Mostrar mensagens com a etiqueta Isabel Allende. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Isabel Allende. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

[Opinião] "O amante Japonês" de Isabel Allende (Porto Editora)


Sinopse:

Em 1939, quando a Polónia capitula sob o jugo dos nazis, os pais da jovem Alma Belasco enviam-na para casa dos tios, uma opulenta mansão em São Francisco. Aí, Alma conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois brota um romance ingénuo, mas os jovens amantes são forçados a separar-se quando, na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família - como milhares de outros nipo-americanos - são declarados inimigos e enviados para campos de internamento. Alma e Ichimei voltarão a encontrar-se ao longo dos anos, mas o seu amor permanece condenado aos olhos do mundo.

Décadas mais tarde, Alma prepara-se para se despedir de uma vida emocionante. Instala-se na Lark House, um excêntrico lar de idosos, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária com um passado igualmente turbulento. Irina torna-se amiga do neto de Alma, Seth, e juntos irão descobrir a verdade sobre uma paixão extraordinária que perdurou por quase setenta anos.


Em O amante japonês, Isabel Allende regressa ao estilo que tanto entusiasma o seu público, relatando de forma soberba uma história de amor que sobrevive às rugas do tempo e atravessa gerações e continentes.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 336
Editor: Porto Editora

ISBN: 978-972-0-04774-8

Opinião:

"O amante japonês" é uma bela história de amor que perdura ao longo do tempo escrita pelo punho de uma das mais famosas e amadas escritoras da actualidade Isabel Allende.

Neste livro acompanhamos duas histórias que de desenrolam em paralelo, uma no passado, em plena II Guerra Mundial, outra no presente. Das duas a que mais me fascinou foi mesmo a do passado entre Alma e Ichimei.

É interessante a forma como a autora decidiu retratar as duas personagens, Irina e Alma, ambas são personagens muito forte, mulheres sofridas e independentes que fazem de tudo para conseguirem avançar todos os obstáculos que lhes atravessam o caminho.

Os segredos que Alma guardou toda a vida acabam por ser descobertos ao longo do livro, por Irina e pelo neto da primeira, Seth, o qual tem uma paixão secreta pela jovem e misteriosa mulher. Alma chega  a casa dos seus tios fugida da guerra e perde a sua família, para os campos de concentração. Sente-se perdida e desesperada, tendo apenas como apoio o primo Nathaniel e o seu amigo Ichimei.

Também Irina foge do seu passado e finalmente se sente em paz e em casa naquele lar, tratando todos os pacientes com respeito e como se fossem parte da família, o que a torna querida por todos os habitantes daquela casa.

"O Amante Japonês" é um romance interessante, mostrando-nos o que o preconceito e o medo podem fazer a uma relação. Este é o regresso de Isabel Allende às suas raízes e que a tornaram famosa por todo o mundo.
LilianaNovais

sexta-feira, 19 de junho de 2015

[Opinião] "Inês da minha alma" de Isabel Allende (Porto Editora)



Sinopse:

Inés Suarez é uma jovem e humilde costureira, oriunda da Extremadura, que embarca em direção ao Novo Mundo para procurar o marido, extraviado pelos seus sonhos de glória no outro lado do Atlântico. Anseia também por uma vida de aventuras, vedada às mulheres na sociedade do século XVI.

Na América, Inés não encontra o marido, mas sim uma grande paixão: Pedro de Valdivia, mestre de campo de Francisco Pizarro, ao lado de quem Inés enfrenta as incertezas da conquista e fundação do reino do Chile.


Neste romance épico, a força do amor prevalece sobre a rudeza, a violência e a crueldade de um momento histórico inesquecível. Pela mão de Isabel Allende, confirma-se que a realidade pode ser mais surpreendente que a ficção, e igualmente cativante.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 328
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04749-6

Idioma: Português

Opinião:

O primeiro livro que li de Isabel Allende foi "O jogo de Ripper", o qual foi criticado aqui no blog na altura em que foi lançado. Este primeiro livro custou-me a ler inicialmente. Quando soube que seriam lançados novos livros da autora, decidi, com algum receio, dar uma nova tentativa à escrita desta autora que é tão famosa em todo o mundo. E ainda bem que o fiz, este registo é completamente diferente do outro e é bem patente ao longo da história que a autora está mais à vontade com este estilo de escrita, portanto "Inês da minha Alma" foi um livro que rapidamente percorri as suas páginas e fiquei viciada nas personagens. Isto foi de tal forma intenso que me custava a ler as partes em que Allende nos mostra o contexto histórico, queria rapidamente seguir as personagens que ela escrevia no papel e aventurar-me com estas pelas densas florestas e áridos desertos desbravando novos mundos até então inexplorados.

