Sinopse:
Um homem. Uma mulher.
Aparentemente desconhecidos, separados por quilômetros de distância, mas unidos
pelo amor... Destinos entrelaçados pelo acaso, mas implacavelmente afastados
pelo preconceito... Amor e preconceito digladiando-se num profundo e intenso embate...
Será o amor capaz de vencer o preconceito? Ou o preconceito será capaz de
subjugar o amor presente no coração de uma mulher?
Ficha Técnica:
Autora: Diana Scarpine
ISBN: 978-85-7923-612-9
Formato: 14 x 21
Número de páginas: 660
Opinião:
O livro “Entrelace - caminhos que
se cruzam ao acaso” foi-me gentilmente oferecido pela autora Diana Scarpine,
com uma linda dedicatória.
Henrique, que todos tratam por
Henri, conhece Carol através da Internet e acabam por se envolverem num
relacionamento virtual e quando finalmente se encontram o preconceito de Carol faz
com que ela acabe um relacionamento de quase três anos.
A história é contada do ponto de
vista dos dois personagens principais. Temos assim uma melhor percepção da
mente de cada um e dos impedimentos que os separam. A luta interna que cada um
tem para conseguir seguir a sua vida é bastante realista e interessante. Ambas
as personagens evoluem ao longo da história e isso é bem patente.
Neste livro, Diana Scarpine, alerta
para um problema que é global, acontece lá no brasil e aqui em Portugal também
já tenho reparado. A dificuldade que as pessoas de cadeiras de rodas têm em se
movimentar nas ruas e nos transportes públicos e todo o preconceito e ideias pré-concebidas
acerca da vida dessas pessoas. A maioria da população olha para eles e pensa:
coitadinho é aleijado e isso é bem patente nas páginas desse romance.
A escrita da Diana é fluída permitindo ao leitor acompanhar com facilidade a história e sem se aborrecer já
que o livro é grande. Acabei por ficar viciada ao final de alguns capítulos. Queria
saber se Carol acabava por vencer o preconceito e se eles acabavam por se
entenderem e acabarem por ceder ao amor que existia entre eles. Os
mal-entendidos e as situações caricatas tornam o livro divertido e é muito
interessante ler as reacções díspares à uma mesma situação ou a um trocar de
olhares.
Nunca fui a Jaquié nem a qualquer
cidade do Brasil e fui imediatamente transportada para aquelas ruas e aquele
ambiente.
Durante a leitura detectei umas
gralhas que passaram para a versão impressa.
Vou agora colocar aqui algumas
passagens do livro:
“O rapaz na cadeira de rodas era
ele! Era Henri! Eu não podia acreditar. Tudo, de repente, pareceu-me um
pesadelo e eu não conseguia me controlar. O nervosismo, a ansiedade, a
insegurança tomaram conta de mim, de minha mente, colocando em evidência todo o
meu preconceito da forma mais brutal possível:”
“ Retribuição?! Carol fez tudo
aquilo, foi legal comigo em retribuição? Eu a consolei, é verdade, mas nunca
quis nenhum tipo de retribuição! Pensei que tinha deixado isso BEM claro1
senti-me estranhamente mal quando percebi que todos esses momentos felizes que
passei ao lado dela a tarde não tiveram o mesmo sentido para ela! O que era
prazer genuíno para mim, não passava de uma mera obrigação para ela, uma
espécie de “pagamento de dívida” que, na realidade, nem existia!”
Adorei sua resenha! Muito bem elaborada!
ResponderEliminarObrigada!
Abraço,
Diana Scarpine.