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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

[Opinião] "Estação Onze" de Emily St. John Mandel (Editorial Presença)


Sinopse:

Estação Onze conta-nos a cativante história de um grupo de pessoas que arriscam tudo em nome da arte e da sociedade humana após um acontecimento que abalou o mundo. Kirsten Raymonde nunca esqueceu a noite em que teve início uma pandemia de gripe que veio a destruir, quase por completo, a humanidade.


Vinte anos depois, Kirsten é uma atriz de uma pequena trupe que se desloca por entre as comunidades dispersas de sobreviventes. No entanto, tudo irá mudar quando a trupe chega a St. Deborah by the Water. Um romance repleto de suspense e emoção que nos confronta com os estranhos acasos do destino que ligam os seus personagens.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão:2015
Páginas: 336
Editor: Editorial Presença

ISBN: 9789722356329

Opinião:

Outro livro fantástico que li recentemente. Quando comecei a ler a sinopse, esta despertou a curiosidade, mas também fiquei com receio que estivesse a criar elevadas expectativas acerca deste e depois me arrepender e esta se tornar numa leitura demorada. A verdade é que o livro conseguiu manter-se ao nível que esperei deste.

Adorei a premissa que deu origem ao mundo pós-apocalíptico onde vivem as nossas personagens. Cada um deles perdeu tudo quando o mundo acabou e a maioria deles não se lembra de como era o mundo anterior, porque eram ainda crianças quando tudo aconteceu.

Um pormenor que achei bastante interessante, foi verificar o quão estranhas as coisas eram para eles, coisas que para nós são quotidianas e que, pensamos que não vivemos sem elas, como é o caso dos telemóveis ou mesmo da Internet. As viagens duravam imenso tempo e o que ficava longe demais era considerado rumor ou lenda.

As personagens são todas distintas e caricatas, adorei conhecê-las a todas.

Outro pormenor que achei muito positivo, foi o facto de a autora optar por contar o passado e o presente por etapas, revelando-nos apenas pequenas porções da história toda. o que nos faz esperar por mais e querer continuar a ler e compreender tudo o que se passou.


LilianaNovais

domingo, 10 de fevereiro de 2013

[Opinião] “Memórias de uma vampiro” de Rafael Loureiro (Editorial Presença)



Sinopse:

"Memórias de Um Vampiro" é o primeiro volume de uma trilogia onde romance e aventura se combinam para nos abrirem as portas a um universo repleto de emoções intensas, valores supremos e conflitos arrebatados. Daimon DelMoona, nascido no século XVII, viu o seu mundo desmoronar-se quando a mulher que ia desposar morre. Do seu sofrimento é resgatado por uma vampira, que lhe concede o Novo Nascimento. E assim começa uma odisseia que atravessa os séculos para culminar numa batalha contra o tirano Alexander, um vampiro sedento de poder. Para travá-la, novas alianças terão de ser forjadas, e um amor com ressonâncias do passado terá de ultrapassar duros obstáculos. Mas conseguirá Daimon vencer esta cruzada e concretizar o seu amor sem fim?

Ficha Técnica:

Páginas: 200
Colecção: Via Láctea Nº 77
PREÇO COM IVA: 13,12€
ISBN: 978-972-23-4216-2
Código de Barras: 9789722342162
Data de Publicação: 15 de Setembro 2009

AUTOR:

Rafael Loureiro é professor de Educação Física, Mestre e praticante de artes marciais. Desde cedo manifestou o gosto pela escrita, através da poesia e mais tarde dos contos. Memórias de UmVampiro foi publicado em 2007 em edição de autor. A sua aceitação junto do público originou uma segunda edição no espaço de um ano e a sua publicação agora com a chancela da Presença.
Mais informações no website do autor: www.trilogianocturnus.com.

