sábado, 29 de março de 2014

[Opinião] “Convergente” de Veronica Roth (Porto Editora)


Sinopse:

Uma escolha
Pode transformar-te
Uma escolha
Pode destruir-te
Uma escolha
Vai definir-te

A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída - dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.

Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama.
Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.

Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, Convergente, encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente.

Prémios

Veronica Roth foi considerada a melhor autora pelo GoodReads Choice Awards em 2012. Divergente foi eleito o melhor livro de 2011 e Insurgente o melhor livro de fantasia para jovens-adultos em 2012, pela mesma entidade, a única cujas distinções são atribuídas exclusivamente pelos leitores.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 416
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04383-2

Opinião:

Foi em 2011 que Veronica Roth conquistou o mundo literário com o seu romance de estreia “Convergente”. A minha curiosidade acerca da obra desta autora chegou mais tarde, no ano passado quando comecei a ler distopias e esta foi uma das que me chegou às mãos. Depois de ler o primeiro volume fiquei com curiosidade de ver o que se passava de seguida e portanto li o segundo volume “Insurgente”. Finalmente, chegou às bancas o terceiro e último volume, “Convergente”.

Ao longo dos diferentes volumes é bem patente a evolução da autora enquanto escritora. Esta amadureceu bastante e a história também. Vemos que a autora esteve atenta às críticas e teve em atenção na elaboração deste volume. Passamos a ter dois narradores, dois pontos de vista, o de Tris e o de Quatro. Isto permite-nos entrar mais na mente de cada um deles e compreendê-los melhor. Esta técnica foi excelente porque nos permitiu seguir os passos de outras personagens e nos desprendermos um pouco da Tris e termos uma visão mais abrangente da história e dos acontecimentos. Conseguimos estar a ver dois lados da acção ao mesmo tempo. Isto foi uma inovação em relação aos volumes anteriores.

Em "Convergente", encontramos as respostas a todas as perguntas que tínhamos até mesmo àquelas que achávamos que já conhecíamos as respostas. O que são os divergentes? Porque é que eles são tão importantes? Entre outras perguntas. Ficamos a saber quem realmente é a Edith Pior e como ela se enquadra no plano geral de tudo.

Neste livro fugimos um pouco mas da relação entre as duas personagens principais Tris e Quatro e centra-se mais na revolução e nos problemas sociais daquele universo e o que distingue os divergentes e os outros.
Fora da barreira, ambos descobrem que as coisas não são bem como eles imaginavam e as mentiras também reinam naquele mundo que funcionara como uma promessa de liberdade. As coisas não são como aparentam inicialmente e as personagens vão aprendê-lo da forma mais difícil. As suas vidas e daqueles que amam dependem das suas decisões e tudo pode mudar na fracção de um segundo. A confiança que existe entre eles vai ser posta à prova e por vezes, quando isso acontece na vida real, acabamos desiludidos.

Várias personagens vão morrer e algumas delas nos fazem sentir frustrados e mesmo irritados. Veronica Roth é bastante corajosa, neste livro, e toma decisões bastante difíceis e o final deixa o leitor de boca aberta.

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