segunda-feira, 23 de setembro de 2013

[Opinião] “A Guerra Diurna” de Peter V. Brett (1001 Mundos)



Sinopse:

Na noite da Lua Nova, os demónios erguem-se em força, procurando as mortes dos dois homens com potencial para se tornarem o lendário Libertador, o homem que, segundo a profecia, reunirá o que resta da humanidade num esforço derradeiro para destruir os nuclitas de uma vez por todas. Arlen Fardos foi outrora um homem comum, mas tornou-se algo mais: o Homem Pintado, tatuado com guardas místicas tão poderosas que o colocam à altura de qualquer demónio. Arlen nega constantemente ser o Libertador, mas, quanto mais se esforça por se integrar com a gente comum, mais fervorosa se torna a crença destes. Muitos aceitariam segui- lo, mas o caminho de Arlen ameaça conduzir a um local sombrio a que apenas ele poderá deslocar-se e de onde poderá ser impossível regressar. A única esperança de manter Arlen no mundo dos homens ou de o acompanhar reside em Renna Curtidor, uma jovem corajosa que arrisca perder-se no poder da magia demoníaca. Ahmann Jardir transformou as tribos guerreiras do deserto de Krasia num exército destruidor de demónios e proclamou-se Shar`Dama Ka, o Libertador. Tem na sua posse armas ancestrais, uma lança e uma coroa, que consubstanciam a sua pretensão e vastas extensões das terras verdes se curvam já ao seu poderio. Mas Jardir não subiu ao poder sozinho. A sua ascensão foi programada pela sua Primeira Esposa, Inevera, uma sacerdotisa ardilosa e poderosa cuja formidável magia de ossos de demónio lhe permite vislumbrar o futuro. Os motivos de Inevera e o seu passado encontram-se envoltos em mistério e nem Jardir confia nela por completo.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 796
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892324494

Opinião:

O que me atraiu inicialmente neste livro foi a capa, a imagem relembra as arábias e um mundo totalmente diferente do que nos habituamos na fantasia onde muito é baseado na época medieval, o que o torna refrescante. Este é o terceiro livro de uma saga, mas o primeiro que li do autor. Isto limitou inicialmente a minha leitura e a tornou mais lenta. Metade dos termos utilizados pelo autor não entendia e tive de fazer muito uso do Dicionário de Krasino que se encontra no final do romance e que ajudou bastante. Quanto à história, esta é complexa e repleta de pormenores que inicialmente não compreendi, devido há minha falta de leitura dos outros volumes. O mapa inicial é bastante útil para identificarmos a localização da acção ao longo do decorrer da história.

O livro é grande e denso com imensas coisas a acontecerem ao mesmo tempo e que nos fazem estar muito atentos aos pormenores.

Quando à história em si, achei interessante a ideia dos demónios dominarem a noite e a tomarem tudo o que os rodeiam e atacarem tudo e todos. Cada momento que passa e que a noite se adensa envolvendo todos os que habitam a terra e com ela vem o perigo, pelo que entendi os demónios tornam-se mais fortes na Lua Nova. Talvez devido à inexistência de raios solares refletidos na lua.

As personagens têm os seus defeitos e as suas qualidades e cada um deles é humano, susceptível a se enganar e a influências externas que vão influenciar as suas decisões a cada passo que dão. No romance existem dois candidatos a serem o libertador, o relutante Arlen e o pomposo Jadir. Cada um deles tem os seus seguidores que juram estar a seguir o verdadeiro libertador. Os dois são extremos opostos. Quanto às personagens femininas, gostei da Inevera, ela mostrou-se muito coerente ao longo da história e na forma como manipulou as coisas para atingir os seus objectivos. Reena por seu lado ainda se revela um pouco como criança a quem se diz não faças isso e ela faz o exacto oposto, apesar disso acaba por ser a que mais evolui e que mais surpreende o leitor. Finalmente, a Leesha, parece-me que se encontra um pouco perdida e sente-se despeitada e acaba por se mostrar como vingativa e não se lembra do ditado popular “O feitiço vira-se contra o feiticeiro”.

As descrições do autor são bastante precisas e permitem ao leitor acompanhar e visualizar os locais com facilidade.


Este é um romance que no geral se encontra muito bom e que nos leva a um mundo complexo e repleto de personagens e acção.

2 comentários:

  1. Olá,

    Ai que eu quero tanto ler este livro, a ver se consigo arranjar :)

    Realmente se não leste os dois (brilhantes) livros é normal que tenhas tido dificuldade em compreender o enredo, mas ainda assim fico contente que tenhas gostado.

    É uma saga que gosto imenso dessa editora, tal como os dos escritores Rofhuss e o Joe Abrencobie :)

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