quinta-feira, 21 de março de 2013

Entrevista à Alexa Wolf



1.    De onde vem a sua paixão pela escrita?

Sempre gostei de ler e escrever, desde muito nova por ter sido bastante tímida preferia desabafar nos diários e em folhas de papel, do que falar com amigos ou pessoas de família, assim evitava críticas ou algo mais que não gostasse de ouvir, depois acabava sempre por os destruir. Enfim, coisas de adolescente.

2.    Quais são as suas influências literárias?

Foram muitas e variadas, desde os autores em voga na altura com livros para adolescentes, aos que nos eram impostos na escola, mas a certa altura pelos poetas revolucionários como José Carlos Ary dos Santos e Natália Correia, mas principalmente por Ulisses Duarte, a quem infelizmente já perdi, e foi como um pai literário além do carinho que existia entre nós.

3.    Como é que gere a sua vida pessoal com a sua escrita?

Escrevo sempre que tenho uns minutos, poucos que sejam, é um vício!

4.    O alzheimer é uma doença que ainda tem um estigma muito grande em Portugal. Porque é que o escolheu?

Por isso mesmo, por ser um assunto que muitos se envergonham de falar, por não haver informação suficiente para quem cuida de doentes com essa maleita e principalmente pelas dificuldades que se enfrentam quando deparados com esta situação.

5.    Qual foi a sua personagem preferida?

Foram várias…

6.    O seu livro tem uma conotação muito pessoal. Tem alguma mensagem para as pessoas que passaram e estão a passar pelo mesmo?

Não se escondam, não guardem tudo dentro de vós mesmos, e principalmente, não tenham vergonha, procurem ajuda!

7.    Escolheu o titulo “Não quero chegar a velha” isso é algo que sente na realidade?

Definitivamente, não me vejo na pele de alguém a perder o seu vigor, a definhar física e mentalmente, e principalmente a massacrar os descendentes que tanto amámos e nos sacrificámos para que fossem felizes. Também não me vejo a ser uma velha paciente enclausurada num lar de idosos á espera que a morte faça a sua visita.

8.    Como tem sido a resposta do público?

Controversa, os que entendem e concordam, os que hipocritamente sorriem e escondem o que estão a passar e aqueles que graças a Deus já me agradeceram pelas dicas contidas no livro.

9.    Tem participado em várias antologias, pode falar um pouco sobre elas?

Participo quase em todas, gosto de partilhar com outros autores todas as formas de pensar, de criar, de diversificar temas mas principalmente pela partilha e muitas vezes por homenagens a quem tanto nos marcou na vida.

10. Para quando um novo romance?



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