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sábado, 28 de dezembro de 2013

[Opinião] “As Brumas de Avalon Volume IV – O Prisioneiro de Avalon” de Marion Zimmer Bradley (Saída de Emergência)


Sinopse:

O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.

No derradeiro volume deste clássico, Morgaine vai ao encontro do seu destino que a coloca contra Artur – o seu amante, irmão e agora inimigo. Ao regressar a Camelot durante o Banquete de Pentecostes, Morgaine acusa Artur de comprometer a coroa, e exige que este lhe devolva a espada mágica Excalibur.

Mas Artur recusa e Morgaine tenta de tudo para o travar, nem que para isso tenha que usar as pessoas que ama para o desafiar. Quando Avalon se sente traída por Artur, Morgaine invoca a sua magia para lançar os companheiros de Artur numa demanda pelo cálice sagrado.

Os eventos escapam ao controlo de todos quando Lancelet regressa e sucumbe de novo à sua paixão por Gwenhwyfar. Mas o Rei Veado tem assuntos mais importantes como a guerra decretada por Mordred que pretende usurpar o trono de Camelot.

Conseguirá o mundo de Avalon sobreviver ou será forçado a desaparecer nas brumas do tempo e memória?

Ficha Técnica:

Chancela: Saída de Emergência
Saga/Série: As Brumas de Avalon  Nº: 4
Data 1ª Edição: 09/11/2012
ISBN: 9789896374761
Nº de Páginas: 304
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

Este é o quarto e último livro do clássico “As Brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley decidiu intitula-lo desta forma devido a uma das cenas mais marcantes do livro e das lendas arturianas. Quem conhece estas lendas sabe do que estou a falar, se não conhecem fica curiosidade para lerem o livro. Todos os volumes já foram criticados aqui no blog anteriormente, “A senhora da Magia”, “A Rainha Suprema” e o “Rei Veado”.

Este volume encerra todos os pontos em aberto desta história e nos fazem mergulhar novamente neste Universo incrível. Tal como já referi anteriormente, Marion Zimmer Bradley criou uma história repleta de personagens feministas fortes e que dominam Camelot e que tentam controlar o Rei Artur e assim o domínio de todo um reino.

Torna-se cada vez mais evidente que o cristianismo está para ficar e que o seu poder é cada vez maior e as velhas religiões estão a perder crentes e Avalon embrenha-se cada vez mais nas brumas e é cada vez mais complicado de se conseguir encontrar a ilha.

Morgaine tenta desesperadamente inverter a situação. Mas será que vai conseguir?

Tudo é uma questão de influências e de escolhas e é óbvio que cada personagem molda o seu próprio destino.

Morgause começa a ver os frutos do seu trabalho surgirem e Mordred é mesmo o filho do seu coração, o qual é negro. Tudo poderá ser posto em causa e Camelot desaparecer devido ao egoísmo e sede de poder que nos é tão familiar e que também move o nosso mundo actual.

Neste último volume, a acção é vertiginosa, os eventos sucedem-se rapidamente e cada personagem tem o seu final. A conclusão da história está bastante interessante e tem a sua lógica.

Fazendo um apanhado geral, esta saga é bastante consistente. A personagem que mais detestei foi Gwenhwyfar, ela é extremamente católica e preconceituosa, apesar dos seus próprios pecados é a primeira a julgar os outros e a apontar o dedo. A personagem que mais me sensibilizou foi a Nimué e a sua pequena aparição, acaba por ser vítima do destino e dos esquemas alheios. Tal como Morgaine o foi.


No geral é uma saga muito consistente desde o primeiro ao último volume.

domingo, 17 de novembro de 2013

[Opinião] “As Brumas de Avalon – Volume 3 O Rei Veado” de Marion Zimmer Bradley (Saída de Emergência)


Sinopse:

O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.

Nos anos que se seguem à coroação do rei Artur, a rainha Gwenhwyfar continua as suas manipulações para assegurar a lealdade do seu marido à igreja cristã, enquanto a sacerdotisa Viviene decide confrontar Artur pelo ato de traição contra Avalon.

Nos bastidores, Morgaine planeia o casamento de Lancelet, que ameaça sucumbir ao desespero pelo triângulo amoroso em que se vê enredado. Quando a rainha Gwenhwyfar descobre esse plano, jura vingança. Morgaine, através do seu próprio casamento, dedica-se a fortalecer a causa de Avalon. As sacerdotisas da Ilha das Brumas tudo farão para competir pela alma da Grã-Bretanha contra a maré insurgente da Cristandade. Mas que efeitos terá a chegada do jovem Gwydion, filho de Morgaine e Artur? Irá correr em auxílio do rei ou libertar o caos?

