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sábado, 22 de março de 2014

[Opinião] “O Ano em que não ia haver Verão” de Rute Silva Correia (Oficina do livro)


Sinopse:

Gizela Espinosa é uma herdeira deslumbrante que acumula dinheiro e poder de sedução. Santiago é um artista interesseiro e dominador. Em Lisboa, toda a gente conhece os dois amantes. Quando o guitarrista Jonas Vasconcelos morre misteriosamente, um terrível segredo de família ameaça revelar-se e só a indiscreta Rosalina poderá, ou não, evitar um desfecho escandaloso. Num diálogo de desencontros, as personagens deste romance urbano, decorrido na Lisboa dos dias de hoje, entram e saem das camas uns dos outros, do divã do psicólogo Raúl Veracruz e também de um obscuro clube secreto na Praça de Londres, onde máscaras e mentiras são os acessórios mais excitantes.

Ficha Técnica:

Ano da Edição / Impressão / 2014
Número Páginas / 208
ISBN / 9789897411175
Editora / OFICINA DO LIVRO

Opinião:

Neste romance Rute Silva Correia leva-nos numa viagem de amores e desamores em que as vidas das personagens se entrelaçam e desencontram.

A autora tem uma linguagem muito directa e o livro é fácil de ler. As personagens que ela criou por vezes irritam-me tal como as pessoas na vida real, temos afinidade com algumas e com outras não. Santiago é indeciso e fraco, esta foi a personagem que mais me irritou e a qual por vezes me apetecia dar-lhe umas bofetadas para ele acordar para a realidade.

O livro é pequeno e lê-se facilmente, e a autora consegue captar a atenção com um pequeno parágrafo:
Não era verdade. Santiago morreu.

A autora termina assim o primeiro capítulo e desperta assim a curiosidade do leitor.


Um livro pequeno que se lê facilmente e que foi uma excelente primeira impressão acerca da autora e d sua forma de escrever.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

[Opinião] “Um pouco mais de Fé” de Patrícia Costa Dias (Oficina do Livro)


Sinopse: 

Verídica e contada na primeira pessoa, Um Pouco Mais de Fé é uma história de sofrimento (distúrbios alimentares), fé e amor.  

Quando uma jovem se vê imersa num comportamento compulsivo totalmente fora de controlo, os pensamentos de suicídio instalam-se, misturados com uma veia cínica perante a sociedade. Ao ser apanhada em flagrante pela família, a opção da morte torna-se verdadeiramente clara.  

Afinal, como viver sem a máscara de «linda menina», de «boazinha», que todos pensavam que era? Como revelar não ser uma força da natureza, mas tão-só humana, com erros cometidos e segredos terríveis por revelar? Nos reveses de fugazes encontros, duas conversas inusitadas e repletas de mistério, cinco desejos lançados a Deus numa igreja que nem conhecia e uma viagem longa e confusa marcam o início de uma lenta mudança que tem lugar entre amores, desamores e personagens caricatas. E no meio de todos eles estará aquele chuvoso dia de Novembro, aquela sala suada e abafada que ela jamais esquecerá.  

O leitor não ficará indiferente a este convite para partilhar uma vida que poderia ser a sua, a de um filho, familiar ou amigo. Porque nunca conhecemos realmente as pessoas, mas apenas aquilo que elas nos permitem conhecer… 

Ficha Técnica: 

Ano de edição: 2013 
Tipo de artigo: Livro 
ISBN: 9789897410659 
C.I.: 00000272026 
Número de páginas: 368 
Local edição: Lisboa 
Idioma: Português 
Encadernação: Brochado 

Opinião: 

Quando uma pessoa cai numa espiral decrescente e se sente como se não valesse a pena, a depressão entra em jogo e sair desta situação é muito complicado.  

Este relato é baseado nas vivências da autora e é bastante cru e forte. Um verdadeiro abrir de olhos para uma situação que infelizmente se torna cada vez mais comum. Mas que ainda é ignorada e que muitas vezes não sabemos como reagir quando começamos a notar algo de diferentes. 

As escolhas que fazemos reflectem-se na nossa vida e na de quem nos é mais próximo. Foi isto que aconteceu com a autora.  

