O regresso de Andréa del Fuego
As miniaturas é o novo romance da
vencedora do Prémio Saramago 2011
Andréa del Fuego tornou-se conhecida, em Portugal, em 2011, ao vencer
o Prémio Literário José Saramago, com Os Malaquias, publicado pela
Porto Editora. Três anos depois, a 11 de julho, chega às livrarias
portuguesas As miniaturas, o novo romance da escritora brasileira.
Esta obra aborda a ténue fronteira que separa o sonho da realidade e
confirma a poeticidade e delicadeza da escrita de Andréa del Fuego. E,
se a crítica portuguesa considerou Os Malaquias uma «obra de exceção
entre a nova ficção brasileira» (Filipa Melo, Sol), com uma prosa «das
mais estimulantes» (José Mário Silva, Expresso) da língua portuguesa e
um «domínio perfeito da linguagem» (Eduardo Pitta, Sábado), em “As
miniaturas” não deixará de encontrar as mesmas qualidades.
SINOPSE
Num prédio que pode ou não existir, as pessoas acumulam-se numa fila
junto ao elevador. É o Edifício Midoro Filho, um marco imponente no
centro da cidade, dezenas de andares empilhados numa arquitetura
sóbria e funcional. Conforme se espalham pelos corredores, funcionários
e visitantes ocupam as salas burocraticamente decoradas.
Cada oneiro atende sempre as mesmas pessoas que não se podem
conhecer entre si e tão-pouco manter algum parentesco. Mas o sistema
não é infalível, e, naquela manhã, o oneiro percebe que o rapaz diante
de si é filho de uma de suas clientes.
A partir desse equívoco burocrático, o oneiro abandonará cada vez mais
o seu rigoroso código de conduta para se envolver na vida do rapaz e da
sua mãe, uma taxista que sobrevive a duras penas após o
desaparecimento do marido.
No jogo das pequenas esculturas plásticas que auxiliam os clientes
durante as sessões com os oneiros, a autora ilumina as brechas que
existem entre o real e o imaginado, o amor e a dedicação, numa prosa
de arrebatadora força poética. Ler primeiras páginas.
A AUTORA
Andréa del Fuego nasceu em São Paulo, em 1975. É autora da trilogia
de contos Minto enquanto posso (2004), Nego tudo (2005) e Engano Seu
(2007). Escreveu também os juvenis Sociedade da Caveira de Cristal
(2008) e Quase Caio (2008). Integra, entre outras, as antologias Os cem
menores contos brasileiros do século e 30 mulheres estão fazendo a nova
literatura brasileira.
Mantém o blogue: andreadelfuego.wordpress.com.
Em 2011, foi finalista dos Prémios São Paulo de Literatura e Jabuti (na
categoria romance) e venceu o Prémio Literário José Saramago.
OPINIÕES (OS MALAQUIAS)
«Um estilo conciso, frases que golpeiam, a beleza sem artifícios da origem do mundo. Quando tiverem necessidade
de interromper a leitura, garanto-vos que procurarão encontrar-se de novo com os Malaquias, saber deles, onde
estão, que partida lhe pregará o destino, se conseguirão vencê-la. De tal forma Andréa os alojou junto ao nosso
coração.»
Pílar del Rio, membro do júri do Prémio Literário José Saramago
«Todas as famílias têm uma história, mas poucas servem esta tensão da escrita com o seu sistema de referências
requintado e próprio da arte do romance. Os Malaquias dão-se a conhecer num intrincado jogo que a escrita controla
e refaz. O resultado é misterioso mas absolutamente fascinante.»
Ana Paula Tavares, membro do júri do Prémio Literário José Saramago
«Os Malaquias é um romance áspero, poético, original. Voltado para a paisagem rural, a que raramente os autores
contemporâneos se circunscrevem, seu perfil arcaico e trágico suscitam emoções intensas. Oferta-nos uma leitura
da qual não se sai incólume, cada capítulo traçado para nos perturbar.»
Nélida Piñon, membro do júri do Prémio Literário José Saramago
«A escrita surpreende insuspeitados recursos de estranheza na coloquialidade quotidiana e desenvolve-se num
ritmo muito seguro, perturbante e por vezes quase alucinatório.»
Vasco Graça Moura, membro do júri do Prémio Literário José Saramago
IMPRENSA (OS MALAQUIAS)
«A intriga é convencional, mas Andréa del Fuego resgata-a com o domínio perfeito da linguagem (…) A exatidão
das palavras transfigura a realidade, fazendo do mundo possível o mundo real. Não é essa a função da literatura?»
Eduardo Pitta, Sábado
«Uma [prosa] das mais estimulantes de entre as que se escrevem em língua portuguesa hoje em dia.»
José Mário Silva, Expresso
«Com um dos mais belos arranques da recente literatura em língua portuguesa, Os Malaquias (…) venceu o Prémio
José Saramago 2011. Atribuição muito justa para uma obra de exceção entre a nova ficção brasileira, há muito
(demasiado) tempo dominada pelo universo urbano.»
Filipa Melo, Sol
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