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domingo, 15 de maio de 2016
[Opinião] "Regresso a Mandalay" de Rosanna Ley (Porto Editora)
Sinopse:
Eva Gatsby interrogou-se inúmeras vezes sobre o passado do avô, Lawrence Fox, e o que teria exatamente acontecido na Birmânia, quando ele ainda jovem ali viveu. Eva dedica-se à restauração de antiguidades e os patrões propõem-lhe uma viagem de trabalho àquele país - sobre o qual o avô desde sempre lhe contara histórias fascinantes. É então que Lawrence decide quebrar o silêncio e finalmente falar-lhe do grande amor da sua vida, Maya, a mulher que nunca esqueceu. Numa tentativa de sarar as feridas do passado, confia a Eva uma missão que se revelará de contornos imprevisíveis.
Eva inicia, assim, uma jornada que irá reconstruir o mosaico da história da família e que em simultâneo a obrigará a confrontar-se com a sua capacidade de voltar a acreditar no amor.
Em Regresso a Mandalay, Rosanna Ley descreve-nos as paisagens, os aromas inebriantes dos mercados, das ruas e as fragâncias dos jardins, com tal mestria que nos transporta para os cenários mágicos da Terra Dourada.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2016
Páginas: 432
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04807-3
Opinião:
Mandalay, a actual Birmânia, é um lugar exótico e cheio de mistério. "Regresso a Mandalay", relata a história de duas famílias distintas e da forma como os seus destinos se cruzam.
O regresso refere-se ao regresso pelas mãos de Eva de um ídolo de madeira que havia sido confiado a seu avô por uma antiga paixão esquecida no tempo. A história é contada por três personagens, e aos poucos vamos desvendando o passado.
O que mais me atrai, neste romance, é o facto de não sabermos o passado das personagens e irmos aos poucos descobrindo, ao mesmo tempo que a Eva. Há muito que não sabemos como aconteceu, mas aos poucos os mistérios são desvendados. E, há segredos que nos vão surpreender.
É interessante verificar como as pessoas têm diferentes formas de ver a vida de acordo com o seu país de origem e a sua cultura. Esse confronto de culturas é bem patente ao longo do livro.
Este livro lê-se bastante depressa e é bastante interessante, levando-nos pelas belas e exóticas paisagens longínquas da Birmânia.
quarta-feira, 16 de março de 2016
[Opinião] "Mundo do Fim de Mundo" de Lis de Sepúlveda (Porto Editora)
Sinopse:
Um adolescente, fascinado pela leitura de Moby Dick, aproveita as férias de verão para embarcar num baleeiro e conhecer, nos confins austrais do continente americano, as terras onde o mundo termina. Muitos anos depois, já adulto, jornalista e membro ativo dos movimentos ecologistas, o acaso fá-lo regressar a essas paragens distantes por uma razão distinta mas talvez igualmente romântica: a fauna marítima que habita as águas gélidas e impolutas desse mundo do fim do mundo está a ser destruída pela ação criminosa de navios piratas.
Partindo de um exercício ficcional de evocação da memória juvenil, impregnado de aventura e deslumbramento, Luis Sepúlveda traça um belíssimo roteiro do Chile Austral. Simultaneamente, põe a descoberto os obscuros interesses internacionais que sustentam a caça ilegal de espécies protegidas, aqueles que a praticam e aqueles que corajosamente a combatem, transformando a narrativa numa demanda pela salvação da vida do seu mar.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 128
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04791-5
Opinião:
Luis de Sepúlveda é um dos meu escritores preferidos. Os seus livros são sempre bastante pequenos e cheios de significado. Quando lemos um dos seus romances ficamos sempre a saber algo de novo sobre nós próprios e o mundo em que vivemos.
Quando lemos um livro deste autor somos confrontados com grandes problemas sociais ou ambientais e, neste "Mundo do Fim do Mundo" não é diferente dos outros. Neste romance somos confrontados com a permanente guerra entre os seres humanos e a natureza.
Quando li este livro fiquei logo rendida ao tema e à história. Luis de Sepúlveda consegue trazer-nos um romance em que nos revela o pior do ser humano e mesmo assim mostrar a coragem que, por vezes surge dos lugares mais inesperados.
Um excelente romance de um dos melhores escritores da actualidade.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
[Opinião] "O amante Japonês" de Isabel Allende (Porto Editora)
Sinopse:
Em 1939, quando a Polónia capitula sob o jugo dos nazis, os pais da jovem Alma Belasco enviam-na para casa dos tios, uma opulenta mansão em São Francisco. Aí, Alma conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois brota um romance ingénuo, mas os jovens amantes são forçados a separar-se quando, na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família - como milhares de outros nipo-americanos - são declarados inimigos e enviados para campos de internamento. Alma e Ichimei voltarão a encontrar-se ao longo dos anos, mas o seu amor permanece condenado aos olhos do mundo.
Décadas mais tarde, Alma prepara-se para se despedir de uma vida emocionante. Instala-se na Lark House, um excêntrico lar de idosos, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária com um passado igualmente turbulento. Irina torna-se amiga do neto de Alma, Seth, e juntos irão descobrir a verdade sobre uma paixão extraordinária que perdurou por quase setenta anos.
Em O amante japonês, Isabel Allende regressa ao estilo que tanto entusiasma o seu público, relatando de forma soberba uma história de amor que sobrevive às rugas do tempo e atravessa gerações e continentes.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 336
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04774-8
Opinião:
"O amante japonês" é uma bela história de amor que perdura ao longo do tempo escrita pelo punho de uma das mais famosas e amadas escritoras da actualidade Isabel Allende.
Neste livro acompanhamos duas histórias que de desenrolam em paralelo, uma no passado, em plena II Guerra Mundial, outra no presente. Das duas a que mais me fascinou foi mesmo a do passado entre Alma e Ichimei.
É interessante a forma como a autora decidiu retratar as duas personagens, Irina e Alma, ambas são personagens muito forte, mulheres sofridas e independentes que fazem de tudo para conseguirem avançar todos os obstáculos que lhes atravessam o caminho.
Os segredos que Alma guardou toda a vida acabam por ser descobertos ao longo do livro, por Irina e pelo neto da primeira, Seth, o qual tem uma paixão secreta pela jovem e misteriosa mulher. Alma chega a casa dos seus tios fugida da guerra e perde a sua família, para os campos de concentração. Sente-se perdida e desesperada, tendo apenas como apoio o primo Nathaniel e o seu amigo Ichimei.
Também Irina foge do seu passado e finalmente se sente em paz e em casa naquele lar, tratando todos os pacientes com respeito e como se fossem parte da família, o que a torna querida por todos os habitantes daquela casa.