Opinião:

Memórias de um vampiro” é o primeiro livro da Triologia Nocturnus de Rafael Loureiro, o qual foi editado pela Editorial Presença. Já muito foi dito acerca deste e das influências que Rafael teve ou não teve. À parte de toda essa polémica, vou opinar acerca do livro em si, das suas personagens e da técnica do autor, já que não sou versada no jogo que tanto falam.
O que me chamou a atenção para este livro foi o trailer disponível no site da Presença.
Rafael Loureiro inicia o livro com uma pequena descrição da história dos vampiros, o que facilita o desenrolar da história, já que não tem de explicar todos os pormenores ao leitor e apenas referir certas coisas. A lista inicial com o léxico também é bastante útil para o leitor acompanhar a história.
Em “Memórias de um vampiro” acompanhamos a segunda vida de um vampiro chamado Daimon DelMoona, o qual é o narrador de todo o romance. A qual tem de se reger por apenas cinco regras:
1ª Lei: a Opção: nunca oferecerás o Segundo Nascimento (transformação de mortal para vampiro) contra a vontade do Escolhido.
2ª Lei: o Silêncio: nunca revelarás a tua verdadeira natureza ao Homem.
3ª Lei: a Cortesia: nunca desafiarás a palavra do regente da Terra onde estiveres.
4ª Lei: A Linhagem: nunca criarás um Filho sem a permissão do Regente.
5ª Lei: se as Leis forem violadas, aplicar-se-á a Segunda Morte ao vampiro que as quebrou.
Estas acabam por se tornar bem mais difíceis de seguir do que inicialmente se pensa.
O livro é pequeno e de rápida leitura, a acção evolui rapidamente e tem vários pontos altos até atingir o seu expoente máximo nas últimas páginas. O autor podia ter explorado algumas passagens mais profundamente, sem tornar o livro maçador já que o romance é bastante pequeno. Existem passagens que, na minha opinião, são exploradas apenas superficialmente.
A escrita de Rafael é simples, fluida e concisa, exactamente como eu gosto. O que permite uma fácil e rápida leitura. As descrições são rápidas e directas.
“A casa fica numa zona quase deserta, guardada pelas árvores e pela distância segura das estradas principais. O som dos meus passos a ecoar pela sala de pedra, iluminada apenas pelo fogo da lareira, faz o silêncio parecer mais pesado. Nem a carpete vermelha e antiga parece suavizar o ambiente.”
As personagens estão trabalhadas com profundidades diferentes, as principais bem desenvolvidas, mas as secundárias não.  Daimon é um vampiro que luta com o seu eu-interior e o seu sofrimento. As restantes personagens desenvolvem-se em seu redor, isto é o problema de um narrado em primeira pessoa, apenas conhecemos o seu ponto de vista e as suas opiniões acerca dos outros intervenientes.
Como é um primeiro volume de uma saga, pode ser que Rafael Loureiro desenvolva mais as personagens e a história. Assim que ler os outros volumes coloco aqui a crítica.
Um livro interessante e de fácil leitura da Editorial Presença.

sábado, 29 de dezembro de 2012

[Opinião] “Quando Menos Esperamos” de Sarah Dunn



Sinopse:

Holly Frick é uma escritora nova-iorquina de trinta e cinco anos, inteligente e divertida, que se vê confrontada com a separação do marido, Alex, por quem ainda está apaixonada. No seu círculo de amigos todos parecem capazes de retirar algum prazer da situação de vida em que se encontram, e Holly decide fazer o mesmo. Compra um cão e envolve-se com um rapaz bastante mais novo. O quotidiano de Holly e dos seus amigos, as amizades, os casos amorosos e as aventuras sexuais, a busca incessante da felicidade e do amor formam um complexo padrão afectivo e emocional que é aqui retratado com profundidade, subtileza e muito humor.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 248
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722343862
Coleção: Grandes Narrativas

Opinião:

Este livro foi uma das minhas prendas de Natal. É um livro leve e o qual seguimos sem grandes dificuldades. Mostra-nos a vida de um grupo de amigos, os quais têm todo o tipo de complexos, desde medo de compromissos a traições. As personagens que Sarah criou são bastante realistas, e caracterizam bem a sociedade actual na cidade de Nova Iorque. O isolamento e as neuroses são o tema deste livro. O divórcio é a solução rápida para os casamentos, quer sejam felizes ou não, que se acumulam como cromos de uma caderneta. E a desculpa será sempre, não era bem aquilo que eu queria, era a pessoa errada.
Este é um livro de leitura rápida, sem grandes introspecções nem grandes conflitos. O fim pode surpreender o leitor mais distraído, mas a história torna-se previsível a partir de um certo ponto. A escrita da autora é simples e directa.
É  livro perfeito para quem quer apenas descansar a cabeça numa leitura branda.