Já não falta muito para a maior festa do futebol começar. O Mundial do Brasil está ao virar de um apito e são muitas as histórias que vão encher os jornais e os ecrãs de televisão.
Luís Aguilar antecipou-se e deu o pontapé de saída com Jogo de Vida ou Morte, um livro recheado de heróis e vilões das histórias mais negras dos mundiais (de 1930 a 2014), muitas desconhecidas do público em geral. Paulo Futre assina o prefácio. O livro estará à venda a partir de 8 de maio (Vogais I 208 pp I 14,39€) em todo o país.
O lançamento do livro realiza-se no dia 16 de maio, às 19 horas, na Fnac do Colombo. Estão desde já convidados para se juntarem a nós e fazer deste livro uma festa ao futebol!
Se perderem por quatro golos contra o Brasil, não voltam a ver as vossas famílias.»
Mobutu, ex-presidente do Zaire, dirige-se aos jogadores da selecção do seu país desta forma, no Mundial de 1974, realizado na Alemanha. O Brasil enfrenta o Zaire e precisa de ganhar pelo maior número de golos para se apurar para a fase seguinte. Minuto 79: o marcador está 3-0 a favor dos brasileiros. Livre directo para o Brasil à entrada da área. Rivelino prepara-se para bater a bola. Ilunga está na barreira do Zaire. O seu colega olha para ele e diz: «Vê se não há qualquer buraco nesta barreira ou vamos todos ter problemas.»
Ao olhar para Rivelino e ouvir estas palavras, Ilunga entrou num estado de desespero, medo e ansiedade. Nessa altura acontece um dos momentos mais insólitos da história dos mundiais de futebol. Ilunga sai da barreira e pontapeia a bola antes que o jogador brasileiro o faça. Levou um cartão amarelo e foi alvo de chacota generalizada. O que ninguém imaginava era que aquele acto ridículo se devia a um jogo de vida ou morte. Literalmente.
Esta história, passada há 40 anos, é uma das muitas que ilustram o lado sombrio do futebol. É desse lado negro, mas também do contraponto heróico, que este livro nos fala, passando em retrospectiva quase um século de Mundiais de futebol. De Sindelar a Hitler, de Eusébio a Salazar, de Sócrates a João Havelange, de Maradona a Margaret Thatcher, passando por Romário, Drogba e pelo caso “Saltillo”.
Luís Aguilar define este livro como «uma luta entre o bem e mal através do futebol e do imenso mediatismo de uma competição como o Mundial». «Com heróis e vilões, com corajosos e cobardes, com jogos que vão muito além do relvado. Em muitos casos, jogos de vida ou morte.»
O autor começou por estudar Antropologia, mas foi no jornalismo que desenvolveu os seus primeiros trabalhos e o gosto pela literatura. Desde 2009 publicou as obras Jogo Sujo, biografia do ex-futebolista Fernando Mendes, o romance Sexo, Morte e Futebol, El Portugués parte I e parte II, as biografias de Paulo Futre, Correio de Droga, uma histórica baseada em relatos verídicos, e Jogada Ilegal, sobre os grandes casos de corrupção na FIFA e no futebol internacional.
Tem colaborado com diversos órgãos de comunicação, entre os quais se destacam A Bola, Record, Sábado, Playboy, CM TV e SIC. Trabalha como jornalista, escritor, cronista, apresentador, argumentista e formador de escrita criativa.
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