"O Amante Japonês" é um romance interessante, mostrando-nos o que o preconceito e o medo podem fazer a uma relação. Este é o regresso de Isabel Allende às suas raízes e que a tornaram famosa por todo o mundo.
domingo, 27 de setembro de 2015
[Opinião] "A Vinha do Anjo" de Sveva Casati Modignani (Porto Editora)
Sinopse:
Longas filas de videiras estendem-se pelas colinas suaves de Borgofranco. Há dois séculos que a família Brugliani é proprietária daquele antigo burgo e das vinhas, tratadas com paciência para delas extrair vinhos preciosos e únicos. Aos 35 anos, Angelica é a herdeira da tradição e do património familiar. Mãe, esposa, empresária de sucesso: tudo parece perfeito na sua vida. Só ela sabe que por detrás daquela fachada se esconde um mundo sombrio, feito de mentiras - as do marido - e de sonhos pueris.
Numa noite, em que conduzia a sua moto e sentindo-se dominada pela amargura e pelas lágrimas, Angelica não se apercebe de que o carro à sua frente está a travar. O choque é violento, mas felizmente sem consequências graves, quer para ela, quer para o condutor do automóvel, Tancredi D'Azaro. Angelica não sabe ainda que aquele homem é um dos chefs mais aclamados em todo o mundo. E ambos ignoram que, depois daquele encontro fugaz, o destino voltará a entrelaçar os seus caminhos, suscitando a tentação de um novo começo. É então tempo de fazer escolhas, tendo em conta o peso do passado e as responsabilidades do presente - porque a vida é feita de sonhos e paixões.
A Vinha do Anjo conta-nos a história envolvente de uma família e de uma tradição milenar, o retrato de uma protagonista fascinante no qual se reveem muitas das mulheres empreendedoras e corajosas que anonimamente constroem as nossas sociedades.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 384
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04775-5
Opinião:
Felizmente eu tive a oportunidade de ler este livro enquanto pré-lançamento e agradeço à Porto Editora pela oportunidade.
Eu já sou fã da Sveva há algum tempo e isso foi com prazer que li o livro "A Vinha do Anjo".
As personagens femininas que Sveva cria são bastante independentes e muito fortes. Angelica, é uma mulher sofrida que vamos conhecer ao longo do romance. Aos pouco vemos que ela esconde dores profundas que a tornaram na mulher que é na actualidade.
Um pormenor que me agradou bastante foi a autora ter mostrado todo o historial de cada personagem, isso fez-nos ligar mais intensamente a cada uma delas. Gostei da Angelica mas também senti uma proximidade grande com o Tancredi, que é uma personagem que tem à sua volta uma aura de mistério que nos fascina e nos faz sentir próximos dele.
Quanto a Rafaello, este nos deixa com sentimentos contraditórios, é o que mais muda ao longo do livro.
Mais do que um romance, este livro leva-nos numa viagem pela vida na Itália rural e o mundo vinícola que nos parece ser tão glamoroso.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
[Opinião] "Seis Histórias às evessas" de Luísa Ducla Soares (Porto Editora)
Sinopse:
Neste livro juntam-se seis contos imprevisíveis, com personagens únicas: um vampiro que bebia groselha, um monstro, uma menina de cabelos de ouro, um príncipe mandrião e os viajantes de uma máquina do tempo que aterrou em Portugal e viaja pela nossa História.
Com enredos impregnados de humor que nos cativam, estas histórias não deixam, contudo, de nos convidar à reflexão.
A obra foi distinguida com um Prémio Calouste Gulbenkian.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 80
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-72850-0
Coleção: Luísa Ducla Soares
Opinião:
Desde que fui mãe passei a dar mais atenção aos livros infantis e à sua qualidade e isso trouxe-me surpresas boas e más.Quando surgiu a possibilidade de ler o livro "Seis Histórias às avessas" de Luísa Ducla Soares, não hesitei em aproveitá-la.
Assim que o livro chegou, a minha pequena correu logo a abrir o envelope onde ele vinha e disse logo: "Mãe é tão giro e é parecido com o "Se eu fosse..."". Quando fui verificar quem era a ilustradora dos dois verifiquei que era a mesma e que isso agradou à pequena.
Aproveitei estes dias para ler as histórias à minha filha, o que não é tarefa fácil porque ela quer sempre acompanhar com a sua imaginação e acrescentar a sua versão de cada imagem.
Enquanto mãe e educadora adorei o prefácio do livro, a autora conseguiu sintetizar de uma forma poética o que é ser-se criança nos dias de hoje e a evolução que a educação teve ao longo destas últimas décadas.
Todas as histórias têm o seu ponto humorístico tornando a sua leitura mais simples, proporcionando, assim, momentos engraçados a partilhar em família.
A história que a minha pequena mais gostou foi mesmo a "O vampiro que só bebia groselha", todas as histórias estão repletas de acção e são bastante originais, como é o caso do conto "Uma aventura no tempo" cujo final nos vai surpreender bastante. O "A Sereia" mostra-nos uma realidade dura e tenta explicar aos pequenos a mesma.
"Seis Histórias às avessas" é um livro infantil que vai fazer com que os adultos também pensem um pouco no mundo em que vivem.
Neste livro juntam-se seis contos imprevisíveis, com personagens únicas: um vampiro que bebia groselha, um monstro, uma menina de cabelos de ouro, um príncipe mandrião e os viajantes de uma máquina do tempo que aterrou em Portugal e viaja pela nossa História.
Com enredos impregnados de humor que nos cativam, estas histórias não deixam, contudo, de nos convidar à reflexão.
A obra foi distinguida com um Prémio Calouste Gulbenkian.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 80
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-72850-0
Coleção: Luísa Ducla Soares
Opinião:
Desde que fui mãe passei a dar mais atenção aos livros infantis e à sua qualidade e isso trouxe-me surpresas boas e más.Quando surgiu a possibilidade de ler o livro "Seis Histórias às avessas" de Luísa Ducla Soares, não hesitei em aproveitá-la.
Assim que o livro chegou, a minha pequena correu logo a abrir o envelope onde ele vinha e disse logo: "Mãe é tão giro e é parecido com o "Se eu fosse..."". Quando fui verificar quem era a ilustradora dos dois verifiquei que era a mesma e que isso agradou à pequena.
Aproveitei estes dias para ler as histórias à minha filha, o que não é tarefa fácil porque ela quer sempre acompanhar com a sua imaginação e acrescentar a sua versão de cada imagem.
Enquanto mãe e educadora adorei o prefácio do livro, a autora conseguiu sintetizar de uma forma poética o que é ser-se criança nos dias de hoje e a evolução que a educação teve ao longo destas últimas décadas.
