terça-feira, 16 de setembro de 2014

[Opinião] "O Amigo Anadaluz" de Alexander Söderberg (Porto Editora)


Sinopse:

Sophie Brinkmann é uma viúva que leva uma vida tranquila nos subúrbios de Estocolmo até conhecer Hector Guzman, um homem sofisticado e elegante. Ela não faz ideia de que sob o charme daquele homem se esconde algo sinistro. Hector é o cabecilha de uma organização criminosa. Ele está habituado a obter tudo o que quer, e o que ele agora quer é aniquilar os seus rivais.

Antes de se aperceber do verdadeiro mundo em que Hector se move, Sophie vê-se enredada numa implacável teia. Com a casa sob vigilância e a família em risco, em quem poderá ela confiar, quando a própria polícia é tão perigosa quanto os criminosos?

Neste primeiro volume da trilogia Brinkmann, Alexander Söderberg presenteia-nos com um magnífico romance sobre o mundo sórdido do tráfico de armas e droga, dando-nos ao mesmo tempo um retrato magistral da fragilidade humana.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 488
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04423-5

Opinião:

"O amigo andaluz" é o romance de estreia de Alexander Söderberg, também é o primeiro volume de uma trilogia, o que é bastante arriscado para um autor estreante que ainda tem tudo para provar e portanto esta opção do autor pode ser uma espada de dois gumes. A capa é algo de misterioso e nos deixa curiosos acerca da verdadeira história, a sinopse cativa a nossa atenção e queremos saber mais acerca do livro, ou seja é uma excelente sinopse, muito bem conseguida e atinge facilmente o seu objectivo.

Quando comecei a ler o livro fiquei um pouco confusa, já que existem imensas personagens e de várias nacionalidades e é inicialmente complicado seguir o fio à meada semnos perdermos e portanto é um livro para se ler com muita atenção para realmente compreendermos todos os eventos e todas as relações entre as personagens. O autor explora uma variada quantidade de personagens tipo que nos vão causar sentimentos opostos ao longo da leitura, amamos ou odiámo-los, mas não lhes ficamos indiferentes.

O romance nórdico tem vindo a se tornar uma literatura de referência neste género literário, e como não podia faltar, neste volume temos todos os elementos essenciais, homicidio, tráfico de droga  e guerras entre grupos rivais.

A personagem que mais detestei foi o Lars, por várias vezes tive uma enorme vontade de que ele desaparecesse do livro que ele saísse da história, apesar do seu papel ser bastante importante para o desenrolar da história.

Sophie é uma personagem que gostei, mas que me deixou um pouco confusa, pois adaptou-se muito rapidamente a um mundo a que não pertencia, muito se pode dever ao facto se ser viuva e mãe, mas parece-me que há lá algo mais que não sabemos.

Hector não tem um papel tão central como eu gostaria que tivesse, mas acabamos por compreender que até os maus da fita têm coração.

Tal como nos habituamos nestes autores nórdicos, o livro está escrito de uma forma simples e directa sem muitos floreados e sem medo de ferir susceptibilidades. Pelo que se recomenda que este seja lido tendo em consideração esse facto. Apesar da evolução lenta inicialmente, o autor acaba por ganhar um ritmo próprio ao qual nos habituamos facilmente.

Um excelente inicio de trilogia que nos vai deixar a todos vidrados e curiosos acerca do ques e segue.

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