Sinopse:
Londres, 1865. Na tentativa de se rebelar contra uma sociedade que espera das mulheres uma submissão conformada, a indomável Lady Margaret Montagu Douglas Scott decide escapar dos grilhões que a aprisionam, fugindo de um casamento forçado com um homem que despreza. Os olhares públicos, no entanto, não perdoarão essa escandalosa demonstração de desobediência, especialmente vinda da filha do duque e da duquesa de Buccleuch, próximos da rainha, e Margaret é afastada do luxo e conforto da vida na alta sociedade.
Encontrando a força necessária num grupo de espíritos rebeldes como ela, entre os quais a princesa Louise, lha da Rainha Vitória, Margaret embarca numa viagem de autodescoberta que, dos salões nobres da corte vitoriana, a levará à Irlanda, à América e de regresso ao Reino Unido, em busca da vida, do amor e da liberdade que, contra todas as expetativas e dificuldades, sempre sentiu merecer.
Sinopse:
Chancela:Topseller
Autor(a): Sarah Ferguson
ISBN: 9789896233921
Data de publicação: Junho de 2022
Edição atual:1.ª
Páginas: 480
Apresentação: capa mole
Dimensões:150x230x30mm
Género: Ficção, Romance histórico
Opinião:
Tal como todas as pessoas do mundo, eu conhecia a Sarah Fergunson devido à sua ligação por casamento com a coroa britânica. Ela era casada com o Principe André, o qual tem sido muito falado ultimamente pelos piores motivos. Quem não ouviu as histórias e os rumores? Eles propagam-se pela Internet como fogo e rapidamente chegam a todo o mundo. Sarah é da geração da Princesa Diana e na altura da sua separação mostrou uma grande fibra e resistência. Por esse motivo, fiquei extremamente surpreendida quando vi a divulgação deste livro de sua autoria.
Se seguirem o meu blog há bastante tempo, sabem que o romance histórico acabou por ganhar algum relevo nas minhas leituras como quebra da minha rotina, se bem que o meu estilos preferidos sempre foram a Fantasia e a Ficção Cientifica, neste momento um bom romance histórico pode me deixar acordada a noite toda. E, sendo totalmente sincera convosco, este foi um dos casos em que isso aconteceu. Comecei a ler este livro pensando que a autora tinha atrás de si a fama de ser a Duquesa de York, mas a minha ideia rapidamente desapareceu conforme fui avançando na história. Tenho que admitir que Sarah Fergunson me surpreendeu, como poucos autores conseguem, apenas com o seu talento. Acabei por sentir que este livro deveria ter vindo mais cedo e que o talento que esta foi desperdiçado por anos e que seria extremamente interessante ter começado a ler os seus livros.
Após esta ponderação acerca da autora falemos do livro em si, sem dar spoilers, porque como sabem sou contra isso. O que posso dizer sobre este livro que não vos estrague a leitura e que vos dê um pouco dos sentimentos que a autora me conseguiu transmitir?
Eu sei que a Sarah, vou simplificar aqui o nome para ser mais fácil para mim, deu imensas entrevistas para os canais e jornais mais importantes de Portugaçl, nem esperava que ela falasse comigo, que apenas tenho um pequeno blog, apesar deste ter muitos anos. Todos podemos verificar em qualquer lugar as suas inspirações, Mas, cada leitura é pessoal e cada um de nós cria um mundo só seu quando lê os livros, o que eu imaginei, será certamente diferente do que a Sarah imaginou ou do que qualquer um de vocês imaginará quando ler este livro. Por isso vou falar do que este livro me trouxe.
A época vitoriana, a qual floresceu após os escritos de Jane Auten e das irmãs Brönte, trás um mistério e uma atmosfera em que os direitos da mulher começavam a ser falados e a tomar um ponto central nas ideias e mentes da época. Este livro leva-me de volta a esse ambiente, Lady Margareth Scott, surge, na minha imaginação como os personagens tão conhecidos que as autoras que anteriormente referi me trazem. Esta tem uma sensação e Liz Bennet caso ela tivesse a liberdade financeira que Margareth teve. Mas, para mim o maior efeito e proximidade que senti com esta personagem foi o saber que esta mulher realmente exisitu, que ela foi real. Mesmo sabendo que estamos perante uma versão romanciada da sua vida, a minha mente vagueou sobre como ela terá sido e como terá sido a sua vida. Cresceu em mim uma enorme admiração por ela, porque ela foi uma mulher bastante à frente do seu tempo.
Posso notar um paralelismo entre as criticas da sociedade londrina com os tabelóides atuais, pude ver um reflexo do que ocorre nos dias atuais nos tabelóides ingleses com os jornais de mexericos da época, a partir do momento que algo negativo era publicado sobre uma determinada pessoa tudo mudaria, e essa pessoa tornar-se-ia uma pária da sociedade, com a sua honra manchada, deixando de conseguir fazer parte da sociedade londrina. Sendo até afastada pelas suas relações mais próximas para evitarem serem associados ao seu alegado falhanço.
Tal como referi acima, posso admitir que não pousei o livro, e torci para que a nossa heroina, a Lady Margaret tivesse um final feliz, o qual seria que esta conseguisse chegar onde pretendia. Sofri com ela, compreendi-a e segui os seus pensamentos ao longo das páginas. Penso que isso é o mais importante no livro, o grau de empatia que Sarah consegue transmitir ao leitor é enorme e tenho a certeza que este será um daqueles livros que lerei mais vezes ao longo dos anos e que transmitirá sempre uma experiência diferente de acordo com o momento da minha vida me encontrar.
Caso ainda estejam a escolher livros para levar nas férias, ou apenas uma boa companhia para uma noite quente de Verão surgiro que levem a nossa Lady Magaret convosco e a façam entrar nas vossas vidas por momentos, porque podem descobrir algo acerca de vocês mesmas que desconheciam, ou mesmo encontrar alguém como vocês, que vive no tempo errado.
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