Todas as histórias têm o seu ponto humorístico tornando a sua leitura mais simples, proporcionando, assim, momentos engraçados a partilhar em família.
A história que a minha pequena mais gostou foi mesmo a "O vampiro que só bebia groselha", todas as histórias estão repletas de acção e são bastante originais, como é o caso do conto "Uma aventura no tempo" cujo final nos vai surpreender bastante. O "A Sereia" mostra-nos uma realidade dura e tenta explicar aos pequenos a mesma.
"Seis Histórias às avessas" é um livro infantil que vai fazer com que os adultos também pensem um pouco no mundo em que vivem.
terça-feira, 28 de julho de 2015
[Opinião] "A Pedra das Lágrimas - Parte II" de Terry Goodkind (Porto Editora)
Sinopse:
Esta é a segunda regra dos feiticeiros:
O pior dos males pode surgir da melhor das intenções
Os caminhos de Richard e Kahlan separaram-se: forçado a submeter-se aos desejos da Madre Confessora, o portador da Espada da Verdade encaminha-se para o Palácio dos Profetas, em Tanimura, a fim de aprender a controlar o seu dom, antes que este o mate. Por outro lado, a última das Confessoras, enredada numa trama de mentiras piedosas cujo único objetivo é salvar a vida do homem que ama, dirige-se para a Fortaleza dos Feiticeiros, em Aydindril, onde espera encontrar Zedd e, juntos, ajudarem Richard a cumprir o seu destino.
Todavia, num mundo em que a magia é, simultaneamente, uma bênção e uma maldição, e em que qualquer um pode ser um agente do Guardião disfarçado, distinguir aliados de inimigos revela-se uma tarefa hercúlea. Através dos seus próprios erros, o seeker e a Madre Confessora vão descobrir, da forma mais dolorosa, que a maior das bondades e a melhor das intenções podem constituir um caminho insidioso para a destruição.
Sabedoria, prudência e uma boa compreensão da primeira regra dos feiticeiros são as únicas armas de que dispõem: mas serão suficientes para reparar o véu e devolver a Pedra das Lágrimas ao reino dos mortos?
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 432
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04768-7
Opinião:
Finalmente chegou a segunda parte do livro "A Pedra das Lágrimas". Eu tenho seguido esta colecção que a Porto Editora tem lançado nos últimos meses, em primeiro, porque segui de perto a série televisiva que foi inspirada nestas obras e a qual adorei e, em segundo, por sentir curiosidade de saber se estavam ser fieis aos livros ou se, tal como em muitas obras, estavam muito diferentes.
Apesar das diferenças notórias na acção e nos eventos entre os dois, estou a adorar seguir esta série e acompanhar os desenvolvimentos da história e o que vai acontecer de seguida.
No volume anterior deixamos Richard numa situação complicada e Kahlan acabara de partir o seu coração. Acabei por devorar este "A Pedra das Lágrimas - Parte II" a uma velocidade vertiginosa. Os acontecimentos sucediam-se uns aos outros e havia sempre algo para suspeitar a cada página, uma pista para o que iria acontecer.
Richard, neste volume, apresenta-se receoso e com uma enorme ansiedade. Ele não compreende o que se passou e porque é que Kahlan não o ama mais. Ele luta contra o rada'han, sente-se de novo um escravo, uma vítima do que lhe foi feito. Está a reviver tudo o que sofreu com Denna, quando esteve sob o seu jugo. Este particionou o seu íntimo e isso tem repercussões em todas as suas decisões no futuro.
Por seu lado, Kahlan sofre pelo que fez e por achar que Richard a odeia com todo o seu ser. Ainda deseja que ele a perdoe por tudo o que lhe fez e que lhe pediu, ou melhor, que exigiu dele. Condenou-o a uma vida de servidão, em que as coisas acabam por se revelar por serem mais complexas do que inicialmente pensavam. Como está mais afastada de Richard, esta acaba por nos mostrar um lado mais independente e a mulher forte e decidida que já desconfiávamos que ela fosse.
Menos abordado do que estes, Zed vai ter o seu próprio percurso ao longo do livro e vai ser fundamental para a resolução do conflito.
Um romance interessante que nos leva a seguir mais além na história.
terça-feira, 21 de julho de 2015
[Opinião] "Perigo Irresístivel" de Becca Fitzpatrick (Porto Editora)
Sinopse:
Britt Pheiffer sonha há mais de um ano com umas férias repletas de aventura.
Treinou vários percursos pelas Montanhas Rochosas, comprou equipamento especial e até se sente confiante para levar consigo a melhor amiga, mais adepta de centros comerciais do que do ar puro das montanhas.
Poucas horas após o início da viagem, um nevão inesperado obriga-as a refugiarem-se numa cabana abandonada, aceitando a hospitalidade dos seus dois estranhos ocupantes: dois homens jovens, atraentes e… em fuga.
Feita refém, Britt é obrigada a guiá-los pela montanha e espera conseguir aguentar-se tempo suficiente até Calvin - o ex-namorado que ainda não conseguiu esquecer - poder encontrá-la.
Nada é o que parece nesta aventura nas paisagens inóspitas do Wyoming. Mason, um dos raptores, é estranhamente simpático para Britt. Já Shaun é claramente um homem perigoso.
Mas será Britt capaz de resistir à perigosa atração que Mason parece exercer sobre ela e, por fim, sobreviver?
Livro da autora Becca Fitzpatrick, bestseller da saga hush, hush.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 336
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04743-4
Opinião:
Depois da famosa Saga "Hush Hush", Becca Fitzpatrick traz-nos um novo livro "Perigo Irresistível". Eu já tinha visto os livros desta autora nas livrarias mas nunca os tinha lido. Surgiu-me então a oportunidade de ler este e acabei por agarrá-la para verificar se tudo o que tinha lido acerca da autora e do seu talento seriam mesmo verdade.
A primeira coisa a captar-me a atenção no livro foi mesmo a capa, a sua simplicidade é fantástica e o facto de estar um belo nascer do sol e o céu estrelado também transmite um sentimento de romantismo ao livro e o diferencia dos outros do mesmo género. Depois a sinopse acabou por me convencer a ler.
A história começa de forma abrupta com um prefácio intrigante que nos faz agarrar imediatamente à história. Quem será aquela rapariga que se encontra numa situação tão complicada e o que lhe terá acontecido?
Neste romance, Britt é uma rapariga normal que ainda está apaixonada pelo seu antigo namorado e planeia uma viagem com a sua melhor amiga como forma lhe provar do que realmente é feita. Leva consigo a sua melhor amiga, mas a viagem acabou por se revelar uma aventura que não esperava nem programava. Vamos vê-la a assumir e a tomar decisões que nunca teria feito de outra forma.
