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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

[Opinião] “Quando o Ódio Matar” de Carina Bergfeldt (Planeta)



Sinopse:

Um thriller que rompe com os estereótipos do género. Finalmente um sopro de ar fresco neste género!

Com grande minúcia, uma mulher planeia a morte da pessoa que converteu a sua vida num inferno, o pai. Uma nota no frigorífico com as palavras: «Matar o papá» recorda-lhe qual o motor que impulsiona agora a sua vida. Enquanto o plano parricida avança, é encontrado o cadáver de uma mulher num lago da cidade de Skövde; tudo aponta para uma morte violenta. A inspectora Anna Eiler trabalha no caso, mas não é a única: duas jornalistas locais, realizam a sua própria investigação.

As três têm razões pessoais para resolver o assassínio, as três escondem algo, mas só uma delas é capaz de preparar a sangue-frio um crime mais atroz do que aquele que pretende resolver. Não conseguirá parar de ler até descobrir de qual das três se trata!

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 384
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896575199

Opinião:

O thriller é um estilo que tem crescido ao longo dos últimos anos. Temos visto, recentemente um aumento na produção e edição de livros desta área da literatura, tendo sido, principalmente, na literatura nórdica que se encontram alguns desses nomes mais recentes. E têm conquistado o mercado português.

Já há algum tempo que não lia um thriller tão intenso e que nos vai deixar agarrados desde a primeira página e que nos vai fazer ponderar todos os aspectos e nos tirar o tapete muitas vezes.

“Quando o Ódio Matar” é um romance no qual podemos considerar ter duas tramas centrais que estão relacionadas uma com a outra, se bem que indirectamente, uma das personagens está envolvida nas duas mas não sabemos quem é. E esse é um dos mistérios deste livro. Dentro deste género literário é um livro que se enquadra perfeitamente e que vai deixar os leitores interessados. Mas na minha opinião é um livro muito pesado e que no início torna-se muito fácil para o leitor se perder na narrativa uma vez que tem muitas personagens e isso pode dificultar a leitura e compreensão iniciais do mesmo. Dificultando, assim, ao leitor o mergulhar na história.

O que nós podemos concluir logo da personagem mistério é que está é bastante metódico e gosta de programar as coisas com premonição e atenção ao pormenor. É uma personagem muito revoltada e que se sente acima de tudo muito só.

Quanto ao caso da mulher assassinada, penso que podia estar melhor, já que se perde um pouco do fio condutor da história por vezes e que há algo que nos escapa em relação a essa parte do livro.

O final, esse, é surpreendente em ambas as histórias. E vai deixar o leitor boquiaberto.

Este foi um livro que demorei algum tempo a ler devido à sua intensidade e trama. é um livro no qual é bastante difícil de fazer previsões acerca do que vai acontecer.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

[Opinião] “O Vestido Cor de Pêssego” de R. A. Stival (Planeta)


Sinopse:

O general Amadeus Barnard, da Cavalaria Ligeira da Grande Armée de Napoleão, tinha um título de nascimento. Propriedades. Uma biblioteca preciosa. Era um herói nacional. Bonito como o diabo.

Adeline Boissinot só tinha dois vestidos. Não: apenas um vestido - o que trouxera no corpo quando rumara até Paris, atrás de um sonho que nunca se realizaria... O outro, o vestido castanho que usava durante o dia e fora adaptado ao seu corpo delicado, era o vestido da criadagem.

E ele era o seu patrão.

Excerto

«O toque dela era inebriante e Amadeus sentia-se a resvalar para a inconsciência de quem era, do lugar onde estava, de qual era a sua situação… Sentia que a cabeça repousava na maciez dos seios dela, e que os seus dedos suaves lhe mexiam delicadamente, deixando-o em brasa. Mas que importavam agora as coisas do mundo? Posição social? Idade? Instrução? Naquele instante, nada importava a não ser aquele toque, aquela suavidade na sua pele que lhe acelerava o sangue e provocava um desejo galopante a apoderar-se de cada fibra do corpo. Tinha ímpetos de apertar cada vez mais os dedos no tecido da camisa que tinha entre as pernas, em desespero, pois não queria que ela visse até que ponto estava a mexer com os seus sentidos…»

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 320
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896575328

Opinião:

“O Vestido Cor de Pêssego” é um romance histórico escrito por uma autora brasileira, R. A. Stival, que vive em Portugal. A acção decorre durante a revolução francesa e anos subsequentes até à queda de Napoleão. Este livro foi uma surpresa que a Planeta me fez e fiquei encantada com o livro, a sua histórias e como nos envolvemos com as personagens.

