Sinopse:
Um professor de história
desempregado, é contratado por um informático muito talentoso, para escrever um
guião para um jogo de vídeo. Durante o processo de investigação, o informático
revela que, quando procurava construir um holograma, o programa deslocou uma
célula de tempo. Procura então convencer o historiador, a recuar no tempo até
ao final do reinado de D. João II, para conseguir uma moeda de ouro, o
“Justinho”, de que não havia chegado nenhum exemplar à nossa época.
No entremeio, a filha do
informático com dezoito anos apaixona-se pelo historiador e há algumas cenas
maliciosas entre os dois.
O informático, entre outros
recursos, dispõe de uma “máquina de aprender” que ensina ao historiador algumas
artes marciais. Outro dos aparelhos inventados é uma máquina, a “Teia”, ou só
“T”, composta por nanomáquinas que protege, com eficácia, o corpo de quem a usa
e domina.
O historiador lá se dispõe a ir
ao fim do século XV e, na cidade de Évora, onde a ação decorre, consegue
arranjar as moedas.
Durante as três semanas que está
na época de D. João II, ocorrem algumas aventuras, porque as fações do Rei e da
Nobreza, desconfiam à vez da missão do historiador. Consegue no entanto, mercê
da cumplicidade de um ourives judeu, recuperar duas modas do “Justinho”.
O regresso ao século XXI dá-se no
tempo previsto. Mas o imprevisto acontece: as leis do espaço tempo de Einstein,
também influenciam a quem se desloca no passado. Três semanas no século XV
corresponderam a três anos no século XXI. Esta aproximação de idades permite
que a aventura acabe bem em todos os campos, nomeadamente no casamento entre a
bela filha do informático e o historiador.
Ficha técnica:
Autor: Luís Bárbara
Coleção: contrabandista do tempo
ISBN: 978-989-8545-99-2
Depósito Legal: 350767/12
Número de páginas: 360
Opinião:
A sinopse de “O Caso do Justinho”
despertou-me a curiosidade devido a abordar dois temas que gosto, ficção
cientifica e história. A ideia de Luís Bárbara foi muito interessante e a forma
como pensou em unir estes dois é muito interessante, apesar denão ser original.
Quando comecei a ler achei uma
obordagem interessante, e a ligação com a realidade ao explicar o problema do
desemprego entre os professores.
Luis Bárbara consegue criar
diálogos muito realistas, utilizando termos e formas muito próprias de falar do
Alentejo. O que torna a leitura muito interessante. Mas quando passamos para a
parte do narrador, uma vez que o autor escolheu que era a personagem principal
a contar tudo, acaba por tomar a
narração em linguagem corrente e algumas descrições em enumerações. “(…)
enquanto os olhos lhe espelhavam por detrás de uns óculos de armações de massa
pretos, que lehe ocupavam meio rosto, uma cara de ossos salientes, que fazia
encovar as faces, olhos para o escuro, sobrancelhas pouco acentuadas, nariz a
fazer lembrar um magrebino, lábios pronunciados bem desenhados e diria que
prontos a sorrir, não sabia era o tipo do sorriso.”
As personagens em si são bem
trabalhadas e bastante reais. Com os seus medos e dramas. Com uma enorme
vontade de obterem o que querem.
A acção é lenta e torna a leitura
dificil e morosa. O final parece um pouco forçado numa tentativa de acabar tudo
bem e o personagem principal ter um prémio e tudo acabar feliz.
Em resumo, é um livro com uma
ideia interessante, mas que necessitava ainda de algum trabalho.
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