As personagens são enigmáticas e a quem mais me confundiu foi o Mason, tal como seria de esperar porque este não revela as suas verdadeiras intenções e também não sabemos bem o que ele quer nem as suas motivações.
"Perigo Irresistível" é um romance que nos surpreende a cada página e que nos vai mostrar que as coisas nem sempre são o que pensamos.
terça-feira, 14 de julho de 2015
[Opinião] "Os Muitos Nomes do Amor" de Dorothy Koomson (Porto Editora)
Sinopse:
Clemency Smittson foi adotada em bebé, e a única ligação à mãe biológica é um berço de cartão com borboletas pintadas à mão. Agora adulta, e em constante conflito com sentimentos de perda e rejeição, decide mudar drasticamente de vida e voltar a Brighton, a cidade onde nasceu.
Mas Clem não sonha que é lá que vai encontrar alguém que sabe tudo sobre a sua caixa das borboletas e a verdadeira história dos seus pais biológicos.
E quando percebe que nem tudo é o que parece, e que talvez tenha sido injusta com aqueles que mais a amam, haverá tempo para recuperar o que foi perdido?
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 472
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04755-7
Opinião:
"Os Muitos Nomes do Amor" é o segundo livro que leio da Dorothy Koomson. Esta autora conquistou-me imediatamente e quando vi que este ia ser lançado eu sabia que o tinha de ler. É escusado dizer que parti com expectativas muito elevadas para este.
O que me fascina nesta autora é o facto desta conseguir pegar num assunto do dia-a-dia e criar uma obra literária fantástica e viciante.
Adorei a personagem da Clemency, esta ainda não tem uma identidade bem definida, não se sente bem na sua vida e há um grande desconhecimento acerca de si mesma. Adoptada por uma família quando ainda era bebé, nunca se sentiu em casa devido a diferenças culturais. Aos poucos vamos compreendendo o que ela e a sua família passaram e que há muitos segredos que ela tem de desvendar ao longo dos capítulos.
A personagem que mais detestei foi mesmo a Nancy, esta não tem qualquer personalidade e vive cheia de inveja e apenas para infernizar a vida da sua prima Clem.
Esta história vai-nos deixar irritados, frustrados e também com uma sensação enorme de que o amor é muito mais do que laços de sangue e que por ele todos os sacrifícios são feitos.
Dorothy Koomson consegue nos deixar a pensar em muitos momentos no que terá acontecido para as personagens terem certas atitudes e tomarem certas decisões.
"Os muitos nomes do amor" é um romance completo e que será um excelente companheiro de leitura deste verão.
terça-feira, 30 de junho de 2015
[Opinião] "Beijo Fatal" de Jeff Abbott (Porto Editora)
Sinopse:
Whit Mosley, juiz de paz na cidade de Port Leo, Texas, é um rapaz novo e descontraído, tanto na vida como no cargo. Em ano de reeleição, não parece muito interessado em lutar pelo seu emprego, o último numa longa lista de falhanços profissionais.
No entanto, as águas da pacata cidade costeira não vão demorar muito a agitar-se: uma noite, Whit é convocado para atestar um óbito. O cadáver pertence ao filho de uma senadora, regressado à terra natal depois de uma carreira no mundo da pornografia. Terá sido suicídio, alimentado por uma antiga tragédia familiar? Ou será que um assassino obcecado o usou como peão num jogo deturpado?
Quando Whit desafia a pressão política e começa a investigar, ele e a detetive Claudia Salazar põem as suas carreiras - e as suas vidas - em perigo, expondo um ninho de barões da droga, vigaristas e tubarões sedentos de poder, todos em busca de sangue.
Mas nas areias quentes de Port Leo há segredos ainda mais obscuros enterrados… e ninguém é o que parece ser.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 368
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04765-6
Opinião:
Há muito tempo que não pegava num livro dentro deste género literário. Foi realmente uma fuga ao que tinha andado a ler recentemente e isso permitiu-me uma melhor compreensão do texto. Este livro está assombroso. Finalmente posso dizer que um autor me conseguiu surpreender com o final, já que ultimamente tenho adivinhado facilmente como terminará a história.
Neste livro seguimos a investigação de um aparente suicídio onde nem sempre o que cada personagem transparece é a realidade, e onde há muito a concluir e a inferir. A verdade nem sempre é a que pensamos.
"Beijo Fatal" é um livro viciante e que nos vai fazer ficar agarrados a cada página.
Whit Mosley parece-nos, inicialmente um homem preso numa cidade que não gosta e num cargo que nunca desejou. Mas, ao longo da história vamos conhecendo-o cada vez melhor e acabamos por descobrir outras facetas deste que não estávamos à espera. Em parceria com este temos a investigadora Cláudia que não tem medo de enfrentar quem quer que seja em nome da verdade.
Um aparente suicídio deixa a cidade em alvoroço, a vida obscura de Peter James Hubble, filho de uma proeminente política local. Todos querem acelerar o processo e as duas personagens principais sofrem uma grande pressão para apressarem o processo e abafarem o caso. Mas as evidências apontam noutro sentido que poderá trazer problemas aos dois personagens.
Quem será o Lâmina que o autor nos apresenta logo no primeiro capítulo?
Um livro muito interessante e surpreendente.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
[Opinião] "Inês da minha alma" de Isabel Allende (Porto Editora)
Sinopse:
Inés Suarez é uma jovem e humilde costureira, oriunda da Extremadura, que embarca em direção ao Novo Mundo para procurar o marido, extraviado pelos seus sonhos de glória no outro lado do Atlântico. Anseia também por uma vida de aventuras, vedada às mulheres na sociedade do século XVI.
Na América, Inés não encontra o marido, mas sim uma grande paixão: Pedro de Valdivia, mestre de campo de Francisco Pizarro, ao lado de quem Inés enfrenta as incertezas da conquista e fundação do reino do Chile.
Neste romance épico, a força do amor prevalece sobre a rudeza, a violência e a crueldade de um momento histórico inesquecível. Pela mão de Isabel Allende, confirma-se que a realidade pode ser mais surpreendente que a ficção, e igualmente cativante.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 328
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04749-6
Idioma: Português
Opinião:
O primeiro livro que li de Isabel Allende foi "O jogo de Ripper", o qual foi criticado aqui no blog na altura em que foi lançado. Este primeiro livro custou-me a ler inicialmente. Quando soube que seriam lançados novos livros da autora, decidi, com algum receio, dar uma nova tentativa à escrita desta autora que é tão famosa em todo o mundo. E ainda bem que o fiz, este registo é completamente diferente do outro e é bem patente ao longo da história que a autora está mais à vontade com este estilo de escrita, portanto "Inês da minha Alma" foi um livro que rapidamente percorri as suas páginas e fiquei viciada nas personagens. Isto foi de tal forma intenso que me custava a ler as partes em que Allende nos mostra o contexto histórico, queria rapidamente seguir as personagens que ela escrevia no papel e aventurar-me com estas pelas densas florestas e áridos desertos desbravando novos mundos até então inexplorados.
