Sinopse:
É característico dos homens desvalorizarem as mulheres. Será igualmente a sua ruína.
Sempre nos disseram que esta é a história do rei Midas. Ele é o rei dourado e eu sou a sua favorita – a mulher que, com apenas um toque, ele transformou em ouro. Para mostrar que lhe pertenço. Para mostrar a todos o seu imenso poder. Ele prometeu proteger-me e, em troca, eu prometi-lhe o meu coração.
Mas quando a guerra chega ao reino, é necessário um acordo – e eu estou no centro dessa negociação. Subitamente, a minha confiança é quebrada e o meu amor é desafiado. Percebo finalmente que tudo o que sabia sobre Midas pode estar errado.
Sempre disseram que esta é a história dele. Mas talvez estejam errados… talvez seja a minha história!
Ficha Técnica:
Chancela: Saida de Emergência
Coleção: BANG Nº: 372
Saga/Série: A Prisioneira Dourada Nº: 1
Data 1ª Edição: 02/03/2023
ISBN: 9789897735042
Nº de Páginas: 304
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole
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Opinião:
A minha curiosidade para a leitura deste livro nasceu quando li a sinopse. Este retrata uma versão nova da lenda do Rei Midas, mas nada me preparou para a linguagem que a autora utiliza neste livro. O livro inicia imediatamente com uma imagem muito intensa e chocante, o que nos mostra logo que não estamos perante uma história simples, apesar do livro ser pequeno.
Devido à violência das imagens e da linguagem utilizada, foi um livro que me custou bastante a entrar na história. Sempre à espera do que me iria chocar de seguida. Mas, após nos habituarmos à linguagem utilizada pela autora conseguimos seguir a história com mais facilidade, mesmo demorando mais do que é habitual em mim ao ler. A verdade é que tinha estado a ler artigos cientificos e livros técnicos, sendo que esta foi a minha primeira leitura após alguns meses sem ter lido praticamente ficção. E penso que isso também me dificultou a leitura, pois estava mentalmente exauta após a entrega da minha tese de mestrado.
Mas regressando ao livro, o mundo que Raven Kennedy criou foi pensado ao pormenor e as expressões usadas fazem sentido no contexto. Por exemplo, as "selas", como ela as chama, são escravas sexuais ou prostitutas, acabam por ser mulheres que nada são mais do que usadas pelos homens, e as do Rei Midas são conhecidas pela sua beleza. Mas quem pensa que estas mulheres são indefesas, estão enganados, algumas delas sabem jogar na perfeição o jogo de poder e fazer uso da sua posição. De todas as que este rei tem, a sua preferida é a Auren, a personagem principal e a narradora da nossa história. A pele dela é dourada, já que Midas a transformou em ouro e isso faz com que seja conhecida por todo o lado e alvo da cobiça dos homens. Neste primeiro livro vemos que ela vive uma vida priveligiada em relação às outras selas e essaq protecção que a rodeia faz com que ela tenho uma visão diferente da vida e da realidade. Ela é devota a Midas e acredita na reciprocidade desse sentimento. Mas, com a evolução da história começamos a ver que essa crença começa a se desvancer pelas diversas situações em que ela se vai encontrando e revelações que ocorrem.
Como este livro é narrado na primeira pessoa apenas conhecemos a perspectiva de Auren e apenas temos o seu conhecimento e interpretação da realidade, assim como apenas visualizamos as alterações quando ela as perceciona. Isso faz com que ainda hajam muitas questões acerca da personagem principal, assim como do seu próprio passado e futuro para descobrir. O final em aberto faz com que queiramos continuar a ler esta trilogia. O novo livro já saiu mas ainda não tive oportunidade de o adquirir e portanto não sei como vai continuar, mas estou curiosa para ler. Mesmo com a linguagem forte que de certeza vai acompanhar o resto da coleção.