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domingo, 1 de dezembro de 2013

[Opinião] “A misteriosa mulher da ópera” de Vários (Casa das Letras)



Sinopse:

Um desafio. Sete autores (Alice Vieira, Afonso Cruz, André Gago, David Machado, Catarina Fonseca, Isabel Stilwell e José Fanha). Catorze mãos.

Sete personagens inesquecíveis. Uma única história. Uma trama arrebatadora que contém de tudo, desde crimes misteriosos, o fantasma de uma avó violinista, flûtes de champanhe, um gato persa chamado Psiché que por vezes se vê obrigado a fazer de pêndulo de Foucault, uma caixa de violino suspeita de assassinato, uma taberna onde se canta o fado em Xabregas, e amor, amor em catadupas, uma grande paixão, desencontros terríveis, equívocos inexplicáveis, reencontros inesperados.

A aventura vai das avenidas de Paris, à Rua Heróis de Quionga, ao Teatro Nacional de São Carlos, ao cais de Xabregas e a um cacilheiro que parte para Veneza deixando um cadáver para trás.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 298
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622064

Opinião:

Escrever em várias mãos é muito complicado, principalmente para parecer algo homogéneo e concordante. Nisto este romance é bem-sucedido.

Neste romance temos mistério e humor. O livro lê-se rapidamente e é viciante. Conhecemos a história dos mais variados pontos de vista de cada personagem. Os vários narradores fazem-nos conhecer mais profundamente cada um deles e ver o seu íntimo e os seus segredos.

A evolução da história é imprevisível porque não temos todos os dados e acabamos sempre por nos surpreender.

O ponto negativo desta história é a falta de descrições do local da história, falta de localização. A acção podia estar a decorrer em qualquer parte do mundo.

As personagens são muito estereotipadas e levadas ao limite do realismo. Não sendo necessário uma ligação à realidade para esta história.

Fiquei viciada na história.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

[Opinião] “Amores Contados” de Vários (Alfarroba)


Sinopse:

Em 2013 a Alfarroba lançou o concurso Amores Contados. Cerca de 250 histórias depois, foram seleccionados os cinco contos que hoje reunimos nestas folhas.

Neles encontramos histórias de amor em fotografias, em viagens, num café, até na matemática ou numa carta. São as histórias que nos fazem lembrar, sonhar, suspirar ou sorrir. Histórias de sentir; são amores que devem ser contados.

Ficha Técnica:

1ª Edição: Setembro 2013
Editor: Alfarroba
Colecção: Conto
ISBN: 978-989-8455-69-7
Formato: 21 x 14 cm
Páginas: 84

Opinião:

Este livro resultou de um concurso da editora “Alfarroba”. De todas as participações apenas cinco autores foram seleccionados.

Os contos são bastante díspares e independentes cada um mostrando o estilo próprio do seu autor.

Dos cinco contos o que mais apreciei foi o da Rosa Bicho Gonçalves. Este conto é rápido intenso, como uma carta a um amor, uma memória que nos assola momentaneamente e nos deixa a pensar. Este é o mais curto de todos e que me deixou com vontade de ler mais.

O Autor Jorge Campião tem uma forma de escrever madura e intensa. As descrições são subtis e a acção tem um segmento lógico. O meu segundo conto preferido.

O conto da Ana Ferreira é muito o estilo dela, erótico, desiludido. Conta-nos um amor impossível, a forma como está divido tira um pouco a acção ao conto e os tópicos iniciais parecem mais uma justificação ao título, sem eles a história ficaria, sem dúvida, melhor.

O conto da Cristina Milho, também uma história um conteúdo triste, achei interessante mas nada inovador.



O Conto de Francisco Vilaça Lopes não me encantou, pareceu-me muito confuso e não faz muito sentido nesta antologia.

terça-feira, 16 de julho de 2013

[Opinião] “Histórias para Sorrir” de Vários (Civilização Editora)


Sinopse:

Conheces a história da árvore da Lara, do galo que perdeu a voz, ou da zebra que tinha medo da sua sombra? Não? Então abre depressa este livro e descobre estas e outras histórias maravilhosas e divertidas que te vão encantar e fazer sorrir!

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 116
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722635769
Coleção: Álbuns de Encantar

Opinião:

Este livro infantil tem várias histórias infantis adaptadas à idade e são curtas que permitem ler aos nossos filhos uma em cada dia. Todas elas têm uma lição de moral a ensinar.

São histórias muito bonitas acerca da amizade, do amor e da coragem.

As ilustrações são ricas em pormenores e em detalhes. Ficamos perdidos a vê-las e não queremos perder nenhum dos detalhes. Nestas estão bem estampados os sentimentos de cada personagem, amor, medo, tristeza…


Gostei de todas as histórias, mas a minha preferida foi a do Trovão. Adorei a forma como foi escrita e a sua conclusão. Este livro vai fazer as delícias de pais e filhos, criando assim um ambiente de cumplicidade e criar hábitos de leituras nos nossos filhos.

sábado, 5 de janeiro de 2013

[Opinião] “Lisboa no ano 2000 – Uma antologia assombrosa sobre uma cidade que nunca existiu” de Vários (Saída de Emergência)


Sinopse:

Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos, por escritores, jornalistas, cientistas e pensadores. Mergulhar nesta Lisboa é mergulhar numa utopia que se perdeu na nossa memória colectiva.

Bem-vindos a Lisboa!