O que me surpreendeu mais acerca desta história é o facto de ser baseada em personagens e feitos reais, Inês deveria ser uma mulher de fibra que gostaria de conhecer. Admirei-a desde o primeiro momento e é bem patente todo o processo criativo que Allende teve na sua construção a par da sua pesquisa bibliográfica, a qual não deve ter sido fácil porque os historiados tinham tendência a se esquecerem das mulheres, portanto os seus feitos ainda deveriam ser mais notáveis para que figurasse nos livros da época.
Inês foi uma mulher de paixões intensas e que vivia em função dos seus sentimentos,ignorando muitas vezes o que era correcto e apropriado para os olhos da sociedade, caso isso fosse contra o que ela pensava. Aos poucos vemos esta mulher a amadurecer de menina para mulher madura e acompanhamos os seus passos nos momentos chave da história da formação do Chile.
"Inês da minha alma" é mais do que um livro de amor, é uma autêntica obra de arte acerca de emoções e de momentos chave das nossas vidas e das decisões que podem mudar o curso de um país e de uma população.
terça-feira, 2 de junho de 2015
[Opinião] "A Pedra das Lágrimas - volume I" de Terry Goodkind (Porto Editora)
Sinopse:
Richard e Kahlan conseguiram finalmente vencer o poderoso Darken Rahl. Contra todas as probabilidades, encontram também uma forma de viver algo que julgavam impossível: o seu amor.
No entanto, o que parecia ser o início de um longo idílio é bruscamente interrompido: o véu para o mundo inferior foi rasgado. Darken Rahl, agora no reino dos mortos, é colocado ao serviço de um poder ainda mais sinistro, pior do que qualquer outro: o Guardião do mundo inferior pretende governar também os vivos, aprisionando-os num limbo eterno. O único capaz de o deter é Richard, o homem que nasceu para a verdade e que foi marcado pela morte.
Guerra, sofrimento, tortura e mentiras envolvem nas suas teias o seeker e a Madre Confessora. Um destino de morte violenta - ou uma existência condenada ao calvário perpétuo - parece certo, a menos que a sua coragem e fé, e um pouco de sorte, os conduzam à chave que pode circunscrever o poder do Guardião: a Pedra das Lágrimas.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 488
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04748-9
Opinião:
Com a morte de Darken Rahl tudo parecia que iria regressar à normalidade e que, finalmente, Kahlan e Richard poderiam ser felizes e todos os obstáculos tinham sido ultrapassados. Mas um novo perigo se avizinha e um novo mistério tem de ser resolvido, um objecto imprevisto aparece no nosso mundo e assim nasce este novo livro "A Pedra das Lágrimas - volume 1", uma vez que a Porto Editora vai publicar este livro em duas partes.
Já tínhamos conhecido as personagens nos volumes anteriores e é com prazer que os vamos revisitando ao longo deste volume. Também surgem novas personagens e novos mistérios a resolver, como é o caso das Irmãs da Luz e das Irmãs das Trevas. A sua natureza e relação com o dom e de onde elas vêm ainda é um mistério a decifrar.
Neste volume acompanhamos a luta de Richard contra o dom e como ele o rejeita, decido a não ceder e tenta convencer-se que realmente não o tem. Ele odeia a magia e não quer acreditar no que está diante dos seus olhos, Kahlan tenta o ajudar nesta situação mas, os seus esforços podem sair gorados com a chegada de três estranhas que se denominam como Irmãs da Luz. O casamento muito aguardado poderá ter de ser adiado. Estas três querem convencer Richard que o melhor a fazer é colocar uma coleira para controlar o seu poder, mas será que ele vai aceitar, tendo em vista o seu passado?
Um romance surpreendente e uma continuação soberba de um livro que me fascinou. Aguardo ansiosamente pela continuação no segundo volume.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
[Opinião] "O Bizarro Incidente do Tempo Roubado" de Rachel Joyce (Porto Editora)
Sinopse:
Em 1972, foram adicionados ao tempo dois segundos para compensar o movimento de rotação da Terra. Byron Hemmings está fascinado por este fenómeno. Nesse mesmo ano, envolve-se num acidente de consequências devastadoras.
Byron e James Lowe, o seu melhor amigo, estão convencidos de que a culpa foi daqueles dois segundos. Assim, decidem iniciar uma investigação para apurar as verdadeiras razões de tal acidente. Mas desafiar o destino pode ser perigoso…
Rachel Joyce confirma o seu talento de grande romancista, com este retrato de uma família levada ao desespero pela obsessão de uma criança.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 360
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04731-1
Opinião:
"O Bizarro Incidente do Tempo Roubado" de Rachel Joyce é um romance acerca de como um momento pode alterar a nossa vida de uma forma irrevogável e alterar todo um percurso de uma pessoa.
O conceito utilizado pela autora como premissa do livro é bastante interessante e um tema pouco conhecido ou mesmo abordado na literatura, o que o torna mais curioso e desperta a atenção do leitor. O que poderia acontecer com o aumento dos dois segundos e como uma criança vê essa questão. Também é importante ter em atenção como uma obsessão como a que Byron vai desenvolver acerca do tema pode alterar toda a sua percepção da realidade
Adorei o Byron e da sua mãe, achei que estes tinham uma relação muito próxima e cúmplice mesmo que não tivesse acontecido o incidente que vai alterar tudo eles continuaram a ter uma grande proximidade. Diana surge como a perfeita dona de casa, no início do livro, e ao longo das páginas e do desenrolar da acção vemos que ela é algo mais e que esconde um passado mais rico e cheio de promessas que deixou para trás e que desistiu quando se casou e desistiu de tudo para se tornar mãe e mulher. Mesmo o seu marido quer que ela fique em casa e se comporte como uma boa dona de casa. O que ainda acontece na actualidade, tragicamente. Por seu lado, Byron faz tudo para proteger a mãe e a sua reação ao longo do livro é evidente que a idolatra e demonstra o seu lado carinhoso e afectuoso.
A autora conta-nos a história em dois tempos, em que desvendamos aos poucos os efeitos e as consequências dos acontecimentos daquele dia fatídico em que Byron associa o aumento dos dois segundos.
