Poesia Presente, de António Ramos Rosa
Antologia de um dos poetas mais marcantes do
século XX em Portugal
No dia 3 de outubro, a Assírio & Alvim publica Poesia Presente, uma
antologia poética de António Ramos Rosa, preparada por Maria Filipe
Ramos Rosa, que recupera o título de um projeto de antologia não
concretizado que tinha sido, em tempos, idealizado pelo autor.
Falecido em 2013, António Ramos Rosa deixou-nos uma obra poética
grandiosa, pela sua qualidade e pela sua extensão. O lançamento
deste livro decorrerá no próximo dia 17 de outubro — o dia em que o
autor faria 90 anos — na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa,
a partir das 18:00.
No prefácio a este livro, José Tolentino Mendonça diz, de António
Ramos Rosa, ter sido alguém «[...] que construiu um corpus poético
absolutamente invulgar, em qualidade e em dimensão, com quase oito
dezenas de tomos, mas que muito poucos terão lido e acompanhado
integralmente, o que fez com que tivesse saído, em grande medida,
da zona de controlo da crítica literária, do radar dos média e dessa
recensão condescendente trazida, em cada estação, pelo gosto
dominante. Tinha estatuto cultural e reconhecimento, mas não se
instalou aí a gerir prudentemente, como outros, a carreira literária. A
esse nível, a sua relação com a poesia era desarmada de qualquer
cálculo [...]».
Algumas páginas deste livro estão disponíveis aqui, e o índice aqui.
Sobre o Autor
Destacado poeta e crítico português nascido em Faro
em 1924. Foi militante do Movimento de União
Democrática e conheceu a prisão política. Trabalhou
como tradutor e professor, tendo sido um dos
diretores de revistas literárias como Árvore e
Cassiopeia.
O seu primeiro livro de poesia, O Grito Claro, foi
publicado em 1958.
Autor de uma vastíssima obra poética, é ainda autor
de ensaios, entre eles A Poesia Moderna e a Interrogação do Real
(1979-1980). Em 1988 foi distinguido com o Prémio Pessoa. Faleceu
em Lisboa, a 23 de setembro de 2013.
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