Sinopse:
Decorre o ano 1470, reina em
Portugal D. Afonso V, o africano, como fora apelidado pelas suas conquistas em
África. É o tempo de um império em constante crescimento e de descobertas
marítimas sobre um vasto mundo ainda desconhecido.
Alheio às conquistas e
desconhecendo completamente o mundo lá fora, Ismael, um jovem pastor, guarda o
seu insignificante rebanho numa encosta esquecida do Alentejo profundo. Perdido
nos seus devaneios, mitiga um pressentimento que o persegue há dias e acaba por
descobrir que uma torre muito particular faz parte dessa sua premonição. Um
sonho desconcertante sobre um tesouro e uma lenda ditam a partida forçada da
sua terra natal, encaminhando-o para um rumo desconhecido e sempre cheio de
sobressaltos. Inesperadamente vê-se envolvido em superstições antigas e em
maldições conduzidas por lendas sem memória que o atiram para o passado…
levando-o à caminhada para a descoberta do seu tesouro.
Ficha técnica:
Coleção: Ficção
ISBN: 978-989-8545-94-7
Depósito Legal: 351756/12
Opinião:
Este livro despertou-me a
curiosidade quando li a sinopse no site da editora. A história é interessante e
divertida repleta de aventuras e desventuras. A época que Nelson escolheu para colocar a
acção é repleta de superstições e de mitos, sereias, adamastor e outros.
O livro acabou por me desiludir a
nível da escrita, com reticências a mais, repetições, erros nos tempos verbais,
tanto fala no presente como no passado, dificultando assim a leitura. Ismael
por vezes só sabe dizer “Ah” o que leva ao diálogo perca o interesse, e torna a
personagem ignorante. A linguagem não está adaptada à época, não vejo um homem
do século XV a dizer gajo como o autor pôs, caso existisse o grafismo e o
significado seriam completamente diferentes.
Também há erros a nível de factos
históricos, em 1470 ainda se pensava que a Terra era redonda, a circunavegação
ocorreu em 1520 e os marinheiros não falavam no outro lado da terra, como é o
caso da página 73.
Neste livro os marinheiros são
muito mais letrados do que seriam na época, sabiam muito mais de história de
Portugal do que deviam.