Sinopse:
Mara era apenas o membro mais
novo de uma família nobre. Nunca esperou que a súbita e chocante morte do irmão
e do pai pudessem trazer-lhe tamanha responsabilidade. Apesar do seu
sofrimento, cabe-lhe a tarefa de vestir os mantos da liderança e enfrentar as
dificuldades. Mas embora inexperiente na arte política, Mara terá de recorrer a
toda a sua força e coragem, inteligência e astúcia, para sobreviver no Jogo do
Conselho, recuperar a honra da Casa dos Acoma e assegurar o futuro da sua família.
Rapidamente se apercebe de que a
traição e os inimigos da família quase levaram a sua Casa à aniquilação
completa. Todas as esperanças estão depositadas numa única mulher: uma rapariga
que terá de crescer rapidamente e aprender um jogo perigoso, onde não há tempo
para errar…
Ficha Técnica:
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 432
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374945
Opinião:
“A Filha do Império” é o primeiro
volume da Saga do Império da colecção do Império “O Mago”. O mundo que Raymon
E. Feist criou é complexo e cheio de jogos políticos e de honra. A história inicialmente
tem uma evolução lenta, mas acaba por agarrar o leitor, que quer descobrir qual
é afinal o plano de Mara para salvar os Acoma e vingar a morte do seu pai e
irmão.
Mara é tomada como uma rapariga
tola e que não tem capacidade de liderança. Os outros senhores de Kelewan
menosprezam-na e tomam-na por ignorante. Ela desempenha bem o papel para os
enganar. Nos momentos em que ela está só podemos verificar que ela tem um plano
muito bem preparado para garantir a sua sobrevivência e a do seu povo. Ele é
pouco ortodoxa nas suas decisões e consegue aprender muito bem a jogar com os
poderosos.
Existem imensas personagens de relevo
neste livro e que merecem toda a nossa atenção porque há sempre algo de novo a
aprender sobre elas. Gostei bastante da ama Nacoya. Esta assume muitas vezes a
posição de mãe e conselheira de Mara e revela-se indispensável em momentos
chave da acção.
Inicialmente tive dificuldade em
entrar neste mundo estranho, muito em parte devido a nunca ter lido os
restantes livros desta colecção e que pertencem a outras sagas. Depois de
entender um pouco melhor este mundo tornou-se mais fácil de entender as
personagens e a história. Acabei por me ver agarrada na história e a tentar
entender o que iria acontecer de seguida.
Raymond E. Feist consegue
levar-nos a um mundo onde tudo é exótico e novo, tornando-o credível como é o
caso dos Cho-Ja que me fazem lembrar uma colmeia de abelhas, com a sua rainha,
os seus guerreiros e os seus obreiros. Senti-me a passear por aqueles prados e
caminhos tortuosos como se lá estivesse. E respirar aquele ar puro. O meu coração
saltou em certas passagens em que eu pensava, e pronto é agora o fim. Também conseguiu
criar, por vezes, uma atmosfera de sensualidade e erotismo que nos prende e nos
deixa a sorrir, e momentos em que vemos até que ponto a sedução pode ser
utilizada como arma por uma mulher e levar um homem à ruína.
As prendas começaram a chegar no dia seguinte. A primeira foi um
pássaro raro que cantava uma canção perturbadora, e que trazia um bilhete com poesia
de péssima qualidade.
É um livro surpreendente e que me
levou a entender todo o sucesso que este autor tem tido.