sexta-feira, 24 de novembro de 2017

[Opinião] "Aristides de Sousa Mendes - Memórias de um neto" de António Moncada S. Mendes (Saída de Emergênica)


Sinopse:

O percurso corajoso e inspirador de um homem que salvou a vida de milhares de inocentes

A história do cônsul Aristides de Sousa Mendes, e de como desafiou as ordens de Salazar para salvar as vidas de 30.000 refugiados durante a II Guerra Mundial, é hoje um legado de coragem e nobreza que constitui um orgulho para todos os portugueses.
Mas quem era Aristides de Sousa Mendes? Por trás da figura heroica esconde-se um homem complexo, profundamente íntegro e religioso, devoto à família e ao país, e que foi forçado a fazer uma escolha terrível entre a sua consciência e o dever profissional, sabendo que as consequências para si seriam implacáveis.

Com recurso a um extenso arquivo fotográfico e documental, em grande parte inédito, o seu neto, António Moncada S. Mendes, desvenda o lado pessoal do cônsul e da sua família, lançando assim uma nova luz sobre a figura de um diplomata que se sacrificou para salvar a vida de muitos inocente

Ficha Técnica:

Chancela: Desassossego
Data 1ª Edição: 13/10/2017
ISBN: 9789899987548
Nº de Páginas: 352
Dimensões: [160x230]mm

Encadernação: Capa Mole

Opinião:

Ainda nos dias de hoje nos incomodamos quando se fala do Holocausto, um crime tão grande e tão hediondo que tem nome próprio. Numa carnificina sem precedente milhões perderam a vida nos campos de concentração Nazis, judeus, ciganos, portugueses, alemães, entre tantos outros.

Aristides de Sousa Mendes, nem podia imaginar o destino dos milhares de pessoas que lhe bateram à porta da embaixada naquela fatídica noite a pedir ajuda para fugirem de uma guerra que temiam ser algo mais, rumores de desaparecimentos já rondavam pela Europa e acabaram por fazer com que muitas pessoas fugissem. Salazar, chefe do estado naquela época, vendo o avançar Nazi e temendo agir contra estes, emitiu uma ordem para todas as embaixadas e proibir que fossem emitidos quaisquer vistos para esses refugiados. O cônsul de Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, luta com a sua própria consciência para fazer o correto e salvar aquelas pessoas, sabendo que isso lhe custaria o trabalho e possivelmente a vida. A consciência ganhou ao dever e ele acabou por salvar milhares a grande custo pessoal. Numa altura em que ninguém ousava opor-se a Salazar, ele tomou uma atitude.

Foi com grande gosto que li sobre uma  das maiores personalidades portuguesas do século XX, e é com alguma tristeza que vejo que a maioria dos Portugueses e principalmente as camadas mais jovens não o conhecem nem fazem ideia de quem este homem foi e a sua real importância no panorama histórico. Fiquei a saber muito mais acerca deste homem pelas palavras do seu neto, o qual nos mostra não só o cônsul mas também o lado familiar.

Uma excelente prenda de Natal, para quem já estiver a pensar nisso.



LilianaNovais

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