Foi um dos melhores romances que li ultimamente. "O Bizarro Incidente do Tempo Roubado" é um livro que nos vai surpreender até à última página.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
[Opinião] "Uma Morte Impossível" de Ian Rankin (Porto Editora)
Sinopse:
Malcom Fox, inspetor do Departamento de Assuntos Internos, e a sua equipa estão de volta. Desta vez, acabam de ser enviados a Fife para averiguar possíveis ligações de polícias locais a uma investigação em curso, que tem como alvo um agente corrupto do Departamento de Investigação Criminal, o detetive Paul Carter. Carter é acusado de conduta imprópria, sendo que a denúncia foi feita pelo próprio tio, também agente da polícia. No entanto, o que à partida parece um caso simples depressa se complica, e a teia de conspirações e encobrimentos adensa-se quando um brutal assassinato vem a lume, comprometendo toda a investigação.
Uma Morte Impossível é um livro envolvente, que vem provar, uma vez mais, a razão por que Ian Rankin é considerado um dos escritores de policiais mais brilhantes de língua inglesa.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 448
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04428-0
Idioma: Português
Opinião:
"Uma Morte Impossível" é uma autêntica obra de arte que nos leva numa viagem cheia de mistério que nos vai surpreender a cada página.
Este foi o primeiro livro que li deste autor e com estas personagens, apesar de me ter custado bastante a ler inicialmente e a compreender as relações entre as personagens mas depois acabei por entrar na história e apreciar os pormenores de cada vida e como os caminhos de todos se entre-cruzam ao longo dos anos.
Em "Uma Morte Impossível", Ian Rankin nos vai revelando aos poucos os acontecimentos num romance viciante e vibrante em que nos vai deixar ansiosos pelo final que desvendamos apenas nas últimas páginas e que tememos não chegar a descobrir tudo. E, mesmo com as nossas suspeitas, o autor nos consegue surpreender nos últimos parágrafos e faz o leitor se sentir um verdadeiro investigador seguindo pistas e becos sem saída.
Senti uma grande empatia pela irmã da personagem principal, a Jude, ela é retratada como uma mulher sofrida e que luta todos os dias por uma vida melhor, mas que nem sempre consegue. Isso faz com que esta se sinta frustrada e acabe por descarregar naqueles que lhe estão mais próximos.
Um excelente livro que não se consegue largar até ao final.
terça-feira, 28 de abril de 2015
[Opinião] "O ano mais Estúpido do meu irmão mais novo - Volume 3" de Miguel Morais (Porto Editora)
Sinopse:
Olá, eu sou o Miguel, e este é o diário do palerma do meu irmão mais novo! Nele vais poder ler os seus enormes disparates, em casa e na escola, esgotando a paciência à família e à professora. Tirando a adoração que tem pelo futebol, seja na PlayStation ou com caneladas a sério, tudo lhe faz confusão e o empurra para um conjunto de trapalhadas, não havendo limites para tamanha estupidez. Até mesmo a Francisca, a miúda por quem ele se apaixonou, quer distância da sua cabeça oca! Mas nem isso ele consegue perceber…
Olá, eu sou o Gonzo! Posso não ter a inteligência do meu irmão mais velho, mas isso não me impede de curtir a vida. Neste livro, acompanha-me no regresso às aulas (que seca!), logo a seguir à viagem que fiz à ilha da Madeira, onde pude visitar o museu do Cristiano Ronaldo! Vê como melhorei a minha capacidade de contar anedotas e como me diverti a fazer vídeos com a minha câmara de filmar, para depois os colocar na Internet. Não percas também a chegada à turma do meu primeiro colega estrangeiro e toda a alegria em volta da época natalícia, que, mais do que uma festa de gulodice, se transformou num momento muito especial entre mim e a Francisca!
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 160
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-72780-0
Coleção: O Ano Mais Estúpido do Meu Irmão Mais Novo
Idioma: Português
Opinião:
Este e o terceiro e derradeiro volume da colecção que nos apresentou o Gonzo, chegou portanto o momento do balanço da leitura e dos três livros. Não me quero repetir em relação ao que já referi anteriormente e portanto vou fazer um apanhado geral e conclusões.
Quem já leu os outros volumes, já conhece o Gonzo e com o que ele escreve no seu diário. Por vezes é totalmente absurdo mas é sempre muito divertido de ler. Neste terceiro volume, ele nos vai surpreender pela positiva e acabamos por desmontar muitas das nossas ideias pré-concebidas. Achei muito interessante esta visão do personagem e acho que o autor nos fecha com chave de ouro, não concluindo todos os assuntos porque a vida é muito mais do que aquele ano.
Quando escrevemos um livro em que o humor seja o centro de toda a trama é bastante complicado manter o ritmo e conseguir surpreender o leitor. Quando se trata de três livros o problema ainda é mais complicado, como é que se consegue escrever mais sem se repetir nem sequer desapontar os leitores? Este é um obstáculo muito pertinente e muito importante para provar a qualidade do autor. E Miguel Morais conseguiu cumprir o que "prometeu" aos seus leitores e os três volumes são uma delícia de se ler.
O final em aberto deixa-nos com a sensação de que um dia o autor nos poderá voltar a mostrar algumas tropelias que o Gonzo ainda pode fazer.
terça-feira, 21 de abril de 2015
[Opinião] "O Ano mais estúpido do meu irmão novo - volume 2" de Miguel Morais (Porto Editora)
Sinopse:
Olá, eu sou o Miguel, e este é o diário do palerma do meu irmão mais novo! Nele vais poder ler os seus enormes disparates, em casa e na escola, esgotando a paciência à família e à professora. Tirando a adoração que tem pelo futebol, seja na PlayStation ou com caneladas a sério, tudo lhe faz confusão e o empurra para um conjunto de trapalhadas, não havendo limites para tamanha estupidez. Até mesmo a Francisca, a miúda por quem ele se apaixonou, quer distância da sua cabeça oca! Mas nem isso ele consegue perceber…
Olá, eu sou o Gonzo! Posso não ter a inteligência do meu irmão mais velho, mas isso não me impede de curtir a vida. Neste livro, vê como me deliciei com os bolos da pastelaria da minha tia Rosa e como reagiu o Tremeliques à chegada de um novo animal de estimação. Acompanha-me no final do ano escolar (será que passei?), nas festas dos santos populares e nas férias de verão, divididas entre as praias do Algarve e a pasmaceira de Trás-os-Montes. Descobre também que instrumento musical aprendi a tocar e como a música se tornou importante nos meus planos para conquistar a Francisca. Sim, porque todas as miúdas giras gostam de uma boa serenata!
