Sinopse:
Uma história de grande
imaginação, inovadora e de leitura compulsiva vinda dos autores de fantasia
mais populares desde J. R. R. Tolkien.
Prepare-se para conhecer o
clássico da fantasia Dragonlance que influenciou gerações de leitores com um
novo mundo cheio de paixão e aventura.
Anos após terem optado por seguir
caminhos diferentes, um grupo de companheiros reencontra-se na sua terra natal
apenas para descobrir que o mundo de Krynn mudou. Rumores de guerra e sombras
dominam as conversas de estalagem e monstros e criaturas míticas que só
existiam em lendas voltaram a ser avistados. E nenhum companheiro se atreve a
confidenciar os segredos que oculta no coração e que descobriu em viagens
cheias de perigo.
Até ao dia em que um encontro
ocasional com uma bela mulher, que detém em seu poder um bastão de cristal,
arrasta os companheiros para o caos e muda as suas vidas para sempre. Ninguém
esperava que se revelassem heróis. Muito menos eles. Mas conseguirão arranjar a
força, honra e coragem para enfrentar os Deuses da Luz e Trevas no momento em
que a Guerra da Lança está prestes a começar?
Ficha Técnica:
Chancela: Saida de Emergência
Coleção: BANG
Saga/Série: As Crónicas de
Dragonlance Nº: 1
Data 1ª Edição: 22/02/2013
ISBN: 9789896374907
Nº de Páginas: 448
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole
Opinião:
Este é o primeiro volume de uma
série que já é famosa e tem milhares de fãs, um pouco por todo o mundo, “As
Crónicas de Dragonlance”. Este foi o meu primeiro contacto com esta série,
nunca a li, nem mesmo em inglês, por isso era terreno novo para desbravar, como
se diz habitualmente. Mas, rapidamente fui conquistada pela história e o seu
ritmo. Motivo pelo qual muitos apreciadores de fantasia aderiram a esta saga. No
final do livro fica uma questão, será que as autoras conseguirão manter o ritmo
por toda a saga ou será que este abrandará? É um problema com as sagas e
trilogias, é o abrandamento deste e acabam por arrastar a história com momentos
parados e de descrição longa.
Para já o ritmo acelerado do
livro não dá espaço para o leitor respirar colocando as personagens sempre em
xeque e viciando assim os leitores que querem saber o que lhes vai acontecer de
seguida e como vão sair dessa situação.
Esta saga tem muitos dos
elementos clássicos utilizados na fantasia clássica, mantendo os mesmos clichés
e não quebrando tabus antigos. Isto não deve ser tomado como um ponto negativo,
pois poucos livros fugiriam ao clássico.
Apesar das semelhanças nas bases,
este livro é bastante original. As personagens são cativantes e ganham vida
própria ao avançarmos nas páginas e capítulos do romance. Algumas delas são
extremamente afáveis e outras deixam-nos desconfiados, como se estivessem a
esconder alguma coisa. Rastlin é a personagem de quem eu mais desconfio e que
acho que tem um lado negro secreto, o qual está prestes a ser revelado, talvez
por uma traição, não sei, nem neste livro, isso é revelado. Mas que ele esconde
algo, isso é certo, falta é saber o quê? É muito misterioso e enigmático. O facto
de ele utilizar magia, ou melhor dizendo, ser um mago, não o torna todo-poderoso,
pelo contrário, esta drena as suas energias deixando-o à mercê do inimigo e
precisa da constante protecção de Caramon. A personagem que achei mais
engraçada foi mesmo o kender, Tas, sendo o mais pequeno deles, tem uma alegria
muito própria e uma forma muito interessante de ver a vida e de encarar os desafios.
Um dos mais corajosos de todo o livro, ou será apenas resultado da sua própria
natureza, acaba por salvar os seu amigos de situações complicadas. Existem muitas
mais personagens a mencionar e a explorar, mas se falar de todas ao pormenor
nunca mais terminava a crítica. Por isso, devo dizer que todas as personagens
são dignas de nota e acabam por ganhar vida própria que transcende a que se
encontra no papel.
Conforme avançamos, verificamos
que muitos personagens têm um passado comum, uma história que partilharam e que
ainda não foi totalmente revelada. Isto é claro quando em certas partes do
discurso eles falam desses episódios com um certo humor à mistura. Essa união
aumenta, especialmente com os novos membros do círculo, impulsionada pela luta
pela sobrevivência e pela liberdade.
Os diálogos entre as diversas
personagens revelam o humor e a confiança de velhos amigos que se reúnem ao
final de muitos anos:
- Tanis? – indagou Flint, hesitante, enquanto o homem se aproximava.
- O próprio – e o rosto barbudo do recém-chegado abriu-se num enorme
sorriso. Ficou de braços abertos e, antes que o anão pudesse impedi-lo, agarrou
Flint num abraço que o levantou do chão. O anão abraçou também o velho amigo
contra si durante um breve momento, e depois, lembrando-se da sua dignidade,
sacudiu-se e libertou-se do abraço do meio elfo.
- Bom, não aprendeste boas maneiras nestes cinco anos – resmungou o
anão. – Continuas a não respeitar a minha idade nem a minha posição. Erguer-me
como um saco de batatas! – Flint olhou para a estrada mais abaixo. – Espero que
ninguém tenha visto.
Este é um dos imensos exemplos
desta cumplicidade que se repetem ao longo do livro. E que dão uma enorme
familiaridade entre as personagens e criam teias de amizade entre elas.
É um livro que está bastante
interessante, viciante e que nos faz desejar pelo próximo volume. Deixando bastantes
perguntas em aberto, aumentando assim a curiosidade do leitor. Os diálogos
rápidos e familiares entre as personagens dão ao leitor um vislumbre das
relações entre estas e dos sentimentos que nutrem entre si. As descrições são
rápidas e concisas, indo directamente ao assunto sem o uso de grandes
floreados, o que facilita a manutenção do ritmo da história.
Pessoalmente, aguardo pelo
próximo número desta saga que é ideal para quem gosta de fantasia.
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