Sinopse:
Raymond Fawcett, juiz federal da
Virgínia, e a sua secretária são encontrados mortos em casa. Não há sinal de
luta, nem impressões digitais, nem testemunhas. Nada, exceto um cofre-forte
vazio.
Depois de alguns meses, a
investigação do FBI não avançou um milímetro. E é aí que entra em cena Malcolm
Bannister, de 42 anos, negro, advogado de profissão, condenado a 10 anos de
prisão por um crime que não cometeu e ainda com cinco anos de pena por cumprir.
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 352
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527194
Opinião:
John Grisham ficou conhecido pelo
seu romance “A Firma”, todos o associam a este grande êxito. Recentemente li um
livro deste autor com um registo um pouco diferente o “Teodore Boone – O miúdo advogado”,
o qual já foi criticado aqui no blog anteriormente.
Novamente, John Grisham
conseguiu-nos atrair para uma leitura acordados a noite inteiro para o
terminar. A história é-nos revelada aos poucos e Grisham não nos vai mostrar
logo as cartas que tem na mão. O leitor é deixado tão às cegas como o FBI. Seguimos
os passos do personagem principal Malcom Bannister, conforme ele quer que
conheçamos a história e acreditamos em tudo o que ele nos conta, mas ficamos
com a impressão que há algo mais que ele não mostra.
Esta personagem parece sber mais
do qualquer outro. Temos agentes do FBI todos eles sem excepção, são
caracterizados como um pouco desnorteados nesta história toda. Não conseguem
encontrar qualquer pista, nem nenhum culpado para o assassinato de Raymond
Fawcett. E tudo depende de uma denúncia que parece estar correcta, mas ser boa
demais para ser verdade.
Ao longo do Romance vemos o FBI a
ser genialmente manipulado e a mover-se de acordo com os dordéis que lhe foram
impostos de uma forma tão subtil que não se apercebem de nada nem mesmo quando
a teia é tão intrincada que eles deixam de ter controlo da situação e dos seus
intervenientes.
Grisham optou por escrever o
romance primeiro na primeira pessoa, quando Bannister nos narra os eventos e na
terceira pessoa quando este não se encontra presente. Isto permite-nos uma
melhor compreensão dos eventos e do que está a acontecer.
O final esse sim é excelente,
imprevisto e só nos faz pensar “meu grande c....”
Este é um excelente romance,
viciante e vibrante que agarra o leitor desde o início. Acabamos por descobrir que o verdadeiro manipulador é o próprio Grisham.