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 160
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-72779-4
Coleção: O Ano Mais Estúpido do Meu Irmão Mais Novo
Opinião:
Depois de ler o primeiro volume desta colecção, cuja critica já foi publicada aqui no blog anteriormente. Fui contactada pelo autor o Miguel Morais, o qual me cedeu gentilmente o resto dos livros para critica. Fiquei surpreendida com o livro anterior, pelo seu humor e isto fez com que já partisse com expectativas elevadas para a leitura seguinte. Isto pode ser bastante prejudicial porque criamos com antecedência uma ideia pré-concebida de como as coisas podem estar.
Pois bem, eu já imaginava que o Gonzo iria continuar a fazer das suas, e as minhas suspeitas revelaram-se verdadeiras. Os quatro meses que se seguiram, Maio a Agosto, estão repletos de ideias e de acontecimentos mirabolantes que nos vão fazer pensar em como é possível tal acontecer. Continuamos a soltar algumas valentes gargalhadas ao longo do desenrolar da acção.
O aspecto que, na minha opinião, é uma vantagem para estes livros é o facto de cada entrada diária ser muito curta e portanto é bastante concisa e directa, facilitando a leitura e também o seguimento da história.
Miguel Morais continua a demonstrar o seu talento a escrever livros infanto-juvenis e este livro é uma excelente continuação. Mantendo-nos curiosos acerca do que irá acontecer nos últimos quatro meses do ano. Será que Gonzo vai conseguir o amor da sua vida? E se conseguir será que é tudo como ele imagina?
terça-feira, 14 de abril de 2015
[Opinião] "O paraíso são os outros" de Valter Hugo Mãe (Porto Editora)
Sinopse:
O amor constrói. Gostarmos de alguém, mesmo quando estamos parados durante o tempo de dormir, é como fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares.
O paraíso são os outros é a história que nos conta uma menina que observa como são os casais. Casais de pessoas e casais de animais. Uma menina a quem o amor intriga e fascina. Ao imaginar a vida dos outros, sonha com a sua pessoa desconhecida que um dia há de amar. Pode até ser o Miguel ou não - há tanta gente maravilhosa!
Ao inventar a felicidade, ela já sabe tudo o que é preciso para se ser casal. Um livro que parte da inocência pueril e toca também a sabedoria dos mais crescidos.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 48
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04700-7
Opinião:
Como eu referi anteriormente ainda não tinha lido nada de Valter Hugo Mãe. Um erro grande já que ele é meu conterrâneo. Assim sendo, "O Paraíso são os Outros" foi o primeiro livro que li deste autor. E já comecei a conhecer a sua obra.
O primeiro aspecto que vou salientar vão ser as ilustrações. Por várias vezes referi que um dos pontos mais importantes dos livros infantis são as ilustrações e a forma como estas se relacionam com o texto e com o leitor, neste caso, não só as crianças que leiam este livro, mas também os pais. Neste caso, as ilustrações enquadram-se no tema do livro e na história que o autor quer transmitir. Quando lemos a história as ilustrações cumprem mesmo os seus propósitos e nos ajudam na viagem que Valter Hugo Mãe nos propõe com este livro.
Quanto à história, esta é bastante densa e aborda imensos temas relevantes acerca do amor e das relações interpessoais. Levanta temas muito importantes e actuais que são bons iniciadores de conversas com os nossos filhos de forma a lhes mostrar como é a vida e mostrar-lhe as diversas formas de amar, e também as formas correctas e erradas.
Um livro que me surpreendeu pela positiva.
quarta-feira, 25 de março de 2015
[Opinião] "Hotel Sunrise" de Victoria Hislop (Porto Editora)
Sinopse:
Famagusta, no Chipre, é uma cidade dourada pelo calor e pela sorte, o resort mais requisitado do Mediterrâneo. Um casal ambicioso decide abrir um hotel que prime pela sua exclusividade, onde gregos e cipriotas turcos trabalhem em harmonia.
Duas famílias vizinhas, os Georgious e os Özkans, encontram-se entre os muitos que se radicaram em Famagusta para fugir aos anos de inquietação e violência étnica que proliferam na ilha. No entanto, sob a fachada de glamour e riqueza da cidade, a tensão ferve em lume brando…
Quando um golpe dos gregos lança a cidade no caos, o Chipre vê-se a braços com um conflito de proporções dramáticas. A Turquia avança para proteger a minoria cipriota turca e Famagusta sucumbe sob os bombardeamentos. Quarenta mil pessoas fogem dos avanços das tropas.
Na cidade deserta, restam apenas duas famílias. Esta é a sua história.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 352
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04730-4
Opinião:
Ainda há pouco tempo, vi um documentário na televisão acerca da Famagusta e quando li a sinopse deste romance achei que seria interessante ler e o livro suplantou as minhas expectativas. Eu já tinha lido o "A Ilha" desta autora e tinha adorado e portanto tinha uma fasquia elevada para este livro e portanto também tinha um pouco de receio que a autora falhasse e que "Hotel Sunrise" não fosse um livro tão bom.
Vitoria Hislop, leva-nos numa viagem por um mundo cheio de movimento, de projetos e de promessas que não chegaram a ser cumpridas. Neste livro vemos como as vidas das personagens podem mudar de um momento para o outro (tal como na vida real).
Um dos aspectos que mais me chamou a atenção foram as referências históricas e todo o trabalho de pesquisa que a autora teve de fazer para que a história estivesse correcta e não induzir o leitor em erro.
Aphroditi é descrita pela autora como uma mulher sensual e bela tal como a Deusa que lhe deu o nome. Ao longo do livro ela parece-nos uma contradição, por vezes ela quer ser mais do que lhe dão crédito, outras comporta-se exactamente como esperam dela. Esta personagem evolui bastante ao logo do livro e vai-nos surpreender.
A personagem que mais detestei foi o Savvas o marido de Aphroditi, achei-o demasiado egoísta e arrogante, Repleto de ideias de grandeza e que dava pouca importância à mulher, tratando-a como um objecto que possuía.
Os momentos mais dramáticos são descritos nos capítulos pós-ocupação, quando as duas famílias estão isoladas e têm de depender uns dos outros e confiarem. Estes momentos dão emoção à história e não vão deixar os leitores indiferentes. Eu senti o coração apertado em vários momentos o longo da história.
quinta-feira, 19 de março de 2015
[Opinião] "O ano mais estúpido do meu irmão mais novo" de Miguel Morais (Porto Editora)
Sinopse:
Olá, eu sou o Miguel, e este é o diário do palerma do meu irmão mais novo! Nele vais poder ler os seus enormes disparates, em casa e na escola, esgotando a paciência à família e à professora. Tirando a adoração que tem pelo futebol, seja na PlayStation ou com caneladas a sério, tudo lhe faz confusão e o empurra para um conjunto de trapalhadas, não havendo limites para tamanha estupidez. Até mesmo a Francisca, a miúda por quem ele se apaixonou, quer distância da sua cabeça oca! Mas nem isso ele consegue perceber…
Olá, eu sou o Gonzo! Posso não ter a inteligência do meu irmão mais velho, mas isso não me impede de curtir a vida. Neste livro, não percas a chegada a casa do meu animal de estimação nem os meus jogos de futebol do campeonato da escola. Descobre também como resolvi melhorar a minha imagem com uma tesoura de cortar peixe e como criei a minha fantástica alcunha. Entra nas minhas aventuras de geocaching, vê como me diverti no Carnaval e na Páscoa e como me comportei na apresentação à família da feiosa namorada do meu irmão. Ah, claro, e prepara-te para conheceres o plano brilhante que elaborei para conquistar a Francisca!