Bem-vindos à maior cidade da Europa livre, bem longe do opressivo império germânico. Deslumbrem-se com a mais famosa das jóias do Ocidente! A cidade estende-se a perder de vista. O ar vibra com a melodia incansável da electricidade. Deixem-se fascinar por este lugar único, onde as luzes nunca se apagam, seja de noite, seja de dia. Aqui, a energia eléctrica chega a todos os lares providenciada pelas fabulosas Torres Tesla. Nuvens de zepelins sobem e descem com as carapaças a brilhar ao sol. Monocarris zumbem por todo o lado a incríveis velocidades de mais de cem quilómetros à hora. O ar freme com o estímulo revigorante da electricidade residual. Bem-vindos ao século XX! Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos, por escritores, jornalistas, cientistas e pensadores. Mergulhar nesta Lisboa é mergulhar numa utopia que se perdeu na nossa memória colectiva.

Ficha Técnica:

Chancela: Saida de Emergência
Coleção: BANG
Data 1ª Edição: 18/01/2013
ISBN: 9789896374778
Nº de Páginas: 438
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole

Opinião:

O desafio foi lançado por João  Barreiros há mais de um ano atrás na revista Bang!. E o resultado está bastante interessante. O livro foi apresentado no Fórum Fantástico do ano passado e já se encontra em pré-venda no site da Saída de Emergência. “Lisboa no ano 2000 – Uma antologia assombrosa sobre uma cidade que nunca existiu”  conta com catorze autores para além do João Barreiros: AMP Rodriguez, Ana C. Nunes, Carlos Eduardo Silva, Guilherme Trindade, João Ventura, Joel Puga, Jorge Palinhos, Michael Silva, Pedro Afonso, Pedro Martins, Pedro Vicente Pedroso, Ricardo Correia, Ricardo Cruz Ortigão e Telmo Marçal.
A obra, em si tem um fio condutor, as histórias têm uma certa harmonia, apesar de terem sido escritas por autores diferentes. As ilustrações são adaptadas aos contos e com o mesmo estilo utilizado no início do século passado, o que as torna ainda mais aliciantes.
Um pormenor interessante é a forma como as biografias dos autores são apresentadas. Todas têm um pouco de humor e são originais.
O único ponto negativo a apresentar é o facto de não haver concordância no acordo ortográfico de todos os contos.
O livro é-nos apresentado como uma aula de escrita criativa.
O primeiro conto “O que Escondem em Abismos – 1ª Parte: O Turno da Noite” é da autoria do João Barreiros. Este foi publicado originalmente na revista Bang! da editora para a apresentação da antologia e para servir de inspiração e ponto de partida para os autores portugueses que se sentissem tentados a participar. João Barreiros introduz-nos num mundo que nos é estranho, um pouco surreal até. Mas consegue fazê-lo credível. Ao ler este primeiro xonto somos levados para um outro Universo que se torna real na nossa imaginação.
O segundo conto “Venha a mim o Nosso Reino” de Ricardo Correia, o que salta à vista é a experiência em banda desenhada do autor. Com uma linguagem visual e com uso de técnicas muito em voga no registo da BD. O conto em si é original, apenas o ínicio não faz lembrar os autores do século XIX.
O terceiro conto da autoria de Jorge Palinhos é entitulado, “Os Filhos do Fogo”. É uma ideia muito interessante e com um desenvolvimento imprevisível. O início desta de imediato o interesse e a curiosidade. Foi uma excelente ideia e algo que facilmente poderia ter sido escrito por um autor do século XIX com os receios que sentiriam face à tecnologia.
“Dedos” de AMP Rodriguez aborda um tema que ainda é actual nos dias de hoje. Um pouco chocante. Gostei da referência ao clão que é muito utilizado no norte. O final em aberto permite ao leitor a liberdade de imaginar.
Carlos Eduardo Silva escreveu “AS duas caras de António” que é um conto com um desenvolvimento rápido e que nos faz torcer pelo mau da fita. O autor apresenta uma linguagem apropriada à época. Com uma reviravolta interessante.
Ana C. Nunes, no seu conto “Electrodependência”, apresenta um novo problema relacionado com a electrcidade e os seus efeitos nos seres humanos. É um drama humanos, com um final bastante interessante e realista.
O oitavo conto é da autoria de Ricardo Cruz Ortigão, “Nanoamour”, é um conto interessante, adaptado à época com uma linguagem simples e que se adqua à antologia.
“Energia das Almas” de João Ventura, é um conto cientificamente interessante. Com linguagem adquada e com um final desconcertante e imprevisível.
“Fuga” de Joel Puga é um conto muito negro, onde os escritores foram substituídos por autómatos, tem uma linguagem simples.
A segunda parte do conto  de João Barreiros está muito interessante, é muito visual. Aborda a questão dos sentimentos nas máquinas.
O décimo primeiro conto é mais um conto acerca de espiões, assassinios em massa. Este conto, da autoria de Telmo Marçal, foge de Lisboa como plano de fundo e partilha a cção entre esta cidade e o Brasil. Relembra um pouco o motivo pelo qual os índios brasileiros não foram escravizados pelos portugueses nos descobrimentos.
O décimo segundo conto, é curto directo e interessante. A sua intensidade faz com que seja divertido de ler.
O conto ”A Raínha” é um conto mais direccionado para o dia-a-dia, mas refrescante, mais terra-a-terra. Com um final brutal e excelente.
O décimo quarto conto é um tema interessante para a extinção.
No décimo quinto conto o final é previsivel. O que não impede de ser interessante.
O penúltimo conto do livro aborda o final do milénio e está muito engraçado com um twist final interessante.
O último conto é a última parte do João Barreiros, um final interessante. O maior conto da antologia e o mais original.
No geral o livro está interessante e com uma visão engraçada de um futuro que nunca existiu. Para os amantes deste estilo de literatura. Um livro de autores portugueses.