Ficha Técnica:

Chancela: Saída de Emergência
Saga/Série: As Brumas de Avalon  Nº: 3
Data 1ª Edição: 31/08/2012
ISBN: 9789896374440
Nº de Páginas: 272
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

Marion Zimmer Bradley é uma autora que me acompanhou na minha adolescência e tem sido um prazer reler estes volumes. O primeiro “A Senhora da Magia” e o segundo volume “A Rainha Suprema” já foram criticados aqui no blog anteriormente.

Este terceiro volume aumenta a tensão e a acção, aproximando-se do culminar da história. O livro torna-se mais intenso com eventos que se precipitam e tornam prenúncio da desgraça que se aproxima. Cada vez mais Artur é influenciado por Gwenhwyfar e se afasta dos ideais de Avalon, sendo as sacerdotisas tratadas com desprezo e insultadas. Os padres tornam-se mais poderosos e também a crítica à religião cristã por parte. Por vezes a própria autora utiliza esta personagem para questionar a própria sexualidade de Artur. Morgaine tem sempre um único objectivo em mente, proteger Artur e impedir que ele caia em desgraça, mesmo que ele não apoie Avalon e se afaste dela cada vez mais.

Morgaine sofre uma transformação ao longo deste livro e vêmo-la a renascer, a sentir amor e a fazer parte de uma família como sempre quis. Vemos ela a tentar lutar para que os padres não absorvam para o cristianismo as tradições do seu povo mas sem qualquer resultado.

Gwenhwyfar revela-se cada vez mais detestável e hipócrita, a sua obcessão pela religião esta a destruir Camelot e Artur e afasta todos os que o podiam apoiar. Sente ciúmes da relação que Artur tem com Morgaine e faz de tudo para a humilhar.

Marion Zimmer Bradley torna-se um pouco mais crua e brutal neste livro. A sua escrita é clara e sem grandes floreados acabando por viciar os leitores na acção e nos personagens que criou.


Um livro que nos deixa ansiosos pela quarta e última parte.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

[Opinião] "A Rainha Suprema" de Marion Zimmer Bradley (Saída de Emergência)


Sinopse: 

O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.    
A misteriosa Morgaine é meia-irmã de Artur e grã-sacerdotisa da brumosa Avalon, terra encantada onde o verdadeiro conhecimento é preservado para os vindouros. Para Morgaine existe um objetivo fundamental: afastar a Bretanha da nova religião que vê a mulher como portadora do pecado original. A bela rainha Gwenhwyfar jurou fidelidade ao rei Artur, o Rei Supremo, mas não consegue esquecer a paixão que sente por Lancelot, exímio cavaleiro e melhor amigo de Artur. Quando o seu dever de concebe um herdeiro para o trono falha, Gwenhwyfar convence-se de que é vítima de um castigo divino e entrega-se de corpo e alma à religião de Cristo. As hostilidades aumentam inevitavelmente entre ambas as mulheres que detém o poder em Avalon e Camelot. Conseguirá Artur conciliar dois mundos antagonistas sob os estandartes reais e resistir aos Saxões? Se Morgaine tudo fará para proteger a sua herança matriarcal e desafiar a nova religião que cresce, já Gwenhwyfar não hesitará em persuadir Artur a trair os seus juramentos… 

Ficha Técnica: 

Chancela: Saida de Emergência 
Coleção: BANG 
Saga/Série: As Brumas de Avalon  Nº: 2 
Data 1ª Edição: 11/05/2012 
ISBN: 9789896374228 
Nº de Páginas: 288 
Dimensões: [160x230]mm 

Opinião: 

Este é o segundo Volume desta saga da Marion Zimmer Bradley. O primeiro Volume já foi criticado aqui no Blog anteriormente. 

Tal como o volume anterior, a história é contada da perspectiva feminina. conhecemos mais a fundo as mais variadas personagens que completam esta famosa lenda. Morgaine já não é o foco central, passa muito tempo desaparecia, ao ponto que quer Viviane quer Artur ficam preocupados com a sua ausência. 

Vemos a evolução de Gwen e como ela não é capaz de dar um herdeiro a Arthur e isso torna-a uma pessoa mais amarga e mais dura, também um pouco mais obcecada por Lancelet. Este por sua vez isola-se e afasta-se da corte. todos se apercebem do que eles sentem um pelo outro. 

Arthur mostra-se um rei calmo e sábio que quer o melhor para o seu povo e se mantém fiel às promessas que fez até ao momento em que é convencido por Gwen a abandonar as crenças da religião antiga e ofender os tribos, isto revela alguma instabilidade e acaba por criar um fosso entre as várias populações. Isto será um prenúncio do fim? 

