Sinopse:
No Pandemonium, a discoteca da
moda de Nova Iorque, Clary segue um rapaz muito giro de cabelo azul até que
assiste à sua morte às mãos de três jovens cobertos de estranhas tatuagens.
Desde essa noite, o seu destino une-se aos dos três Caçadores de Sombras e,
sobretudo, ao de Jace, um rapaz com cara de anjo, mas com tendência a agir como
um idiota…
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2009
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896570231
Número de páginas: 414
Opinião:
Este ano está repleto de
adaptações cinematográficas de livros. E esta é mais uma delas, “A Cidade dos
Ossos” faz parte de uma saga escrita pela autora Cassandra Clarke intitulada “Instrumentos
Mortais”. Tal como todas as adaptações, o filme está um pouco diferente do
livro em vários pormenores.
Clary é uma rapariga normal,
igual a tantas outras, mas sempre um pouco à parte, não pertence em lado nenhum
e sente-se deslocada, como tantos adolescentes da mesma idade. O seu mundo é
abalado quando, numa discoteca, assiste a um crime que parece que mais ninguém
viu, nem mesmo o seu melhor amigo, o Simon. É assim que Clary é introduzida num
mundo que existe à margem do mundo humano e onde ela aparentemente pertence. Esta
descoberta precipita uma série de eventos que vão fazer com que Clary se
compreenda melhor e acabar por descobrir a verdade acerca do seu passado e que
a sua mãe lhe ocultou e que a protegeu dessa mesma verdade.
A história é mais direccionada para
o público mais jovem mas, os adultos também apreciarão a leitura porque está
repleto de acção e de pormenores que saltam à vista. Também nós os adultos
gostamos de ler algo que nos leve ao limite da nossa imaginação e que nos
mostre algo mais do que vivemos.
A autora consegue prender o
leitor desde o primeiro momento e acaba por se tornar uma leitura compulsiva.
As personagens que a autora criou
são extremamente realistas e isso as torna credíveis. Gostei principalmente da
Julie e do Simon, devido a serem os mais realistas de todos, com as suas inseguranças
e forças servem como âncoras nesta história, e principalmente o segundo serve
para chamar muitas vezes os outros à razão. O Jace, por seu lado, parece demasiado
bom demais para ser verdade, as coisas correm-lhe sempre bem, e depois vem uma inconsistência
e ele acaba por ser facilmente influenciável. Valentine é o perfeito vilão,
manipulador e controlador, consegue fazer com que todos o sigam.
Ao longo do romance é bem visível
todo o trabalho de construção que a autora teve antes de começar a escrever o
romance graças às suas descrições pormenorizadas de vários locais que apenas existem
na sua imaginação.
Ficaram muitas respostas em
aberto e muito ficou para dizer no próximo volume.