R. A. Stival conta-nos a história de Adeline, as suas aventuras e desventuras desta personagem e como esta vai enfrentar todas as dificuldades que a autora lhe coloca pelo caminho. O que eu mais gosto num livro são as personagens que o compõem, adoro personagens fortes e decididas, confiantes nas suas próprias capacidades e que não se deixam intimidar pelas dificuldades tentando sempre ser algo mais do que pensavam e do que queriam ser.

Adeline mostra-se uma mulher disposta a ser tornar independente e provar ao seu prometido de infância que é uma mulher digna e nesse percurso o seu caminho leva-a para a casa do General Amadeus Barnard. E esta sua escolha vai mudar o rumo das suas vidas e criar uma relação que seria impossível na época. Eles têm de enfrentar os preconceitos da época e tentar encontrar uma forma de estarem juntos.

Ambas as personagens têm personalidades fortes e amam intensamente. Criando, assim, momentos mais quentes e intensos que nos fazem sentir todas as palavras escritas pela autora. Tendo reviravoltas interessantes que nos vão tirar o tapete quando pensamos que esta seguiria um certo rumo.


Este romance é completo e intenso deixando-nos viciados na história, eu fiquei até de madrugada acordada a ler porque queria saber como a história acabava. Recomenda-se vivamente.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

[Opinião] “Surpreende-me” de Megan Maxwell (Planeta Manuscrito)


Sinopse:

Björn é um atraente advogado a quem a vida sempre sorriu. É um homem ardente, alérgico ao compromisso e agrada-lhe desfrutar da companhia feminina nos seus jogos sexuais. Melanie é uma mulher de acção. Como piloto do exército americano está acostumada a levar a vida ao limite, no entanto, a sua principal missão é a de lutar como mãe solteira pelo bem-estar da filha.

Quando o destino os põe frente a frente, a tensão entre eles torna-se evidente. O que no começo foi um encontro hostil, pouco a pouco irá converter-se Numa atracção irresistível.

Conseguirão estes dois titãs entender-se?

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 408
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896575618

Opinião:

“Surpreende-me” foi o livro com que a Planeta Manuscrito me surpreendeu na caixa do correio, sem eu estar a contar com este, cheguei a casa e lá estava ele à minha espera. Nunca li nada de Megan Maxwell e era virgem na forma de escrever dela e nas suas histórias cheias de intensidade e de erotismo com bastante morbidez e cenas explícitas.

Este romance afasta-se um pouco da minha zona de conforto e acabou por ser muito mais do que eu esperava. Pela sinopse parecia ser um livro simples, mas a realidade é que a autora vai mais além do que apenas as cenas escaldantes que a maioria dos livros deste estilo nos mostram.

Neste romance, vamos ver personagens que já eram conhecidas dos leitores e acabamos por ver o que é raro num autor, o que acontece depois do final da trilogia.

Björn é um homem atraente e que consegue colocar qualquer mulher que queira maluca e não encontrou ainda uma mulher que o ignorasse até conhecer Melanie e como esta o rejeita, isso aumenta a curiosidade dele e aguça-lhe o apetite. A tensão sexual entre os dois é bem patente desde o início do livro e torcemos para que os dois acabem juntos ou pelo menos que protagonizem uma das cenas mais tórridas que possamos ler e ficarmos assim saciadas da tensão que a autora nos impõe.

A autora é bastante directa e não esconde ou floreia o que pretende dizer, isto torna a evolução da história muito rápida e nos deixa vidrados.

Um romance interessante e bem inserido no estilo literário em que se insere.