Novamente viajamos por um mundo mágico, em que as duas religiões estão em conflito e só uma delas será vencedora. Surge pela primeira vez a tábula redonda, que é tão famosa e um dos símbolos de Camelot. 

A forma como Marion escrevia era viciante e muito clara. neste volume vamos a critica à religião a ganhar mais peso e a forma como a mente humana funcionava naquela altura e como o cristianismo mudou muito a forma como a sociedade encarava o sexo feminino. 

o final em aberto deixa-nos a desejar pela continuação.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

[Opinião] “As Brumas de Avalon Volume I – A Senhora da Magia” Marion Zimmer Bradley (Saída de Emergência)


Sinopse:

O clássico As Brumas de Avalon regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.

Morgaine é ainda uma criança quando testemunha a ascensão de Uther Pendragon ao trono de Camelot. Uther deseja Igraine, a mãe de Morgaine, presa a um casamento infeliz com Gorlois. Mas há forças maiores que estão em curso e que se preparam para mudar as suas vidas para sempre. Através da sua sacerdotisa Viviane, Avalon conspira para unir Uther a Igraine e dessa aliança nascerá Arthur, a criança que salvará as Ilhas. Morgaine, dotada com a Visão, é levada por Viviane para Avalon onde irá receber treino como sacerdotisa da Deusa Mãe. É então que assiste ao despertar das tensões entre o velho mundo pagão e a nova religião cristã. O que Morgaine desconhece é que o destino irá armar-lhe uma cilada e pô-la, de novo, no caminho do meio-irmão Arthur da forma que menos espera…

Ficha Técnica:

Chancela: Saida de Emergência
Coleção: BANG
Saga/Série: As Brumas de Avalon  Nº: 1
Data 1ª Edição: 03/02/2012
ISBN: 9789896373986
Nº de Páginas: 304
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

Eu li esta saga pela primeira vez há quinze anos atrás através da biblioteca municipal. Ainda adolescente apaixonei-me pela história, e desde então andei à procura destes para reler. E esta foi a minha oportunidade. Já me tinha esquecido de alguns pormenores importantes, mas ainda me lembrava dos traços gerais. Apaixonei-me novamente pela história e pelos seus personagens. Aqui a autora centra-se mais nas personagens femininas que são muitas vezes esquecidas nos romances históricos e de fantasia e mostra que as mulheres naquela época também poderiam ser facilmente manipuladoras, inocentes ou mesmo se apaixonarem profundamente. Foi escrito há 31 anos atrás e tem encantado gerações de leitores e alimentando a imaginação e a sede por histórias apaixonantes de milhares de pessoas. É um livro que por certo agradará mais ao público feminino.

A acção passa-se na época em que o Império Romano está em declínio e começa a abandonar a Bretanha ao seu destino e às invasões dos povos do norte. Os jogos de poder entre os vários reis dividem o reino e apenas um bom e forte rei supremo poderá controlar tudo e trazer a paz. Nesta época, o cristianismo estava em clara expansão e as religiões locais começavam a sofrer com as perseguições dos padres e da igreja. Este é o caso de Avalon, o reino da magia envolto em brumas. Na fase em que o livro começa, já Avalon se começa a separar do mundo real e a perder-se a única ligação que existe entre os dois mundos. É um momento chave na história, já que é nesta altura que começam a tornar-se obscuras as antigas religiões e se torna o cristianismo a principal. É uma época com poucas referências e que deixa à autora bastante liberdade de inovação.

A história é contada, pelo menos para já, do ponto de vista das personagens femininas que estão ligadas ao culto da Deusa, e Deus e Cristo são vistos como inimigos, não pelo que representam, mas sim pelos ensinamentos dos seus padres que querem tornar as mulheres submissas e controladas.

Marion Zimmer Bradley começa por nos mostrar Morgaine como criança e não como estamos habituados como a inimiga mortal de Artur e como uma mulher descontrolada e vingativa. Conhecemos a sua doçura e inocência. Esta personagem cresce aos nossos olhos ao longo deste volume amadurece e descobre que não é mais do que um joguete da sua tia Viviane, e isso muda-a.

Cada uma das personagens é forte e fiel a si própria. A que mais muda e que mais surpreende é Igraine. Ela acaba por encontrar o seu grande amor e por mudar a sua maneira de ser. No início ela era agarrada à filha e depois passa a ignorá-la.

A autora mostra tudo de uma forma muito crua e directa, o que pode chocar alguns dos leitores, mas é isso que torna esta saga tão especial e que nos vicia nela.


Estou ansiosa para reler o segundo livro.