Sinopse:
O Marte de Bradbury é um lugar de
esperança, sonhos e metáfora — colunas de cristal e oceanos de fóssil — onde
uma fina poeira cai sobre as grandes cidades desertas de uma civilização
silenciosamente destruída. É lá que os invasores chegam para pilhar e
comercializar, crescer e aprender — primeiro, um fio de água, depois uma
torrente, a correr de um mundo sem futuro para uma promessa de amanhã. O Homem
da Terra conquista Marte... e depois é conquistado por ele, aquietado por
mentiras, perigos de conforto e familiaridade e seduzido pelo fascínio demorado
de uma raça antiga, misteriosa.
As Crónicas Marcianas de Ray
Bradbury é uma obra clássica da literatura do século vinte cujos poder e
imaginação extraordinários se mantêm radiosos apesar da passagem do tempo. Em
histórias cronológicas e interligadas somos uma vez mais cativados, deliciados
e desafiados com a visão e o coração de um grande mestre — expondo com
singeleza e assombro à luz brilhante do espaço a nossa força, a nossa fraqueza,
a nossa loucura e a nossa bondade pungente num mundo estranho e prodigioso ao
qual o género humano não pertence.
Ficha Técnica:
Título original: The Martian Chronicles
Tradução: Maria Teresa Costa Pinto Pereira
Colecção: Nébula
Pp.: 244
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-05082-2
Data de edição: Outubro de 2002
Opinião:
“Crónicas Marcianas” é o primeiro
livro que li de Ray Bradbury. Este é considerado um dos grandes nomes da ficção
científica, e enquanto fã deste género literário estava em falha por ainda n o
ter lido. Bradbury leva-nos numa viagem a um planeta extraterrestre e estranho que
nos cativa com as semelhanças à vida na Terra.
O autor escreve com algum humor e
ironia pois algumas das personagens têm características muito humanas e
apresentam reacções que se supõem atípicas. Este livro é uma colecção de contos
que, ao leitor, não aprecem dispersos. Dão a sensação de sequência lógica e de
continuidade, interligando os contos entre si.
Ao longo do romance as
personagens dividem-se em terráqueos e marcianos. Cada um vai para lá em busca
de algo, seja um refúgio ou um sentido para a sua vida, Marte cria uma experiência
individual para cada um deles.
Logo no início do livro, Bradbury
mostra-nos a necessidade que, enquanto humanos, temos de reconhecimento pelos
nossos actos. Quando a segunda expedição quase imploram por alguma gratulação.
Uma das melhores e mais fortes
mensagens deste livro é a seguinte:
Os marcianos estavam lá – no canal – reflectidos na água. Timothy,
Michael, Robert, a mãe e o pai.
Este é um livro muito
interessante, o qual se pode ler todo de seguida ou conto a conto.