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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

[Opinião] “Na Sombra da Paixão” de J. R. Ward (Casa das Letras)


Sinopse:

Qhuinn, filho de ninguém, habituou-se a estar por sua conta. Expulso da linhagem e rejeitado pela aristocracia, encontrou finalmente uma identidade como um dos mais impressionantes combatentes na guerra contra a Sociedade dos Minguantes. Contudo, a sua vida não está completa. Mesmo perante a perspetiva de vir a ter a sua própria família, sente-se vazio por dentro e entregou o coração a outra causa...

Depois de anos de amor não correspondido, Blay ultrapassou os sentimentos por Qhuinn. E já não era sem tempo: o macho encontrou a parceira perfeita numa fêmea Escolhida, e vão ter um filho - aquilo que Qhuinn sempre quis. É difícil imaginá-los como casal, mas quando se constrói uma vida em torno de um sonho vão, o sofrimento está sempre ao virar da esquina. Algo que o guerreiro aprendeu por si próprio.

O destino parece ter levado os dois vampiros soldados por caminhos diferentes, mas com o recrudescer da batalha pelo trono, e com novos atores em cena em Caldwell a criarem mais riscos para a Irmandade, Qhuinn acaba por descobrir a verdadeira definição de coragem e dois corações que devem ficar juntos acabam por fim por se tornar num só.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 712
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724622538
Coleção: A Irmandade da Adaga Negra

Opinião:

“Na Sombra da Paixão” é o volume XI da Irmandade da Adaga Negra. Foi recentemente publicado pela Adaga Negra. Foi recentemente publicado pela Casa das Letras do grupo Leya. Esta saga tem sido escrita por J. R. Ward, muito voltado para o lado erótico, este romance sobrenatural torna-se um misto dos dois géneros literários.

Uma vez que apenas li o volume anterior o X, “Na sombra da Vida”, pelo que não posso comentar acerca da continuidade da história. Posso apenas comparar os dois livros e tirar as minhas conclusões. Quando um autor decide escrever uma saga bastante longa e com romances volumosos é sempre uma espada de dois gumes, há quem adore e leia compulsivamente e há quem já esteja soterrado e que pense isto nunca mais acaba. Um autor deve encontrar o equilíbrio com que se sente confortável.

Este volume tem sido muito comentado e criticado por retratar em foco principal a relação homossexual entre duas personagens, Blay e Qhuimm, os quais andem todo o romance na indecisão, gosto ou não dele, ele gosta ou não de mim.

Infelizmente este volume teve um desenvolvimento mais certo que o anterior e o triângulo amoroso Layla-Qhuimm-Blay podia ter sido explorado de melhor forma, criar mais conflito, mais interesse. o que incendiaria mais o romance e o tornaria mais atractivo. Mas, a autora optou por não o fazer e explorou outras áreas que tornaram a acção mais difusa e por vezes divaga um pouco e isso faz com que o romance perca um pouco o interesse, especialmente depois do volume anterior ser mais intenso, nota-se uma quebra que pode desiludir alguns leitores.

Honestamente eu fiquei mais curiosa acerca do que iria acontecer a Layla e ao seu bebé do que a relação entre os outros personagens. Penso que deveria ter havido um meio termo, algo mais entre os dois do que aconteceu.

O final parece-me demasiado um conto de fadas e que foi um pouco forçado depois de tanta página de indecisão.


Uma continuação interessante que vai deixar os leitores divididos.