematográfica de Joe Wright, realizador de /Orgulho e Preconceito/ e /Expiação,/ com Keira Knightley e Jude Law, nos principais papéis, Aaron Taylor-Johson e Kelly Macdonald.

Leia o livro. Veja o Filme.

Ficha técnica:

Título: Anna Karenina
Autor: Leão Tolstoi
Colecção: Clássicos
Pp.: 872

Opinião:

Quando o livro me chegou às mãos fiquei de boca aberta com o seu tamanho e com um pouco de receio de que este fosse pesado. Comecei a ler e a partir do terceiro capítulo fiquei totalmente agarrada à história, o livro é extremamente viciante e os capítulos curtos facilitam muito a leitura. Li-o em apenas treze horas, o que para mim foi um record.
Falemos do livro em si. Tolstoi escreveu um romance intemporal, isso é um facto já assente e mundialmente aceite. A história não se centra na vida de Anna Karenina apenas, as personagens que se designariam secundárias ganham vida própria e ganham destaque. Isto faz com que a história tenha vários fios condutores. Tomando as cidades moscovitas como plano de fundo, o autor faz descrições simples e pequenas, mas eficazes. A acção avança num ritmo harmonioso, que facilita a leitura.
As personagens frequentemente têm lutas internas entre o que querem e o que é socialmente correcto. Todo o livro tem o tom de critica à sociedade russa da época, o que era comum nos escritores dessa época. Os livros eram utilizados como ferramentas de critica social. Tolstoi mostra-nos um mundo há muito desaparecido em que os vícios eram muitos e que deram origem à revolução russa, onde a alta sociedade russa se move, longe do povo.
Vemos a evolução das várias personagens, umas amadurecendo, outras regredindo.  Todas vivem em função da sociedade e do correcto, excepto Anna que cede aos seus desejos e aos caprichos do seu coração escandalizando todos os que a conhecem. O final desta personagem deixou-me triste, mas no contexto e na evolução desta personagem é compreensível. Será que ela é consumida pela paixão?
Vronski assume desde o início a posição de homem apaixonado. Mas rapidamente evolui e o ócio toma conta de si e começa a ficar aborrecido coma sua vida. Que decisão tomará? E como é que isso vai influenciar Anna?
Nem consigo imaginar o tempo que Tolstoi demorou a escrever este livro. Mas  a sua linguagem é simples e acessível.
Um livro intenso com uma história interessante e envolvente que se recomenda ler.