Sinopse:
Obra já clássica no seu género,
Entrevista com o Vampiro é o primeiro volume da saga «Crónicas dos Vampiros» e
granjeou o estatuto de livro de culto, comparável a Drácula de Bram Stoker.
Das plantações oitocentistas do
Luisiana aos becos sombrios e cenários sumptuosos de Paris, do Novo Mundo à
Velha Europa, Claudia e Louis fogem de Lestat, o seu criador e companheiro
imortal. E o cruel vampiro que tirara partido do desespero de Louis e da
fragilidade da órfã Claudia, no bairro francês da Nova Orleães assolada pela
peste, move-lhes uma perseguição sem tréguas no submundo parisiense, entre a
trupe Théâtre des Vampires do misterioso Armand e criaturas das trevas.
É com esta mescla de sangue,
violência e erotismo ímpares, no pano de fundo da reflexão sobre a condição
trágica que é a do vampiro condenado à imortalidade, que Anne Rice narra uma
extraordinária história em que a crueldade e os sentimentos tenebrosos que
percorrem as páginas resultam numa maravilhosa sinfonia poética que viria a
inspirar muitos escritores, como Stephenie Meyer.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 276
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721037502
Coleção: Obras de Anne Rice
Opinião:
Esta obra, “A Entrevista com o
Vampiro” de Anne Rice, foi a primeira obra da autora a ser adaptada ao cinema
em 1994. Com nomes sonantes como Brad Pitt, Tom Cruise, Christian Slatter, os
mais cobiçados jovens actores da época. Mas esta crítica não é ao filme mas sim
ao livro. Tenho apenas de referir a forma como o realizador e o argumentista se
mantiveram fiéis ao livro original.
Passemos então ao livro em si, a
autora começa de uma forma bastante interessante, já com o vampiro e com o entrevistador
frente a frente, sem se preocupar muito como é que os dois se encontraram e
acabaram naquela posição, o que torna desde já a leitura interessante e permite
ao leitor mergulhar directamente naquele mundo que sempre nos fascinou.
A autora leva-nos numa viagem
pelo tempo, a qual é interrompida pontualmente com um regresso à realidade, de
modo a dar mais realismo à acção e à história, o que obriga o leitor a estar
atento para não se confundir, no decorrer da narração.
A forma como Anne Rice escreve e
descreve é directa e simples, sem de forma alguma descurar do seu objectivo,
que é transportar os leitores através dos cenários elaborados e luxuriantes da
América, passando pela Europa. Ela não poupa nas descrições que poderiam ser
tomadas como as mais chocantes, como é por exemplo um vampiro a alimentar-se ou
mesmo a morte de Cláudia.
Anne Rice é considerada a mãe dos
vampiros, o que é verdade. No seu livro temos personagens vampíricas para todos
os gostos, Lestat, o louco e sanguinário, Louis, o consciencioso, Cláudia, a
criança. O amor retratado neste livro não é o romântico como nas outras sagas
mais recentes, em que temos um vampiro apaixonado por uma humana e vice-versa,
mas sim o amor fraternal e o medo de se passar a eternidade sozinho sem ninguém
e sem reconhecimento da existência. Um medo que é tão humano e comum,
tornando-os intimamente ligados com os seres humanos dos quais foram originados
e também mantendo as suas características pré-transformação.
Os vampiros de Anne Rice são
sedutores, felinos até. As pessoas sentem-se atraídas por eles de uma forma inexplicável
e cedem a todos os seus desejos, acabando por serem joguetes nas suas pérfidas
mãos. Os vampiros de Armand levam esse expoente ao extremo alimentando-se em
público como se se tratasse de um espectáculo e apenas uma ensenação.
Cláudia e Louis tentam,
finalmente, fugir da obsessão doentia de Lestat, seu criador, e da sua carência
excessiva, o que acaba em tragédia.
Acaba-se o livro com uma questão:
Afinal qual dos dois está correcto? Lestat que abraça a sua natureza ou Louis
que tenta, em vão, manter-se o mais humano possível? Pode ser que se consiga
encontrar as respostas nos outros livros.
É uma excelente introdução às
crónicas Vampíricas, que incluiu outros livros, um dos quais também foi
adaptado ao cinema no filme “Rainha dos Malditos”.
Olá Liliana,
ResponderEliminarTenho até quem me empreste livros desta escritora, mas por estranho que pareça e já tendo lido até algumas coisas sobre vampiros, nunca li nada desta escritora.
Ora aqui está mais uma prova que ando a perder algo muito bom, mas é tanta coisa para ler :(
Bjs e boas leituras :)