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

[Opinião] "Três Segundos" de Roslund & Hellström



Sinopse:

Piet Hoffman vive duas vidas. 
Uma com uma mulher que ama e dois filhos - uma família de que não tenciona abdicar, custe o que custar - e uma outra, secreta, onde coloca em perigo tudo o que tem a cada dia que passa. 
Piet Hoffmann é o melhor informador da polícia sueca, mas só um homem sabe da sua existência. Após um caso de droga que corre mal, o antigo criminoso tem de enfrentar a missão mais difícil da vida - infiltrar-se na mais terrível prisão de alta segurança da Suécia.
O detective-inspector Ewert Grens está encarregue da investigação do assassínio relacionado com a droga. Inconsciente da verdadeira identidade de Hoffmann, Grens acredita que está na pista de um perigoso psicopata, mas não consegue deixar de sentir que lhe sonegaram ou manipularam uma informação vital relacionada com o caso.
Hoffmann possui gravações que implicam alguns dos mais proeminentes políticos da Suécia numa conspiração altamente corrupta, mas estes encontraram em Ewert Grens a arma perfeita para o eliminar.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 544
Editor: Planeta Booket
ISBN: 9789896575083
Coleção: Booket

Opinião:

"Três Segundos" é um romance muito interessante e repleto de acção e de momentos intensos. Como é habitual nos romances nórdicos, os autores mostram de uma forma muito directa os eventos e as situações em que colocam as personagens. Editado agora em livro de bolso torna-se mais acessível e mais portátil, ideal para quem passa muito tempo nos transportes e que não gosta de andar pesada.

Neste romance, o protagonista é um homem que não é o típico herói que esperamos, ele não é o homem bom que vai salvar o dia, mas sim o anti-herói que vai fazer o que tem de ser feito para salvar o dia e a sua família. Ao longo do romance vamos vendo que Piet Hoffman tudo faz para proteger os seus, mas que por vezes as suas duas vidas ficam demasiado próximas e que coloca inavertidamente aqueles que ama em risco. A sua situação começa a complicar-se quando as suas investigações começam a interferir com um caso de homicídio. Aos poucos parece que ele se vai prejudicar e que as coisas não vão acabar bem para este.

Por outro lado, temos Ewert Grens que, inavertidamente, acaba por estar a prejudicar Piet, tentando o encontrar e descobrir qual é o papel dele nesta trama toda. Este investigador não se deixa intimidar e também acaba por se deixar influenciar pelas pessoas que querem destruir Piet e o seu conhecimento e as suas provas.

Quando lemos este romance não conseguimos distinguir que foi escrito a duas mãos, estando bastante consistente e completo. Ficamps imediatamente viciados no livro e queremos conhecer o que vai acontecer de seguida ecomo ele vai conseguir sair das situações complicadas em que se envolve.

Um excelente livro que vai viciar e agradar a todos os amantes deste estilo literário.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

[Opinião] “A conquistadora O meu Reino por um Beijo” de Teresa Medeiros (Editorial Planeta)


Sinopse:

Ele é Conn, das Cem Batalhas, o rei guerreiro que forjou uma nação numa terra de clãs isolados. Na qualidade de rei supremo da Irlanda, dirige o lendário Fianna, o seu grupo de guerreiros de elite. Mas o misterioso assassínio de vários dos melhores homens de Conn ameaça o trono. Conn parte sozinho em busca de um inimigo aparentemente invencível, sem saber que vai ter de enfrentar uma mulher de olhos verde-esmeralda e cabelos cor de labaredas…

Empunhando uma espada chamada Vingança, Gelina Ó Monaghan jura derrotar o homem que considera o responsável pela ruína da sua família. Nunca imaginou que ele pudesse vencê-la em combate… e ao mesmo tempo conquistar o seu coração. A sua paixão proibida transforma-se numa guerra travada com espadas e beijos, promessas e traições – e a rendição será apenas um início…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 400
Editor: Planeta Booket
ISBN: 9789896575175
Coleção: Booket

Opinião:

“A Conquistadora” é o primeiro livro da autora Teresa Medeiros. Também é o primeiro livro da parceria com a Editorial Planeta que vai ser criticado aqui no blog. Este foi publicado recentemente na versão Book It que o torna mais fácil de transportar.

