Sinopse:
Uma história de amor e ambição no
Portugal governado pela mão de ferro do Marquês de Pombal
Nos finais do séc. XVIII, o
Marquês de Pombal viu-se a braços com um fracasso na sua política de
regeneração industrial: a Real Fábrica de Panos, a menina dos seus olhos,
apesar de todos os esforços e despesas não consegue produzir tecidos com a
qualidade dos importados. Decide então convidar um tintureiro francês para vir
a Portugal ensinar essa grande arte que, à época, fazia a riqueza e o prestígio
das nações europeias.
O artista eleito foi o polémico
Stéphane Larcher, que mal chega começa a revolucionar práticas e
comportamentos. Um ano depois, cores nunca vistas vêm à luz e tecidos até então
desconhecidos brilham em todo o seu esplendor. Ao partilhar a sua arte secreta
com os portugueses, Stéphane sabia estar a arriscar a vida, a reputação e a
fortuna. Mas ninguém o avisou que também comprometia fatalmente o próprio
coração.
Ficha Técnica:
Chancela: Saida de Emergência
Coleção: A História de Portugal em Romances
Data 1ª Edição: 17/04/2014
ISBN: 9789897100925
Nº de Páginas: 384
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole
Opinião:
“O Tintureiro Francês” é o
primeiro volume de uma nova coleção que a editora Saída de Emergência lançou acerca
da história de Portugal e transformá-la e, romances que abordam vários temas e
épocas.
Neste volume, o autor aborda a
época pós terramoto de 1755, já anos após o rescaldo da tragédia. A industrialização
e o progresso ainda não tinham chegado a Portugal, o qual se encontrava
atrasado em relação ao resto da Europa, o que ainda nos dias de hoje se mantém.
Esse progresso tardava em chegar e os grandes mestres estavam fora do alcance
dos nossos nobres e possíveis investidores.
Paulo Larcher leva-nos numa
viagem ao passado e criou uma história interessante e que nos deixa curiosos
acerca do que se vai passar de seguida.
A criação da Fábrica Real de Panos
é bastante interessante e foi um momento marcante na nossa história e que
merecia ser transformado em romance já que é desprezado em prol do Terramoto
pela literatura.
Neste volume, partimos numa
aventura pela Europa e aqui o autor fugiu um pouco à ideia do que teria
acontecido em certos aspectos e noutros é extremamente fiel, o que torna o
livro mais interessante.
As personagens que este criou são
bastante realistas e credíveis, gostei particularmente da Teresa e da sua mente
progressiva e a forma como ela toma as rédeas da sua vida. Stéphane Larcher tem
o seu papel na evolução da fábrica, mas eu gostava de o ver a ter uma atitude
mais forte e máscula (estereótipos à parte). Há uma parte do filme em que eu
gostaria de o ver a ter uma atitude mais decidida.
No geral está um livro bastante
interessante e consistente. Levando os leitores a conhecer uma parte da
história de Portugal que não é muito explorada, e também foi um excelente
início para esta nova coleção.