O que me surpreendeu mais acerca desta história é o facto de ser baseada em personagens e feitos reais, Inês deveria ser uma mulher de fibra que gostaria de conhecer. Admirei-a desde o primeiro momento e é bem patente todo o processo criativo que Allende teve na sua construção a par da sua pesquisa bibliográfica, a qual não deve ter sido fácil porque os historiados tinham tendência a se esquecerem das mulheres, portanto os seus feitos ainda deveriam ser mais notáveis para que figurasse nos livros da época.

Inês foi uma mulher de paixões intensas e que vivia em função dos seus sentimentos,ignorando muitas vezes o que era correcto e apropriado para os olhos da sociedade, caso isso fosse contra o que ela pensava. Aos poucos vemos esta mulher a amadurecer de menina para mulher madura e acompanhamos os seus passos nos momentos chave da história da formação do Chile.

"Inês da minha alma" é mais do que um livro de amor, é uma autêntica obra de arte acerca de emoções e de momentos chave das nossas vidas e das decisões que podem mudar o curso de um país e de uma população.


LilianaNovais

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

“O Jogo de Ripper” de Isabel Allende (Porto Editora)


Sinopse:

Indiana e Amanda Jackson sempre se apoiaram uma à outra. No entanto, mãe e filha não poderiam ser mais diferentes. Indiana, uma bela terapeuta holística, valoriza a bondade e a liberdade de espírito. Há muito divorciada do pai de Amanda, resiste a comprometer-se em definitivo com qualquer um dos homens que a deseja: Alan, membro de uma família da elite de São Francisco, e Ryan, um enigmático ex-navy seal marcado pelos horrores da guerra.

Enquanto a mãe vê sempre o melhor nas pessoas, Amanda sente-se fascinada pelo lado obscuro da natureza humana. Brilhante e introvertida, a jovem é uma investigadora nata, viciada em livros policiais e em Ripper, um jogo de mistério online em que ela participa com outros adolescentes espalhados pelo mundo e com o avô, com quem mantém uma relação de estreita cumplicidade.

Quando uma série de crimes ocorre em São Francisco, os membros de Ripper encontram terreno para saírem das investigações virtuais, descobrindo, bem antes da polícia, a existência de uma ligação entre os crimes. No momento em que Indiana desaparece, o caso torna-se pessoal, e Amanda tentará deslindar o mistério antes que seja demasiado tarde.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 400
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04498-3

Opinião:

Eu nunca li nada de Isabel Allende, em grande parte por falta de oportunidade. “O Jogo de Ripper” foi a minha estreia e posso dizer que fiquei verdadeiramente surpreendida. Sempre ouvi falar bem desta autora desde o livro “A casa dos Espíritos”.

Neste romance a autora consegue agarrar o leitor desde o início ao tomar o tom de pesquisa e de thriller que nos cria a curiosidade de saber quem é o culpado e o que vai acontecer de seguida.

Allende criou um livro repleto de personagens e que seria de prever que nos perdêssemos, mas a forma de escrever da autora permite-nos entender quem é quem e como estão relacionadas as personagens entre si, mostrando alguns vislumbres do passado destes. Cada um dos intervenientes na história está bastante amadurecido e mostra as características de pessoas reais, com as quais podíamos lidar todos os dias de uma forma realista. Adorei Indiana e a sua forma desprendida de ver a vida.

A autora consegue manter o suspense ao longo do livro e nos deixa tentar adivinhar o seu desfecho. A evolução da história começa de uma forma lenta mas gradualmente aumenta a sua intensidade o que permite ao leitor adaptar-se aos acontecimentos.


O Jogo de Ripper” é um excelente livro que me vai fazer ler mais obras desta autora.