Sinopse:
O clássico As Brumas de Avalon
regressa ao mercado português para dar a conhecer a uma nova geração esta
história mágica e intemporal centrada nas mulheres que, por detrás do trono de
Camelot, foram as verdadeiras detentoras do poder.
Nos anos que se seguem à coroação
do rei Artur, a rainha Gwenhwyfar continua as suas manipulações para assegurar
a lealdade do seu marido à igreja cristã, enquanto a sacerdotisa Viviene decide
confrontar Artur pelo ato de traição contra Avalon.
Nos bastidores, Morgaine planeia
o casamento de Lancelet, que ameaça sucumbir ao desespero pelo triângulo
amoroso em que se vê enredado. Quando a rainha Gwenhwyfar descobre esse plano,
jura vingança. Morgaine, através do seu próprio casamento, dedica-se a
fortalecer a causa de Avalon. As sacerdotisas da Ilha das Brumas tudo farão
para competir pela alma da Grã-Bretanha contra a maré insurgente da
Cristandade. Mas que efeitos terá a chegada do jovem Gwydion, filho de Morgaine
e Artur? Irá correr em auxílio do rei ou libertar o caos?
Ficha Técnica:
Chancela: Saída de Emergência
Saga/Série: As Brumas de Avalon
Nº: 3
Data 1ª Edição: 31/08/2012
ISBN: 9789896374440
Nº de Páginas: 272
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole
Opinião:
Marion Zimmer Bradley é uma
autora que me acompanhou na minha adolescência e tem sido um prazer reler estes
volumes. O primeiro “A Senhora da Magia” e o segundo volume “A Rainha Suprema”
já foram criticados aqui no blog anteriormente.
Este terceiro volume aumenta a
tensão e a acção, aproximando-se do culminar da história. O livro torna-se mais
intenso com eventos que se precipitam e tornam prenúncio da desgraça que se
aproxima. Cada vez mais Artur é influenciado por Gwenhwyfar e se afasta dos
ideais de Avalon, sendo as sacerdotisas tratadas com desprezo e insultadas. Os padres
tornam-se mais poderosos e também a crítica à religião cristã por parte. Por
vezes a própria autora utiliza esta personagem para questionar a própria sexualidade
de Artur. Morgaine tem sempre um único objectivo em mente, proteger Artur e
impedir que ele caia em desgraça, mesmo que ele não apoie Avalon e se afaste
dela cada vez mais.
Morgaine sofre uma transformação
ao longo deste livro e vêmo-la a renascer, a sentir amor e a fazer parte de uma
família como sempre quis. Vemos ela a tentar lutar para que os padres não
absorvam para o cristianismo as tradições do seu povo mas sem qualquer
resultado.
Gwenhwyfar revela-se cada vez
mais detestável e hipócrita, a sua obcessão pela religião esta a destruir
Camelot e Artur e afasta todos os que o podiam apoiar. Sente ciúmes da relação que
Artur tem com Morgaine e faz de tudo para a humilhar.
Marion Zimmer Bradley torna-se um
pouco mais crua e brutal neste livro. A sua escrita é clara e sem grandes
floreados acabando por viciar os leitores na acção e nos personagens que criou.
Um livro que nos deixa ansiosos
pela quarta e última parte.