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sexta-feira, 6 de março de 2015

[Opinião] "A Educação de Felicity" de Marion Chesney (Edições ASA)




Sinopse:


Numa época em que as mulheres da nobreza só dispõem de duas opções - casar ou esperar que um parente rico morra - as irmãs Tribble não têm sorte nenhuma. Não só ainda não encontraram o amor como, após anos de bajulação a uma intratável tia velha, veem o seu nome apagado do testamento aquando da sua morte.
As românticas Amy e Effie Tribble sonhavam com ricos jantares de carne assada e batalhões de criados aduladores mas agora estão oficialmente na penúria. Ironicamente, é neste cenário desolador que lhes ocorre uma ideia brilhante: colocar a sua educação esmerada ao serviço das jovens mais "difíceis", apresentá-las à sociedade e arranjar-lhes casamento.
Não contavam que a sua primeira cliente fosse Lady Felicity Vane, cuja rebeldia ameaça enlouquecer a sua própria mãe e arruinar o projeto sentimental de Amy e Effie. A jovem prefere caçar com os amigos a pensar em casar. Mal ela sabe que o seu suposto pretendente é o homem que mais a irrita (e que mais irritado se sente por ela). Felicity nunca admitirá que o seu coração treme ao ver Charles Ravenswood, principalmente porque o elegante marquês parece não ter paciência nenhuma para as suas extravagâncias. O clima entre ambos é tão tenso que, se soubessem o que as irmãs planeiam, o resultado seria, no mínimo, desastroso…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 240
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892330167


Opinião:

Eu não conhecia a obra de Marion Chesney e o que me atraiu neste livro foi, em primeiro ligar, a sua capa que, como podemos ver acima é fora do vulgar e nos mostra uma nova aposta e nos remete à época vitoriana  em que decorre a acção. Depois a sinopse fez com que a minha curiosidade levasse a melhor sobre mim e acabasse por ler este livro.

Quando comecei a ler achei interessante a premissa de termos duas senhoras que, um dia já tiveram as atenções da sociedade, se vêm esquecidas e ignoradas, acabando por terem de se sujeitar a trabalhar de forma a conseguirem ter algum dinheiro para sobreviverem. Mas, nesta época as mulheres não podiam trabalhar como actualmente e estas têm de ser criativas.  Amy e Effie são duas personagens que são olhadas com algum gozo por parte dos outros membros da sociedade, as suas roupas, velhas e gastas, são alvo de comentário e o facto de ainda esperarem pelo seu príncipe encantado também as torna alvo do ridículo e de comentários maliciosos por parte de pessoas menos tolerantes.

Apesar destas duas personagens serem as percursoras da história, a autora centrou-se mais na personagem da jovem Lady Felicity Vane, uma jovem aristocrata rebelde cujo comportamento impróprio a coloca como um embaraço para a família e a torna uma rebelde que as duas irmãs têm de dobrar e encontrar um pretendente que esteja minimamente interessado nesta apesar do seu comportamento, que por vezes é demasiado exagerado. As irmãs têm como conselheiro e cavaleiro andante o Marquês Charles Ravenswood. Será que entre os dois vai nascer algo, mesmo sabendo este da natureza rebelde de Felicity.

Quando li este livro, senti-me remetida para a época e a forma como Marion Chesney escreve lembra-me os livros da Jane Austen um pouco mais modernos e mais actuais.

"A Educação de Felicity" é um excelente inicio para uma série deixando uma promessa de sucesso e curiosidade acerca da próxima jovem que irá parar às mãos temíveis das duas irmãs que tentam amansar as maiores feras da Sociedade Vitoriana.



LilianaNovais