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sábado, 12 de abril de 2014

[Opinião] “Crónicas Marcianas” de Ray Bradbury (Publicações Europa-América)


Sinopse:

O Marte de Bradbury é um lugar de esperança, sonhos e metáfora — colunas de cristal e oceanos de fóssil — onde uma fina poeira cai sobre as grandes cidades desertas de uma civilização silenciosamente destruída. É lá que os invasores chegam para pilhar e comercializar, crescer e aprender — primeiro, um fio de água, depois uma torrente, a correr de um mundo sem futuro para uma promessa de amanhã. O Homem da Terra conquista Marte... e depois é conquistado por ele, aquietado por mentiras, perigos de conforto e familiaridade e seduzido pelo fascínio demorado de uma raça antiga, misteriosa.

As Crónicas Marcianas de Ray Bradbury é uma obra clássica da literatura do século vinte cujos poder e imaginação extraordinários se mantêm radiosos apesar da passagem do tempo. Em histórias cronológicas e interligadas somos uma vez mais cativados, deliciados e desafiados com a visão e o coração de um grande mestre — expondo com singeleza e assombro à luz brilhante do espaço a nossa força, a nossa fraqueza, a nossa loucura e a nossa bondade pungente num mundo estranho e prodigioso ao qual o género humano não pertence.

Ficha Técnica:

Título original: The Martian Chronicles
Tradução: Maria Teresa Costa Pinto Pereira
Colecção: Nébula
Pp.: 244
Formato: 14 cm x 21 cm
ISBN: 978-972-1-05082-2
Data de edição: Outubro de 2002

Opinião:

“Crónicas Marcianas” é o primeiro livro que li de Ray Bradbury. Este é considerado um dos grandes nomes da ficção científica, e enquanto fã deste género literário estava em falha por ainda n o ter lido. Bradbury leva-nos numa viagem a um planeta extraterrestre e estranho que nos cativa com as semelhanças à vida na Terra.

O autor escreve com algum humor e ironia pois algumas das personagens têm características muito humanas e apresentam reacções que se supõem atípicas. Este livro é uma colecção de contos que, ao leitor, não aprecem dispersos. Dão a sensação de sequência lógica e de continuidade, interligando os contos entre si.
Ao longo do romance as personagens dividem-se em terráqueos e marcianos. Cada um vai para lá em busca de algo, seja um refúgio ou um sentido para a sua vida, Marte cria uma experiência individual para cada um deles.

Logo no início do livro, Bradbury mostra-nos a necessidade que, enquanto humanos, temos de reconhecimento pelos nossos actos. Quando a segunda expedição quase imploram por alguma gratulação.
Uma das melhores e mais fortes mensagens deste livro é a seguinte:

Os marcianos estavam lá – no canal – reflectidos na água. Timothy, Michael, Robert, a mãe e o pai.

Este é um livro muito interessante, o qual se pode ler todo de seguida ou conto a conto.