Sinopse:
Desde que se viram pela última
vez, a vida de Yusuf Khalifa da polícia de Luxor, e de Arieh Ben-Roi, detetive
em Jerusalém, mudou. Ben-Roi, prestes a ser pai pela primeira vez, investiga um
crime tenebroso no Patriarcado Arménio de Jerusalém. A vítima, uma jornalista
chamada Rivka Kleinberg, andava a investigar o tráfico de seres humanos para
exploração sexual em Israel. Quando surge uma ligação entre Kleinberg e um
engenheiro britânico desaparecido de Luxor em 1931, Ben-Roi pede ajuda ao velho
amigo e colega Khalifa. A vida de Khalifa também mudou, mas, no seu caso, não
para melhor. No meio de uma tragédia pessoal e embrenhado numa investigação -
uma série de envenenamentos de poços no deserto egípcio -, acede a ajudar o
amigo israelita. As duas investigações interligam-se, arrastando Ben-Roi e
Khalifa para uma sinistra rede de violência, abuso, falta de ética empresarial
e terrorismo anticapitalista. E no coração dessa rede encontra-se o labirinto -
um mistério egípcio com mais de três mil anos que já fez com que Rivka
Kleinberg perdesse a vida, e ela não será a última vítima...
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 624
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526746
Opinião:
“O Labirinto de Osíris” é o
primeiro romance que leio de Paul Sussman. Este romance leva-nos às areias
quente do Egipto e de Israel. Dois crimes acontecem separados pelo tempo e pelo
espaço e de alguma forma estão relacionados um com o outro.
Inicialmente, foi complicado
seguir todos os passos da história e compreender como as personagens e os
eventos estão relacionados. Foi necessário uma leitura muito atenta para
compreender as pequenas nuances que nos facultam as pistas necessárias para
ligarmos tudo e compreendermos a história como um todo. É necessária muita
intuição e muita imaginação para conseguirmos antever o que vai acontecer neste
livro. Achei bastante interessante porque não consegui adivinhar o final do
livro.
O autor consegue criar o suspense
desde a primeira página e agarra o leitor desde o início.
“Se o Rapaz não tivesse decidido
experimentar um novo local de pesca, nunca teria ouvido a rapariga cega da aldeia
vizinha nem visto o monstro que a atacou.”
Em frente das duas investigações
temos dois policias que têm muito em comum. Dos dois gostei bastante do Ari,
senti muita curiosidade em ler as partes que lhe pertenciam. Saber como ia
acabar tudo e quem tinha morto a jornalista. Este polícia mostrou o seu lado
humano não apenas na compaixão mas também ao admitir os seus erros. O autor não
tem medo de explorar e levar as suas personagens ao limite como foi o caso de
Khalifa.
O twist que o autor colocou na
parte final da história é bastante interessante e nos tira o tapete quando
pensamos que já sabemos tudo o que se passou.
Um excelente policial em que
ficamos agarrados quer pela acção quer pela beleza dos cenários descritos de
forma exemplar pelo autor.