Sinopse:
Estamos em Nova Iorque. A cidade
está coberta por um manto de neve. No meio dessa brancura, Lestat procura Dora,
a bela e carismática filha de um barão da droga, a mulher que desperta nele
sentimentos de ternura como nunca outra mortal fizera antes. Dividido entre as
suas paixões de vampiro e o amor avassalador que sente por Dora, é a seguir
confrontado com o misterioso e demoníaco Memnoch. Arrancado ao mundo por este
adversário temível, Lestat é levado até ao reino dos Céus e depois até ao
Purgatório. Aí terá de decidir se acredita em Deus ou no Demónio e, por fim,
qual dos dois escolherá servir.
Nas primeiras quatro Crónicas do
Vampiro, Anne Rice convocou mundos fantásticos e distantes e tornou-os tão
ressonantes, reais e imediatos como o nosso. Neste romance, o mais negro e
ousado de todos os que escreveu, ela transporta-nos, na companhia de Lestat,
para o universo mítico que nos é mais precioso — o reino da teologia de cada
indivíduo.
Anne Rice é uma autora consagrada
de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre
êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade
com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de
vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.
Ficha Técnica:
Título original: Memnoch, The Devil
Tradução: Rosário Durão e Carmo Romão
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 424
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04434-0
Data de edição (2.ª): Abril de 2011
Opinião:
Numa época em que assistimos à
proliferação de histórias de vampiros ao ponto que se tornou algo de banal,
sabe sempre bem regressar a estes que são considerados de clássicos, apesar de
terem sido escritos há cerca de 20 anos. Os volumes anteriores destas crónicas
vampíricas já foram criticados aqui no blog.
Neste volume, voltamos a ter Lestat
como o narrador e personagem central do romance. Vemos as coisas pelos seus
olhos e sentimos aquilo que ele sentiu. Esta é a continuação do que aconteceu
no “Ladrão de Corpos” e centra-se numa história que David lhe contou a certa
altura do livro.
Já conhecemos Lestat e sabemos
que ele deseja grandeza e adoração. Se assim não fosse, não estaria sempre a
tentar criar outros vampiros para lhe fazerem companhia e para o amarem e ele
amar. A carência de afecto de Lestat é muito visível, principalmente na
primeira parte do livro. Sem saber bem como ele vê-se lançado para o meio da
luta entre o bem e o mal, Deus e o Demónio.
Viajamos juntamente com ele pelos
diversos níveis, estilo “O Inferno de Dante”, através da visão da autora de
cada Universo. Conhecemos uma versão ligeiramente diferente das ideias
transmitidas pela bíblia e de como são os anjos.
Um livro viciante que não nos
deixa pousar nem parar de ler, muito superior ao “História do Ladrão do Corpo”.
O final revela o Lestat exactamente como o temos visto. Um vampiro não muda com
a passagem do tempo. Anne Rice continua a demonstrar com mestria o motivo
porque ganhou o título de mãe dos vampiros.