Ficha técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 144
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-72778-7
Opinião:
Já há muito tempo que não me ria tanto quando lia um livro. "O ano mais estúpido do meu irmão" mostra—nos as peripécias de Gonzo escritas na primeira pessoa. Vemos o mundo pelos seus olhos e tentamos perceber a sua lógica e visão do mundo, o que cria os momentos divertidos.
Gonzo é caracterizado como um menino bastante confuso e com uma visão muito particular do mundo, a qual muitas vezes nos ilude e ignoramos, sendo assim o autor consegue arrancar gargalhadas ao leitor.
O autor utiliza uma linguagem que é natural para a idade do personagem e nos mostra como, por vezes termos mais acesso à informação através da Internet não nos torna mais inteligentes. Caso não saibamos trabalhar essa informação podemos tomar decisões erradas e ficar com noções erróneas.
Um livro muito divertido que vai agradar a miúdos e graúdos.
Depois de ler este livro fiquei com curiosidade para ler o restante da história e ver que novas decisões o Gonzo vai tomar e que novas gargalhadas nos vão arrancar.
quarta-feira, 11 de março de 2015
[Opinião] "Quatro" de Veronica Roth (Porto Editora)
Sinopse:
Dois anos antes de Beatrice Prior ter feito a sua escolha, o filho de 16 anos do líder dos Abnegados fez o mesmo. A transferência de Tobias para os Intrépidos é a última oportunidade para um recomeço. Na nova fação não será conhecido pelo nome que os pais lhe deram, pois não permitirá que o medo o reduza a uma criatura indefesa.
Agora conhecido como "Quatro", Tobias depressa descobre que os Intrépidos foram a opção certa. No entanto, a Iniciação é apenas o começo, pois Quatro terá de conquistar o seu lugar na hierarquia da nova fação. As suas decisões afetarão futuros Iniciados, além de deixarem a descoberto segredos que poderão ameaçar o seu próprio futuro - e o futuro de todo o sistema de fações.
Dois anos depois, Quatro quer intervir, mas hesita no caminho a seguir. A primeira pessoa a saltar para a rede pode mudar tudo. Com ela, a solução para mudar o mundo pode tornar-se mais clara. Com ela, ser simplesmente Tobias volta a ser uma possibilidade.
Para os fãs da saga Divergente, pela autora bestseller do New York Times Veronica Roth, surge Quatro, um volume complementar que inclui quatro novas histórias anteriores à narrativa principal e três cenas exclusivas de Divergente - todas contadas do ponto de vista de Tobias Eaton.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 208
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04725-0
Opinião:
Os fãs da trilogia Divergente estavam ansiosos pela chegada de "Quatro", em que Veronica Roth conta alguns dos eventos ocorridos na saga e que também a precedem segundo o ponto de vista do Tobias.
Em "Quatro" vamos conhecer melhor a história deste personagem que nos parece tão enigmático nos livros que pertencem à trilogia e que muito ficou por compreender acerca deste e de como ele foi parar àquele lugar onde ele não pertencia e acabou por conseguir singrar e ser conhecido por todos e também temido.
Ao ler estas páginas compreendi a afirmação da autora em que o Tobias não servia para ser a personagem principal da trilogia, este personagem não podia transmitir o que a Tris transmitiu aos leitores e seria mais difícil de sentirmos empatia com este personagem.
Em "Quatro" vamos conhecer mais em pormenor o passado de Tobias e como ele se tornou naquele homem e o seu percurso até àquele lugar e à posição que chegou. Vamos compreender melhor a sua relação com o pau e também vamos ler as suas primeiras impressões acerca da Tris e de alguns dos momentos mais importantes da trilogia.
O meu conto preferido do livro é o "O Filho" acho que nesta parte Veronica Roth foi explorar o lado mais humano desta personagem e das suas relações familiares, com o pai e a mãe. Aqui conseguimos compreender melhor o dilema interno desta personagem e como toma as decisões que já nos são tão conhecidas da saga.
Achei bastante interessante ler este livro, é uma nova perspectiva da história e aqui a autora mostra-nos as personagens e as suas atitudes mantêm-se consistentes com o resto da trilogia e portanto isso é um grande ponto positivo para os fãs desta saga. Mas, por outro lado, fiquei com um sentimento de nostalgia quando o li porque revi as personagens pelas quais me apaixonei nos outros livros e sinto que este foi como um fechar do ciclo e estes vão deixar saudades.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
[Opinião] "Se eu fosse..." de Richard Zimler (Porto Editora)
Sinopse:
Imagine ser capaz de voar como uma borboleta, saltar como um canguru ou espreitar o cimo das árvores como uma girafa. Todos sabemos que as crianças, frequentemente, fantasiam que conseguem adquirir as características extraordinárias dos animais, desde os mais pequenos aos mais majestosos. E é bom que o façam! Porque os mais jovens têm de "viver" estas transformações e ter aventuras libertadoras para se tornarem adultos criativos e imaginativos, capazes de realizarem os seus sonhos.
Se eu fosse… é um livro que encoraja as crianças (e talvez os seus pais também!) a ultrapassarem as suas limitações. Este livro convida os mais jovens a nadarem como um peixe tropical ou a cantarem como um melro - ou até mesmo a afastarem os banhistas da praia com o "sorriso" de um tubarão!
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 48
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-71007-9
Idioma: Português
Opinião:
Richard Zimler já é conhecido no mercado português pelos seus livros noutras áreas da literatura. Este "Se eu fosse..." é um livro orientado para os mais novos com o intuito de lhes estimular a memória e o conhecimento.
Quem nunca brincou, em criança, ao faz de conta. A imaginação não tem limites e neste livro esse é o tema central. Quando imaginamos podemos ser tudo o que queremos e isso é algo que todos nós fazemos e é algo que perdemos ao longo do tempo. E este livro estimula isso quer nas crianças quer nos adultos que lêem este livro aos mais pequenos.
As ilustrações são coloridas e estimulam a imaginação das crianças e as frases pequenas deixam muito para se brincar e sonhar.
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