terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

[Opinião] "Território Selvagem" de Anne Bishop (Saída de Emergênica)




Sinopse:

Será que os humanos e os Outros conseguem viver lado a lado sem se destruírem?

Por todo o mundo existem cidades-fantasma, regiões onde os humanos foram aniquilados como retaliação pelo massacre dos Outros. Um desses lugares é Bennett, uma cidade no norte de Elder Hills rodeada por território selvagem. Gradualmente, a cidade volta a ser habitada, e a comunidade humana e os Outros fazem um esforço para viver e trabalhar em conjunto: uma jovem oficial de polícia é contratada como delegada de um xerife Lobo; uma espécie mortal de Outros quer gerir um salão ao estilo humano; um casal com quatro crianças adotadas — uma delas uma profetisa de sangue — espera ser aceite como membro efetivo da comunidade.
Mas à medida que as lojas e os escritórios são reabertos e as pessoas reconstroem as suas vidas, a cidade de Bennett começa a atrair a atenção de outros humanos que procuram o lucro. E a chegada do Clã Blackstone, composto por foras da lei e jogadores, vai revelar segredos há muito escondidos...


Ficha técnica:

Chancela: Saida de Emergência
Coleção: BANG  Nº: 324
Saga/Série: O Mundo dos Outros  Nº: 2
Data 1ª Edição: 15/11/2019
ISBN: 9789897731792
Nº de Páginas: 480
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole


Opinião:

Para quem segue o meu blog, sabe que eu adoro os livros de Anne Bishop. Ela tem uma enorme capacidade para criar Universos incrivelmente belos mas igualmente duros, todos bastante díspares entre si. Ela não é carinhosa para as suas personagens e acaba sempre por colocá-las em situações complicadas que acabam por levá-las ao limite, por vezes. Quando lemos os seus livros vamos além da história, já que em todos eles, ela mostra uma grande capacidade para criar personagens realistas, que poderiam ser o nosso vizinho do lado, e acabamos por mergulhar profundamente nas suas histórias e nos seus mundos. 

Neste volume voltamos ao mundo dos Outros, o qual começamos a conhecer com a Meg e com o Simon, mas já evoluiu além destes dois. Neste livro viajamos até outra cidade, Bennett, onde os sobreviventes tentam reconstruir as suas vidas após o mundo ter sido devastado pelos outros e pelos elementais. Aos poucos as pessoas vão chegando, sejam por pedidos de emprego ou voluntariamente. Mas como sempre se disse, quem vê caras não vê corações, nem todos são o que aparentam à primeira vista e, os outros, também cometem erros, os quais podem sair caros a Bennett. Mas se há uma coisa que aprendemos anteriormente é que neste mundo ninguém tenta enganar os Outros, porque se o fizer torna-se carne, ou seja, uma refeição para estes. Esta visão é um pouco dura, e o castigo parece excessivo, mas isso é porque estamos a pensar como seres humanos e não um dos outros. Os humanos estão nos seus territórios por favor, porque são tolerados enquanto se portarem bem, mas são os Outros quem faz as regras.

Neste livro vamos acompanhar uma das personagens que apareceu brevemente num dos primeiros livros, a qual continua a ser muito crédula e tenta esconder do seu irmão, polícia em Lakeside, que está apaixonada. 

Adorei a dinâmica que se criou na esquadra de polícia e como os três que a ocupam interagem entre si, a forma como se cria a alcateia e como o Xerife lida com as mulheres quando não as consegue compreender. É bem patente que este se sente muitas vezes frustrado e sem saber como reagir a cada uma delas e acaba por ficar perdido e afinal acabamos por perceber que é ele que precisa daquele tempo para digerir o que está a acontecer.

Uma continuação bastante interessante e que nos mostra como uma população sara, pois não são apenas os seres humanos que perderam pessoas, os lobos também haviam sido vítimas de um massacre pouco tempo antes. Portanto temos duas populações, que tentam sarar as suas feridas. 

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