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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

[Opinião]“Não Olhes para trás” de S. B. Hayes (Civilização Editora)


Sinopse:

Durante toda a sua vida, Sinead foi atormentada por Patrick, o seu irmão manipulador. Agora ele desapareceu; no entanto, não parou de a perturbar. Quando a sua mãe autoritária a obriga a ir à procura do irmão, Sinead encontra uma série de pistas sinistras que sabe terem-lhe sido deixadas por Patrick. Essas pistas levam-na a Benedict House, um lugar onde o tempo parou e onde nada é o que parece. É aí que conhece James, que também procura respostas para o seu passado atribulado. Juntos, James e Sinead irão descobrir verdades aterradoras, que irão pô-los à prova até ao limite. Porque Benedict House não pertence aos que estão vivos, e Patrick não olhará a meios para os derrotar…

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 360
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722633666
Coleção: Ficção Juvenil

Opinião:

Este livro é mais indicado para adolescentes, funciona como uma introdução ao suspense. E atrai para uma leitura compulsiva.

“Não olhes para trás” trata da relação doentia entre dois irmãos, Sinead e Patrick, e os jogos que os dois têm. Este é o derradeiro jogo, em que a vida de ambos está em risco e tudo depende do que Sinead encontrar.

Com o evoluir da história compreendemos mais a relação doentia entre os dois e acabamos por nos deixar envolver pela fenomenal escrita da autora que é completamente adaptada à idade do seu público-alvo e mantendo o clima de tensão que auxilia o leitor a entrar na história. O facto de a história ser narrada na primeira pessoa ajuda a sentirmos empatia com a personagem principal.

Dei um impulso para a frente, com a consciência de algo estranho atrás de mim, parecendo que qualquer coisa se aproximava rapidamente. Um olhar ansioso por cima do ombro não me mostrou outra coisa senão o matagal impenetrável. Comecei a correr, em passadas frenéticas e atabalhoadas que não me levaram mais depressa a lugar nenhum; não eram só as folhas que me arranhavam o rosto, havia ramos a tolher-me o cabelo, a espetar-se-me na cara, e espinheiros a puxar e a rasgar-me a roupa. Caí e rebolei, com as mãos a proteger instantaneamente a cabeça. Tentei levantar-me a cambalear, mas os espinhos cravaram-se na minha cabeça, nas mãos e até nos pés, dilacerando-me a pele.

Neste excerto vemos bem um exemplo da tensão que está patente no livro e como ficamos facilmente envolvidos.


É um excelente livro juvenil que agradará a miúdos e graúdos.