terça-feira, 15 de outubro de 2013

[Opinião] “Memnoch O Demónio” de Anne Rice (Publicações Europa-América)


Sinopse:

Estamos em Nova Iorque. A cidade está coberta por um manto de neve. No meio dessa brancura, Lestat procura Dora, a bela e carismática filha de um barão da droga, a mulher que desperta nele sentimentos de ternura como nunca outra mortal fizera antes. Dividido entre as suas paixões de vampiro e o amor avassalador que sente por Dora, é a seguir confrontado com o misterioso e demoníaco Memnoch. Arrancado ao mundo por este adversário temível, Lestat é levado até ao reino dos Céus e depois até ao Purgatório. Aí terá de decidir se acredita em Deus ou no Demónio e, por fim, qual dos dois escolherá servir.
Nas primeiras quatro Crónicas do Vampiro, Anne Rice convocou mundos fantásticos e distantes e tornou-os tão ressonantes, reais e imediatos como o nosso. Neste romance, o mais negro e ousado de todos os que escreveu, ela transporta-nos, na companhia de Lestat, para o universo mítico que nos é mais precioso — o reino da teologia de cada indivíduo.

Anne Rice é uma autora consagrada de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.

Ficha Técnica:

Título original: Memnoch, The Devil
Tradução: Rosário Durão e Carmo Romão
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 424
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-04434-0
Data de edição (2.ª): Abril de 2011

Opinião:

Numa época em que assistimos à proliferação de histórias de vampiros ao ponto que se tornou algo de banal, sabe sempre bem regressar a estes que são considerados de clássicos, apesar de terem sido escritos há cerca de 20 anos. Os volumes anteriores destas crónicas vampíricas já foram criticados aqui no blog.

Neste volume, voltamos a ter Lestat como o narrador e personagem central do romance. Vemos as coisas pelos seus olhos e sentimos aquilo que ele sentiu. Esta é a continuação do que aconteceu no “Ladrão de Corpos” e centra-se numa história que David lhe contou a certa altura do livro.

Já conhecemos Lestat e sabemos que ele deseja grandeza e adoração. Se assim não fosse, não estaria sempre a tentar criar outros vampiros para lhe fazerem companhia e para o amarem e ele amar. A carência de afecto de Lestat é muito visível, principalmente na primeira parte do livro. Sem saber bem como ele vê-se lançado para o meio da luta entre o bem e o mal, Deus e o Demónio.

Viajamos juntamente com ele pelos diversos níveis, estilo “O Inferno de Dante”, através da visão da autora de cada Universo. Conhecemos uma versão ligeiramente diferente das ideias transmitidas pela bíblia e de como são os anjos.


Um livro viciante que não nos deixa pousar nem parar de ler, muito superior ao “História do Ladrão do Corpo”. O final revela o Lestat exactamente como o temos visto. Um vampiro não muda com a passagem do tempo. Anne Rice continua a demonstrar com mestria o motivo porque ganhou o título de mãe dos vampiros.

2 comentários:

  1. Olá,

    Ai quanto mais leio a opinião sobre os livros da escritora mais vontade tenho de os ler, tenho mesmo que experimentar :)

    Bjs

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    1. Fiacha é uma saga que vale a pena seguir.
      Obrigada pelo Comentário

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