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domingo, 27 de abril de 2014

[Opinião] “O Tintureiro Francês” de Paulo Larcher (Saída de Emergência)




Sinopse:

Uma história de amor e ambição no Portugal governado pela mão de ferro do Marquês de Pombal

Nos finais do séc. XVIII, o Marquês de Pombal viu-se a braços com um fracasso na sua política de regeneração industrial: a Real Fábrica de Panos, a menina dos seus olhos, apesar de todos os esforços e despesas não consegue produzir tecidos com a qualidade dos importados. Decide então convidar um tintureiro francês para vir a Portugal ensinar essa grande arte que, à época, fazia a riqueza e o prestígio das nações europeias.

O artista eleito foi o polémico Stéphane Larcher, que mal chega começa a revolucionar práticas e comportamentos. Um ano depois, cores nunca vistas vêm à luz e tecidos até então desconhecidos brilham em todo o seu esplendor. Ao partilhar a sua arte secreta com os portugueses, Stéphane sabia estar a arriscar a vida, a reputação e a fortuna. Mas ninguém o avisou que também comprometia fatalmente o próprio coração.

Ficha Técnica:

Chancela: Saida de Emergência
Coleção: A História de Portugal em Romances
Data 1ª Edição: 17/04/2014
ISBN: 9789897100925
Nº de Páginas: 384
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

“O Tintureiro Francês” é o primeiro volume de uma nova coleção que a editora Saída de Emergência lançou acerca da história de Portugal e transformá-la e, romances que abordam vários temas e épocas.
Neste volume, o autor aborda a época pós terramoto de 1755, já anos após o rescaldo da tragédia. A industrialização e o progresso ainda não tinham chegado a Portugal, o qual se encontrava atrasado em relação ao resto da Europa, o que ainda nos dias de hoje se mantém. Esse progresso tardava em chegar e os grandes mestres estavam fora do alcance dos nossos nobres e possíveis investidores.

Paulo Larcher leva-nos numa viagem ao passado e criou uma história interessante e que nos deixa curiosos acerca do que se vai passar de seguida.

A criação da Fábrica Real de Panos é bastante interessante e foi um momento marcante na nossa história e que merecia ser transformado em romance já que é desprezado em prol do Terramoto pela literatura.

Neste volume, partimos numa aventura pela Europa e aqui o autor fugiu um pouco à ideia do que teria acontecido em certos aspectos e noutros é extremamente fiel, o que torna o livro mais interessante.

As personagens que este criou são bastante realistas e credíveis, gostei particularmente da Teresa e da sua mente progressiva e a forma como ela toma as rédeas da sua vida. Stéphane Larcher tem o seu papel na evolução da fábrica, mas eu gostava de o ver a ter uma atitude mais forte e máscula (estereótipos à parte). Há uma parte do filme em que eu gostaria de o ver a ter uma atitude mais decidida.

No geral está um livro bastante interessante e consistente. Levando os leitores a conhecer uma parte da história de Portugal que não é muito explorada, e também foi um excelente início para esta nova coleção.