É um livro que nos faz pensar acerca da nossa própria fragilidade.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

[Opinião] “Cândida Uma História Portuguesa” de André Murraças (Oficina do Livro)


Sinopse:

Anos 80. Lisboa. Na noite em que concorre ao Festival RTP da Canção, Cândida Branca Flor conta-nos na primeira pessoa como são as horas antes de subir ao palco para cantar Trocas e Baldrocas. Mais do que um relato intimista, a espera pelo espectáculo é um pretexto para a artista abrir o coração e partilhar a sua vulnerabilidade, expectativas, receios e segredos que são os mesmos de tantas outras mulheres que entregam o controlo das suas vidas nas mãos de outros e vivem da validação pública.

Ficha Técnica:

Autor    André Murraças
Editora Oficina do Livro
Data de Lançamento     Junho 2013
ISBN      9789897410635
Dimensões        15,5 x 23,5 cm
Nº Páginas         132
Encadernação   Capa mole

Opinião:

Cândida Branca Flor foi uma artista muito conhecida nos anos 80. André Murraças baseou-se na sua história para este livro.

Muitas vezes apenas conhecemos o lado dos palcos e não temos consciência do que se passa nos bastidores e o que um actor realmente sente naqueles minutos que se alargam antes de entrarem no palco.
André Murraças consegue transmitir com bastante realismo os sentimentos que Cândida poderá ter sentido antes de entrar no palco. Gostei bastante deste livro e das várias perspectivas sob a qual a história é abordada. Senti foi que o livro foi bastante curto e que ainda muito ficou por dizer.


É um livro leve que se pode ler facilmente e com rapidez.

domingo, 23 de junho de 2013

[Opinião] “Desamor” de Arrumadinho (Oficina do Livro)


Sinopse:

Numa altura em que as relações amorosas parecem cada vez mais vulneráveis, e em que as razões para as terminar são cada vez mais triviais, importa olhar para histórias verdadeiras e tentar compreendê-las. Para construir Desamor, o autor analisou centenas de relatos enviados por leitores do seu blogue, O Arrumadinho, e escolheu aqueles que, no conjunto, melhor conseguem espelhar os vários tipos de relações dos dias de hoje. Desamor revela-nos nove casos contados ao pormenor por mulheres que, a dada altura, acreditaram estar a viver um amor verdadeiro e recíproco, mas acabaram com o coração partido. Nestas páginas, há histórias de amores que começam ou acabam por influência das redes sociais, de dificuldades que nascem dos filhos, de relações à distância, de traições, equívocos fatais e paixões antigas. Estas narrativas encaixam em vivências experienciadas por muitos de nós e reflectem a fragilidade de uma grande parte das relações amorosas nos nossos dias.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 176
Editor: Oficina do Livro
ISBN: 9789897410581

Ficha Técnica:

“Desamor” foi-me um livro recomendado. Eu não leio habitualmente histórias de amor, ou neste caso, de desamor. Fiquei surpreendida por este livro.

São histórias curtas muito realistas, baseadas em casos reais que nos provam que tal como na ficção, há vidas e momentos que davam um livro.

Este livro resultou de uma iniciativa de um blogue O Arrumadinho e teve uma grande adesão. As nove histórias escolhidas para comporem este pequeno livro são arrebatadoras. O que estas mulheres têm em comum são grandes paixões, as quais acabaram todas mal. De uma forma ou de outra, elas sabiam que o resultado seria esse, mas nunca quiseram acreditar. Pensavam que estavam a viver um romance de sonho, o amor dos contos de fadas. E no final acabaram arrasadas. Algumas em depressão e sem qualquer amor-próprio. É triste, mas está é uma realidade partilhada por milhões de mulheres, espalhadas por todo o mundo. Faz parte da essência de se ser mulher, o amor desmedido. O sonho de encontrar o príncipe encantado e toda a desilusão que se sente quando tomamos consciência que tal não existe. Algumas recuperam mais facilmente do que outras, dependendo da personalidade e das pessoas que as rodeiam. Mas nenhuma pode dizer que nunca ficou de coração partido.

A linguagem utilizada para estes contos é simples e acessível. As histórias viciantes, porque desejamos sempre que as coisas acabem bem e sentimo-nos frustrados quando isso não acontece. Tal como na vida real. Não consegui parar de ler.


Um excelente livro.