Quanto à história em si, muito se tem escrito sobre a Inglaterra no tempo dos romanos e do Rei Artur e a Irlanda é deixada de lado. Mas, a sua cultura e história é tão grande como a sua ilha vizinha e é interessante verificar a sua cultura, já que estes estiveram  fora da influência do Império Romano.

Neste romance viajamos pelos verdejantes cenários da ilha conhecida como a Ilha Esmeralda. Conn é uma personagem real que uniu os clãs. Por seu lado, Gelina é uma personagem fictícia baseada numa lenda daquela época. As duas personagens principais vão viver uma intensa relação amor-ódio, em que uma série de mal-entendidos pode condenar uma união entre duas pessoas que pertencem uma ao lado da outra.
Gelina é uma mulher forte e independente dotada de uma força de vontade enorme que toma as rédeas da sua vida.

Conn é um guerreiro do qual esperam que seja duro e forte, seguro de si e repleto de força, mas por seu lado ele tem um coração enorme, repleto de amor para dar e Gelina consegue tocar nesse lado que mais ninguém conhece.


Esta história está repleta de romance e de intensidade. A forma como a autora escreveu deixa o leitor viciado e com muita curiosidade para saber o que vai acontecer de seguida, se eles acabam juntos no final ou não.

domingo, 22 de dezembro de 2013

[Opinião] “A Cidade dos Ossos” de Cassandra Clarke (Planeta)


Sinopse:

No Pandemonium, a discoteca da moda de Nova Iorque, Clary segue um rapaz muito giro de cabelo azul até que assiste à sua morte às mãos de três jovens cobertos de estranhas tatuagens. Desde essa noite, o seu destino une-se aos dos três Caçadores de Sombras e, sobretudo, ao de Jace, um rapaz com cara de anjo, mas com tendência a agir como um idiota…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2009
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896570231
Número de páginas: 414

Opinião:

Este ano está repleto de adaptações cinematográficas de livros. E esta é mais uma delas, “A Cidade dos Ossos” faz parte de uma saga escrita pela autora Cassandra Clarke intitulada “Instrumentos Mortais”. Tal como todas as adaptações, o filme está um pouco diferente do livro em vários pormenores.

Clary é uma rapariga normal, igual a tantas outras, mas sempre um pouco à parte, não pertence em lado nenhum e sente-se deslocada, como tantos adolescentes da mesma idade. O seu mundo é abalado quando, numa discoteca, assiste a um crime que parece que mais ninguém viu, nem mesmo o seu melhor amigo, o Simon. É assim que Clary é introduzida num mundo que existe à margem do mundo humano e onde ela aparentemente pertence. Esta descoberta precipita uma série de eventos que vão fazer com que Clary se compreenda melhor e acabar por descobrir a verdade acerca do seu passado e que a sua mãe lhe ocultou e que a protegeu dessa mesma verdade.

A história é mais direccionada para o público mais jovem mas, os adultos também apreciarão a leitura porque está repleto de acção e de pormenores que saltam à vista. Também nós os adultos gostamos de ler algo que nos leve ao limite da nossa imaginação e que nos mostre algo mais do que vivemos.

A autora consegue prender o leitor desde o primeiro momento e acaba por se tornar uma leitura compulsiva.
As personagens que a autora criou são extremamente realistas e isso as torna credíveis. Gostei principalmente da Julie e do Simon, devido a serem os mais realistas de todos, com as suas inseguranças e forças servem como âncoras nesta história, e principalmente o segundo serve para chamar muitas vezes os outros à razão. O Jace, por seu lado, parece demasiado bom demais para ser verdade, as coisas correm-lhe sempre bem, e depois vem uma inconsistência e ele acaba por ser facilmente influenciável. Valentine é o perfeito vilão, manipulador e controlador, consegue fazer com que todos o sigam.

Ao longo do romance é bem visível todo o trabalho de construção que a autora teve antes de começar a escrever o romance graças às suas descrições pormenorizadas de vários locais que apenas existem na sua imaginação.


Ficaram muitas respostas em aberto e muito ficou para dizer no próximo volume.