Mostrar mensagens com a etiqueta Lugares Escuros. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lugares Escuros. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

[Opinião] "Lugares Escuros" de Gillian Flynn (Bertand Editora)


Sinopse:

Libby tinha sete anos quando a mãe e as duas irmãs foram assassinadas no «Sacrifício a Satanás de Kinnakee, no Kansas». Enquanto a família jazia agonizante, Libby fugiu da pequena casa da quinta onde viviam e mergulhou na neve gelada de janeiro. Perdeu alguns dedos das mãos e dos pés, mas sobreviveu e ficou célebre por testemunhar contra Ben, o irmão de quinze anos, que acusou de ser o assassino.

Passados vinte cinco anos, Ben encontra-se na prisão e Libby vive com o pouco dinheiro de um fundo criado por pessoas caridosas que há muito se esqueceram dela.

O Kill Club é uma macabra sociedade secreta obcecada por crimes extraordinários. Quando localizam Libby e lhe tentam sacar os pormenores do crime (provas que esperam vir a libertar Ben), Libby engendra um plano para lucrar com a sua história trágica. Por uma determinada maquia, estabelecerá contacto com os intervenientes daquela noite e contará as suas descobertas ao clube… e talvez venha a admitir que afinal o seu testemunho não era assim tão sólido.

À medida que a busca de Libby a leva de clubes de striptease manhosos no Missouri a vilas turísticas de Oklahoma agora abandonadas, a narrativa vai voltando atrás, à noite de 2 de janeiro de 1985. Os acontecimentos desse dia são recontados através da família de Libby, incluindo Ben, um miúdo solitário cuja raiva contra o pai indolente e pela quinta a cair aos pedaços o leva a uma amizade inquietante com a rapariga acabada de chegar à vila.

Peça a peça, a verdade inimaginável começa a vir ao de cima, e Libby dá por si no ponto onde começara: a fugir de um assassino.

Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 416
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722527163

Opinião:

Nunca um livro me surpreendeu tanto como “Lugares Escuros”, geralmente consigo adivinhar os finais, mas este foi totalmente imprevisível, apesar de se encontrarem alguns indícios ao longo do livro que podem passar despercebidos e no final nos fazem pensar que era tudo tão simples.

Gillian Flynn consegue agarrar o leitor desde a primeira página criando um mistério que queremos desvendar e nos provoca arrepios na espinha e pele de galinha. O romance é todo narrado na primeira pessoa, contado por três personagens principais, e pertencentes à família Day, Libby, Bem e Patty, cada um deles conta a sua história, quer no passado, naquela fatídica noite de 3 de Janeiro de 1985, quer no presente. Libby tenta encontrar a verdade acerca do que se passou naquela noite e o que impulsionou aqueles eventos. Bem por seu lado é um miúdo rebelde e inconformado, o qual se metia em todo o tipo de sarilhos. Patty, a mãe desgastada pela vida, tentava controlar as coisas e evitar que perdessem tudo. Cada personagem nos transmite sentimentos díspares e nos faz ponderar como as nossas escolhas influenciam o nosso futuro.

Gullian escreve de uma forma directa e crua demonstrando tudo o que as personagens pensam e o que vêm, o que por vezes pode chocar o leitor.


Este é um thriller empolgante e intenso que nos faz ler compulsivamente para chegarmos ao final.